André nasceu em 30 de novembro de 1302 dentro de uma família muito
conhecida em Florença: a família Corsini. Seus pais, Nicolau e Peregrina, não
podiam ter filhos, mas não desistiram, estavam sempre rezando nesta intenção
até que veio esta graça e tiveram o tão sonhado filho: André.
Os pais fizeram de tudo para bem formá-lo. Com apenas 15 anos, ele dava
tanto trabalho e tantas decepções para seus pais, que sua mãe chegou a
desabafar: “Filho, você é, de fato, aquele lobo que eu sonhava”. Ele ficou
assustado, não imaginava o quanto os caminhos errados e a vida de pecado que
ele estava levando, ainda tão cedo, decepcionavam tanto e feriam a sua mãe. Mas
a mãe completou o sonho: “Este lobo entrava numa igreja e se transformava em cordeiro”.
André guardou aquilo no coração e, sem a mãe saber, no outro dia, ele entrou
numa igreja dos carmelitas. Aos pés de uma imagem de Nossa Senhora, ele orava e
a graça aconteceu. Ele retomou seus valores, começou uma caminhada de conversão
e falou para o provincial carmelita que queria entrar para a vida religiosa.
Foi admitido a vestir o hábito em 1318, fez o noviciado, resistiu
corajosamente às solicitações de um tio que sonhava em vê-lo regressar ao
mundo. Pronunciou seus votos em 6 de janeiro de 1321. A partir desse momento,
redobrou o fervor de suas virtudes, especialmente a da humildade. Santo
André ia se colocando a serviço dos doentes, dos pobres, nos trabalhos tão
simples como os da cozinha. Ele também saía para mendigar para as necessidades de
sua comunidade. Passou humilhação, mas sempre centrado em Cristo.
Os santos foram e continuam a ser pessoas que comunicaram Cristo para o
mundo. Mas Deus tinha mais para André. Ele ordenou-se padre em 1328, e, como
tal, continuava nesse testemunho de Cristo até que Nosso Senhor o escolheu para
Bispo de Fiesoli. De início, ele não aceitou e fugiu para a Cartuxa de Florença
e ficou escondido, a ponto de as pessoas não saberem onde ele estava e escolher
um outro para ser bispo, pela necessidade. Mas um anjo, uma criança, apareceu
no meio do povo indicando onde ele estava escondido. Apareceu também uma outra
criança para ele, dizendo-lhe que ele não devia temer, porque Deus estaria com
ele, e a Virgem Maria estaria presente em todos os momentos. Foi por essa confiança
no amor de Deus que ele assumiu o episcopado e foi um santo bispo.
Em toda a sua vida, compadeceu-se pelas misérias do próximo. Solicitou
uma lista dos pobres envergonhados para que pudesse os ajudar. Na quinta-feira
de cada semana, Santo André lavava os pés dos pobres que recebia. Um dia, veio
ao seu encontro um homem que recusou o serviço, pois tinha as pernas cobertas
de úlceras. Santo André insistiu e, mal tinha acabado o seu trabalho, o homem
já se sentia curado.
Enviado por Urbano V à Bolonha para assumir a função de núncio, Santo
André teve como missão restabelecer a paz do povo, que era perturbada pelas
facções. André cuidou de reparar todas as coisas e encheu a cidade de alegria.
No dia de Natal, Nossa Senhora apareceu para ele dizendo do seu
falecimento que estava próximo. Faleceu em 6 de janeiro de 1373, no dia da
Epifania do Senhor. Seu corpo foi transportado para uma esplêndida capela na
igreja dos Carmelitas, em Florença. Seu processo de canonização teve início no
tempo de Eugênio IV, e terminou, em 1629, com Urbano VIII.
Santo André Corsini, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias
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