"Jamais
devemos nos enraizar, nem no grupo cristão ao qual pertencemos, nem na
responsabilidade que nos foi confiada, mas viver com espírito livre, em uma
saudável indiferença". Palavras do Papa Francisco aos sacerdotes da
Arquidiocese de Barcelona comprometidos com o trabalho na pastoral juvenil
Jane Nogara - Vatican News
Na
manhã deste sábado (28/01) o Papa Francisco recebeu os sacerdotes da
Arquidiocese de Barcelona comprometidos com o trabalho na pastoral juvenil na
Sala Clementina no Vaticano. Na ocasião o Papa Francisco entregou o discurso
preparado e falou de improviso com os sacerdotes. Abaixo detalhes do discurso
preparado.
A importância de caminhar juntos
Ao iniciar
a sua saudação o Papa logo recordou que “a experiência dos apóstolos tem
sempre um duplo aspecto, pessoal e comunitário. Caminham juntos e não podemos
separá-los. Somos de fato chamados individualmente, mas sempre para fazer parte
de um grupo maior, para caminhar juntos escutando antes de falar, para saber
como nos colocar onde é apropriado, mesmo no meio ou atrás, e não apenas na
frente”.
Abracemos
a cruz e as mediações da Igreja
“Jesus nos
chama a partir da nossa pobreza”, acrescentou o Papa, “da nossa fragilidade,
devemos responder a este chamado com um eterno propósito de conversão”. Em
seguida frisou o seguinte ponto: “É
preciso rejeitar o carreirismo, a vida dupla, a busca das satisfações mundanas,
abraçando a cruz e as mediações da Igreja: sacramentos, vida de oração, ascese,
etc. Ao mesmo tempo”, continuou, “devemos ser capazes de
misericórdia precisamente porque somos tocados pela misericórdia do Senhor, não
dando lições, mas testemunhando uma experiência de intimidade com Deus”.
Viver com
espírito livre, em uma saudável indiferença
Francisco
finalizou o discurso aos sacerdotes encorajando-os: “Devemos buscar a fraternidade em
todos os âmbitos sociais, aprender e ensinar a acolher a todos, a trabalhar com
todos, a buscar soluções consensuais que tenham um amplo alcance. Jamais
devemos nos enraizar, nem no grupo cristão ao qual pertencemos, nem na
responsabilidade que nos foi confiada, mas viver com um espírito livre, em uma saudável
indiferença".
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