13 DE NOVEMBRO DE 2022
XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª Leitura - Ml
3,19-20a
Leitura da Profecia
de Malaquias 3,19-20a
19Eis que virá o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e esse dia
vindouro haverá de queimá-los, diz o Senhor dos exércitos, tal que não lhes
deixará raiz nem ramo. 20aPara vós, que temeis o meu
nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação
em suas asas. Palavra do Senhor.
Reflexão - O temor a Deus nos
leva a ter horror ao pecado
A Profecia de Malaquias nos afirma que “O dia
abrasador como fornalha”, virá para os soberbos e os ímpios que serão
queimados como palha e, consequentemente, apagados da vida. Porém, para os que temem o nome do Senhor, “nascerá o sol da justiça trazendo salvação
em suas asas”. Refletindo sobre essa
profecia, cabe a cada um de nós, distinguir de que lado nós nos encontramos no
agora da nossa vida. O sol da justiça é Jesus, Salvação de todos aqueles (as)
que crerem Nele e O aceitarem como Enviado de Deus. Ímpio, é aquele (a) que se diz ateu, herege, incrédulo, irreligioso,
descrente, agnóstico, isto é, alguém que não acredita em Deus, e, por isso
O desconhece. O pecado da impiedade é aquele pelo qual tiramos Deus do centro
da nossa vida e nos colocamos no Seu lugar, como senhores da nossa
existência. O dom do temor de Deus foi
ministrado no nosso Batismo e, consiste na capacidade que recebemos de amá-Lo,
respeitá-Lo, e, mais ainda, na nossa disposição em zelar o Seu Nome
reconhecendo que Ele é o nosso Criador e Pai e, por isso, nós não podemos
ofendê-lo. O temor a Deus nos leva a ter horror ao pecado e abraçar a salvação
progredindo na busca da santidade e da justiça. Por isso, o profeta nos adverte
e conscientiza de que Deus tem poder para nos condenar ou salvar, dependendo da
nossa disposição de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo. Para isso, nos foi dado o livre
arbítrio de escolha. Com certeza, o “dia
abrasador” já está chegando e, precisamos nos posicionar num espaço em que, Jesus, o sol
da justiça possa nos cobrir e nos proteger do fogo que tenta nos destruir.-
Você acha que esse dia ainda virá ou já está acontecendo? - Em que lugar você
tem colocado Deus na sua vida? - Você, verdadeiramente, teme o nome do Senhor?
- Você tem medo de Deus? – O que você percebe no mundo nos dias atuais?
Salmo - Sl 97,5-6.7-8.9a.9bc (R. cf. 9)
R.O Senhor virá
julgar a terra inteira;
com justiça julgará.
5Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa*
e da cítara suave!
6Aclamai, com os clarins e as trombetas,*
ao Senhor, o nosso Rei! R.
7Aplauda o mar com todo ser que nele vive,*
o mundo inteiro e toda gente!
8As montanhas e os rios batam palmas*
e exultem de alegria. R.
9aExultem na presença do Senhor, pois ele vem,*
vem julgar a terra inteira.
9bJulgará o universo com justiça*
9ce as nações com equidade. R
Reflexão - O Senhor vem julgar a terra inteira e o fará, com
justiça e com equidade, diz o salmista. O universo como um todo, isto é, todas
as coisas criadas serão ajuizadas pelo Seu Criador: a natureza, os animais, os
vegetais, os minerais e, o homem e a mulher, obra prima de Deus. O salmo nos dá
a entender que o momento do julgamento será de muita alegria e libertação, por
isso, o salmista nos convoca a cantar salmos de louvores e, intima a que
também, o mar, as montanhas e os rios aplaudam com júbilo, a manifestação do
Deus que virá nos libertar.
2ª Leitura - 2Ts
3,7-12
Leitura da
Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 3,7-12
Irmãos: 7Bem sabeis
como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos
vivido entre vós na ociosidade. 8De ninguém recebemos
de graça o pão que comemos. Pelo contrário,
trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a
ninguém. 9Não que não tivéssemos o direito de
fazê-lo, mas
queríamos apresentar-nos como exemplo a ser imitado. 10Com efeito, quando estávamos entre vós, demos esta regra: 'Quem não quer trabalhar, também não deve
comer'. 11Ora, ouvimos dizer que entre vós há alguns
que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada.
12Em nome do Senhor Jesus Cristo, ordenamos e exortamos a estas pessoas que, trabalhando, comam
na tranquilidade o seu próprio pão. Palavra do um dom de Deus
Deus criou o mundo e deu a
cada um de nós a responsabilidade de administrar as coisas criadas. Tudo o que
Ele nos entregou é bom e útil para a nossa sobrevivência. Contudo, as coisas
por si só não vão acontecer se não houver um comprometimento da nossa
parte. Nesta carta, São Paulo é claro
quando nos afirma que “Quem não quer
trabalhar também não deve comer”. Mesmo os que estão a serviço do reino são
chamados a cooperar na construção da obra que Deus deixou para nós e não ser
pesado a ninguém. Assim está escrito: “Comerás o teu pão
com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado;” (Gen. 3, 19), portanto, façamos também um exame de consciência e
vejamos qual tem sido a nossa contribuição na produção do pão que estamos
comendo. O trabalho é um dom de Deus para dignificar o homem e fazê-lo
desenvolver os talentos que recebeu a fim de construir um mundo justo, sociável
e aprazível para se viver. Muitas pessoas vivem equivocadas e dizem que tudo o
que Deus criou é para todos. Sim, com certeza todos devemos ter oportunidade e
acesso às coisas criadas, porém, compete a cada um a transformação e a evolução
tudo o que o Senhor deixou para o bem comum. Diante disso, nós precisamos estar
atentos com as pessoas que, às vezes, usam de subterfúgios para fugir das
responsabilidades e, “ocupados em não
fazer nada”, exploram outras disfarçando a sua preguiça por detrás de
“enfermidades” que nunca se acabam, exigindo e cobrando delas ajuda como forma
de caridade. Muitas vezes, nesses casos, nós estamos contribuindo e sendo
coniventes com a indolência dos que usam dessa artimanha. – Você tem incentivado as pessoas que vivem
na indolência a assumir responsabilidade ou tem contribuído para que continuem
assim? – Você trabalha? – O seu trabalho é algo que lhe sobrecarrega ou que o
torna livre? – Você tem sido pesado a alguém? – Você tem contribuído para a
evolução do mundo criado por Deus? – Você tem colhido o que plantou?
Evangelho - Lc
21,5-19
+ Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 21,5-19
Naquele
tempo: 5Algumas pessoas
comentavam a respeito do Templo que era enfeitado
com belas pedras e com ofertas votivas.
Jesus disse: 6'Vós admirais
estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra
sobre pedra. Tudo será destruído.' 7Mas eles
perguntaram: 'Mestre, quando acontecerá isto? E
qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer? 8Jesus respondeu: 'Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!' e ainda: 'O
tempo está próximo.' Não sigais essa gente! 9Quando
ouvirdes falar de guerras e revoluções,
não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam
primeiro, mas não será logo o fim.' 10E Jesus
continuou:
'Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará
outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas
e grandes sinais serão vistos no céu. 12Antes,
porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e
perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão;
sereis levados diante de reis e governadores por causa do
meu nome. 13Esta será a ocasião em que
testemunhareis a vossa fé.
14Fazei o firme propósito de
não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque
eu vos darei palavras tão acertadas,
que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de
cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que
ireis ganhar a vida! Palavra da Salvação.
Reflexão - a nossa perseverança nos fará ganhar uma vida nova Neste Evangelho Jesus nos fala claramente de coisas, fatos e acontecimentos que fazem parte do nosso cotidiano e que são para nós sinais de que os Seus prognósticos já se manifestam no mundo. Guerras, revoluções, terremotos, fome, peste, miséria, violência, fazem parte das manchetes dos jornais e das edições dos noticiários da TV e nas mídias sociais. Jesus, porém, nos esclarece que ainda não é o fim, mas que é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. O objetivo principal da nossa meditação hoje, no entanto, é fazer uma avaliação da influência que esses cenários que se apresentam tão sombrios têm na nossa vida. Às vezes imaginamos que as guerras estão acontecendo apenas longe de nós, entre os povos distantes, porém Jesus vem nos falar de perseguições dentro da nossa própria casa, entre pais, irmãos, parentes e amigos. É, justamente aí, que podemos estar situados como colaboradores das desgraças que acontecem no mundo, atualmente. Os nossos relacionamentos dentro da nossa família e da própria comunidade cristã, muitas vezes, ocorrem dentro de um clima de disputas e rivalidades, que constituem os germes da violência e da agressão. Nenhum de nós, nem as nossas famílias, estamos dispensados dessas coisas pavorosas de que nos fala o Evangelho. Os sinais são evidentes e são facilmente detectados na maneira como tratamos uns aos outros, com grosseria ou ainda pior, com indiferença e desprezo. A nossa vida é um “salve-se quem puder” e, se pensarmos bem, nós não estamos aproveitando os seus desafios para testemunhar a nossa fé, como nos sugere Jesus. “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”, esse é o conselho de Jesus para nós, hoje. Portanto, mesmo diante de tantos sinais de destruição, nós poderemos ter um coração tranquilo e, na reta final de mais um ano de aprendizado, ter plena confiança de que não perderemos nem um só fio de cabelo da nossa cabeça e que, a nossa perseverança nos fará ganhar uma vida nova, no final de tudo.
- Qual a mensagem pessoal que você tira deste Evangelho?
- Você tem percebido no mundo essas coisas pavorosas de que fala o texto?
- Como estão acontecendo, as coisas dentro da sua casa?
- As dificuldades pelas quais você tem passado, o (a) fazem mais confiantes ainda nas promessas do Senhor?
- Reflita sobre isso!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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