18 DE NOVEMBRO DE 2022
SEXTA-FEIRA DA XXXIII SEMANA
DO TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª.
Leitura – Ap 10, 8-11
Leitura do Livro do Apocalipse de São João 10,8-11
8Aquela mesma voz do céu, que eu, João, já tinha
ouvido, tornou a falar comigo: 'Vai. Pega o livrinho aberto da mão do anjo que
está de pé sobre o mar e a terra.' 9Eu fui até ao anjo e pedi que me entregasse o
livrinho. Ele me falou: 'Pega e come. Será amargo no estômago, mas na tua boca,
será doce como mel'. 10Peguei da mão do anjo o livrinho e
comi-o. Na boca era doce como mel,
mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. 11Então ele me disse: 'Deves
profetizar ainda contra outros povos e nações, línguas e reis'. Palavra do Senhor.
Reflexão – o doce que se torna
amargo
Mais uma
vez o anjo do Senhor se comunica com São João na Ilha de Patmos e lhe entrega
um livrinho aberto. Este livrinho é a Palavra de Deus, anunciada aos homens por
meio dos profetas e do próprio Jesus Cristo. Num gesto simbólico, São João,
então, come a palavra do Senhor e sente na boca o gosto doce como o mel, mas no
estômago, o gosto amargo de fel. Isto significa para nós que a Palavra quando
anunciada nos delicia e nos impressiona, toca o nosso coração e a admiramos,
entretanto, quando precisamos assumir compromisso com ela e intimados a
vivenciá-la, sentimos as dificuldades, por isso, ela se torna algo amargo e
difícil de ser concretizado. Vivenciar a Palavra de Deus implica em renúncia,
em aceitação, em submissão e, principalmente, em testemunho! Assim como São João foi convocado a
profetizar, isto é, anunciar às nações o pensamento de Deus, nós também somos
chamados a dar testemunho da Palavra a todos os que encontramos por meio das
nossas ações coerentes com o que o Senhor nos ordena. – Você também se maravilha quando ouve a Palavra de Deus? – Você é
obediente no cumprimento dos ensinamentos de Deus? – O que para você é mais
doce e mais amargo na vivência da Palavra de Deus?
Salmo 118 (119),14. 24. 72. 103. 111. 131 (R. 103a)
R. Como é doce ao paladar vossa palavra,
ó Senhor!
14Seguindo vossa lei me rejubilo *
muito mais do que em todas as riquezas.R.
24Minha alegria é a vossa Aliança, *
meus conselheiros são os vossos mandamentos.R.
72A lei de vossa boca, para mim, *
vale mais do que milhões em ouro e prata.R.
103Como é doce ao paladar vossa palavra, *
muito mais doce do que o mel na minha boca!R.
111Vossa palavra é minha herança para sempre, *
porque ela é que me alegra o coração!R.
131Abro a boca e aspiro largamente, *
pois estou ávido de vossos mandamentos.R.
Reflexão - Exaltar a Palavra de Deus é
exaltar o próprio Deus e a Ele fazer justiça. O salmista compara a Lei do
Senhor com as realidades da terra e a proclama maior do que tudo: as riquezas,
o ouro e a prata, o mel, etc. A maior fonte de riqueza e de felicidade do homem
está contida no cumprimento da lei que sai da boca de Deus.
Evangelho
– Lc 19, 45-48
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
São Lucas 19,45-48
Naquele
tempo: 45Jesus entrou no Templo e começou a
expulsar os vendedores. 46E disse: 'Está escrito: 'Minha casa será casa de
oração'. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões.'
47Jesus ensinava todos os dias
no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo
procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado
quando ouvia Jesus falar. Palavra da Salvação.
Reflexão - “a casa de Deus é casa de
oração!”
Ao mesmo tempo em que era compassivo e cheio de ternura, Jesus também era firme e correto. Assim, Ele ia ao templo para adorar o Pai, e ensinar as Suas verdades àqueles que o frequentavam. Porém, o mesmo povo que ficava fascinado com os Seus ensinamentos quando O ouvia falar, confundia as coisas e usava também o templo para fazer comércio e meio de vida para si. Por isso, Jesus, usando de toda a autoridade, com o intuito de ensiná-los a respeitar a casa de Deus, expulsou-os do templo provocando a indignação dos sumos sacerdotes e mestres da lei, que também se confundiam e davam mau exemplo ao povo. De uma vez por todas Jesus quer nos mostrar que não devemos misturar o sagrado com o profano e que para tudo há o seu lugar apropriado. Para nós, fica ao mesmo tempo, a exortação: “a casa de Deus é casa de oração!” A casa, pode significar o ambiente, o local, o lugar onde nos reunimos para orar, mas também e principalmente é, com certeza, o santuário do nosso coração onde Deus veio morar e onde muitas vezes nós, misturando as realidades, guardamos coisas que precisam também ser eliminadas definitivamente de dentro de nós. Por isso, Jesus nos convoca a avaliar o que está escondido dentro de nós, como pensamentos maus, maquinações, vingança e julgamentos. Precisamos, a exemplo de Jesus, também os expulsar, a fim de que o nosso coração esteja livre para acolher o amor de Deus como um sacrário vivo.
- Como você tem se comportado na Casa do Senhor, quando está na missa, no grupo de oração, na adoração ao Santíssimo?
– O que pode estar confundindo os seus pensamentos e desviando a sua atenção quando você ora?
– E o seu coração?
- Ele é morada do Senhor?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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