“Jesus Cristo é o maior educador da história: com o amor do Pai e a ação do Espírito Santo, Ele nos faz nascer ‘do alto’”. Palavras do Papa Francisco na saudação aos membros da Sociedade dos Estudantes suíços que completa 75 anos e veio a Roma em peregrinação
Jane Nogara - Vatican News
Na
manhã desta segunda-feira (12), o Papa Francisco recebeu na Sala Clementina, no
Vaticano, os membros da Sociedade de Estudantes Suíços. Uma Associação de
pessoas de várias gerações e com diferentes percursos de estudo. Que se reúnem
pelo fato de terem sido estudantes.
Estudantes e peregrinos
Após a
saudação inicial o Papa parabenizou os presentes com as seguintes palavras:
“Este ano vocês comemoram o 75º aniversário da canonização de São Nicolau de
Flüe, o Santo Padroeiro da Suíça e também de sua Associação. E esta
circunstância os levou a vir em peregrinação a Roma. Fico contente em constatar
que existe uma bela analogia entre ser estudantes e ser peregrinos.
Estudar é um caminho”, continuou o Papa, “a sua Associação nos lembra que somos
estudantes, em certo sentido amplo, por toda a vida”. Recordando também que “o
estudo como uma atitude humana pode sempre ser cultivado. Aliás, é tão mais
nobre e agradável quanto mais livre, gratuito e não limitado a uma utilidade”.
Em seguida especifica:
“Neste sentido ser estudante
significa ter um desejo de aprender, de conhecer, de não se considerar já
chegado. Estar a caminho. Ter o espírito do discípulo, sempre, em todas as
idades”
Mistério
do nascimento
Depois de
recordar uma consideração do sacerdote teólogo Romani Guardini que afirma:
'Devemos sempre pressupor uma coisa: o mistério do nascimento... Tudo o que se
define educação, significa somente servir, ajudar, libertar, permanecendo
dentro deste mistério', o Papa disse:
“Educar é acompanhar um
homem, uma mulher em seu 'nascimento' como pessoa, em sua 'vinda ao mundo', em
sua 'vinda à luz'. Jesus Cristo é o maior educador da história: com o amor do
Pai e a ação do Espírito Santo, Ele nos faz nascer ‘do alto’”
“Ele
[Jesus] faz sair o novo homem do invólucro do velho homem. Nos liberta da
escravidão do ego e nos abre para a plenitude da vida em comunhão com Deus, com
os outros, com as criaturas, e também com nós mesmos. Porque - como nos mostra
muito bem Agostinho em suas Confissões -
não estamos em paz com nós mesmos até que nos rendamos ao amor de Deus em
Cristo Jesus”.
Por fim
Francisco convida todos a se colocar uma pergunta: “Vocês que são estudantes, e
o são, digamos, por estatuto, são também ‘estudantes’ da Palavra de Deus? Vocês
dedicam parte de seu tempo à leitura da Bíblia, dos Evangelhos? Se, como eu
disse, vocês são pessoas em caminho, em busca, vocês se sentem também pessoas
que buscam a Deus?”. Concluindo:
“Isto significa ser
peregrino: não contentar-se em ‘viver’, mas querer viver. E Jesus é Aquele que
o Pai enviou para nos dar vida ‘em abundância”
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