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DE AGOSTO DE 2022
4ª. FEIRA – São Lourenço diácono e mártir
Cor Vermelho
1ª.
Leitura – II Cor 9, 6-10
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
9,6-10
Irmãos: 6"Quem semeia pouco colherá também pouco e quem
semeia com largueza colherá também com largueza". 7Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração,
sem pesar nem constrangimento; pois Deus "ama quem dá com alegria". 8Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de
graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra
para toda obra boa, 9como está escrito: "Distribuiu
generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre". 10Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão
como alimento,
ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os
frutos da vossa justiça. Palavra do Senhor.
Reflexão – dar com
alegria ou dar por obrigação
Na maioria das vezes, quando
vivemos segundo a mentalidade do mundo, nós gostamos mais de receber, honras,
presentes, atenção, benesses, e almejamos receber sempre mais, para nós mesmos
(as). Consequentemente, a nossa vida se torna vazia de frutos bons, pois
semeamos apenas vento. A nossa mentalidade
cristã baseada no Evangelho nos ensina que semeamos com largueza quando
distribuímos o que possuímos, generosamente, com grandeza de coração, sem
pesar, nem constrangimento, e, por isso, somos abençoados (as) recebendo sempre
muito mais para toda espécie de boas obras. Quando fazemos essa experiência
percebemos que tudo o que doamos ao nosso próximo, “pelo amor de Deus”, retorna para nós, “com o amor de Deus”! O Amor
de Deus é, portanto, a nossa recompensa e, quando o recebemos, com ele vêm
todas as coisas das quais necessitamos para continuar semeando e colhendo bons
frutos. O gesto de dar e receber faz parte da nossa vida terrena. Existe,
porém, uma diferença entre dar com alegria, ou dar por obrigação. Se a
recomendação de São Paulo, nesta carta, fosse vivida por todos os homens e mulheres
do mundo, não haveria fome nem miséria nem penúria e toda a humanidade seria
beneficiada com a fartura de bens. “Distribuiu generosamente, deu aos
pobres; a sua justiça permanece para sempre”. Para Deus é justo que todos
tenhamos dignidade e sejamos felizes, vivendo com o que Ele preparou para nós,
os seus filhos e filhas. - Como você
tem partilhado a sua vida: tempo, dinheiro, conhecimento, saúde, alimento: com
alegria ou constrangimento? - Você já pensou que na medida em que for
generoso, Deus o será para consigo também?
E que, quem semeia pouco colhe também, pouco? - Existe alguém perto de
você que está passando necessidade, precisando da sua ajuda? O que você poderá
fazer por essa pessoa?
Salmo 111(112),1-2.5-6.7-8.9(R.5a)
R. Feliz o homem caridoso e prestativo.
1Feliz o homem que respeita o Senhor *
e que ama com carinho a sua lei!
2Sua descendência será forte sobre a
terra, *
abençoada a geração dos homens retos!R.
5Feliz o homem caridoso e prestativo, *
que resolve seus negócios com justiça.
6Porque jamais vacilará o homem reto,
*
sua lembrança permanece eternamente!R.
7Ele não teme receber notícias más: *
confiando em Deus, seu coração está seguro.
8Seu coração está tranquilo e nada teme,
*
e confusos há de ver seus inimigos.R.
9Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez, *
e crescerão a sua glória e seu poder. R.
Reflexão - O homem caridoso e prestativo
é aquele que resolve seus negócios com justiça. Quem age com justiça não teme
receber notícias funestas, pois seu coração está seguro em Deus, porque segue a
sua lei e reparte com os pobres os seus bens fazendo justiça aos seus irmãos,
filhos de Deus.
Evangelho
– Jo 12, 24-26
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João 12,24-26
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo
que cai na terra não morre,
ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz
muito fruto. 25Quem se apega à
sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o
meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará". Palavra da Salvação.
Reflexão – Morrer para viver!
Se todos nós acolhêssemos de
coração a verdade de que a semente que cai na terra tem que, primeiramente
morrer, a nossa vida seria muito mais plena.
Quando nos compara ao grão que cai na terra e só germina depois que
morre Jesus nos aponta o meio mais seguro para que produzamos muitos frutos.
Produzimos frutos bons quando conscientemente assumimos os desafios da nossa
vida como um exercício que dá firmeza às nossas ações. Os frutos que colhemos
desde já, são alegria, paz e esperança. São frutos colhidos por nós, e
necessários para alimentar os outros, não a nós mesmos. Para isso será preciso
deixar que morram os apetites da nossa humanidade que rejeita, dificuldade,
desapego e sofrimento. Precisamos, então, morrer, no sentido de não fazer
questão, de renunciar, de deixar-se exercitar, de desapegar-se dos bens, dos
interesses e das pessoas. De acordo com
o ensinamento de Jesus, quanto mais estivermos apegados à nossa vidinha, ao
nosso viver egoísta, aos nossos interesses pessoais, mais sofreremos as
consequências. Seguir a Jesus significa servir desinteressadamente. Como
seguidores de Jesus Cristo, somos convocados a manifestar ao mundo a alegria
que perdura em nós, vivenciando a paz nos nossos relacionamentos e levando
esperança para aqueles (as) que estão acabrunhados. Perdemos tempo quando nos consumimos em
coisas que não dão em nada. Perdemos dinheiro quando vivemos em função de
curtir a nós mesmos (as). Perdemos amigos, família, quando, egoisticamente,
pensamos apenas nas nossas dificuldades e nos isolamos como vítimas. Todo
aquele (a) que se fecha em si mesmo (a) perde o gosto pela vida. – Você se liga às dificuldades das outras
pessoas? – Você sofre com o que passa o seu irmão, ou está sempre girando em
torno dos seus problemas? – Diante de Deus você se considera uma pessoa justa
para com os seus irmãos e irmãs? -Você
costuma entender que a sua vontade tem de prevalecer ou deixa também que outros
tenham razão? - O que você tem vivido mais na vida: a paz ou a discórdia? - Com
que interesse você trabalha para Deus?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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