7
DE AGOSTO DE 2022
XIX
DOMINGO DO
TEMPO
COMUM
Cor
Verde
1ª.
Leitura – Sab 18, 6-9
Leitura do Livro da Sabedoria 18,6-9
6A noite da libertação fora predita a nossos pais,
para que,
sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem
intrépidos. 7Ela foi esperada
por teu povo, como salvação para os justos e como perdição para os inimigos. 8Com efeito, aquilo com que puniste nossos
adversários, serviu também para glorificar-nos,
chamando-nos a ti. 9Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios secretamente e,
de comum acordo, fizeram este pacto divino: que os santos participariam
solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. Isto, enquanto entoavam
antecipadamente os cânticos de seus pais. Palavra
do Senhor.
Reflexão - a nossa história de salvação
Por
intermédio de Moisés Deus fez um pacto com o Seu povo, que conheceu a Sua
glória! O autor do Livro da Sabedoria, então, se reporta à noite da libertação
dos hebreus quando o povo deu crédito
às promessas que o Senhor lhe fizera por meio de Moisés. Firmado nisso o povo
de Israel se conservou destemido e conheceu a ação de Deus tanto para a sua
salvação como para a perdição do faraó e dos egípcios que o perseguiam. Assim
sendo, os antigos deixaram para os seus sucessores a herança das dádivas
divinas, muito embora pudessem também participar dos mesmos contratempos pelos
quais eles passaram. Podemos refletir, que a promessa de libertação que Deus
cumpriu quando Moisés tirou o povo hebreu do Egito, se cumpre hoje, na nossa
vida, quando assumimos a nossa participação no Mistério de Cristo o qual se
encarnou e se fez homem para também nos libertar da escravidão do pecado.
Portanto, o pacto que os “piedosos filhos
dos bons” fizeram com Deus para que os “santos
participassem dos mesmos bens e dos mesmos perigos” que eles, faz parte da
nossa história de salvação. Essa herança se transmite de pai para filho na
medida em que cada geração entoa também, antecipadamente, os cânticos de seus
pais. Assim como nós conhecemos a nossa história familiar e sabemos repetir o que
nos foi ensinado pelos nossos antepassados, também precisamos tomar
conhecimento da ação divina na história espiritual daqueles que nos
antecederam. Conscientes disso, nós podemos então perceber que Deus sempre
esteve presente na nossa caminhada terrena quando interveio e mostrou a Sua
glória mesmo nos momentos de grandes dificuldades. A nossa vida é um mistério
repleto do Amor e da Bondade de Deus, assim sendo, devemos ficar bem atentos
(as) para perceber isso em todos os nossos movimentos, a fim de que saibamos
também contar aos nossos filhos e estes aos nossos netos, as proezas que
realizamos porque o Senhor nos sustentou. – Como você avalia a sua história
familiar? – O que você conhece da vida espiritual dos seus antepassados? – Você
tem gravado na memória como Deus se manifesta na sua vida para descrever aos
seus sucessores?
Salmo 32,1.12.18-19.20.22 (R.12b)
R.Feliz o povo
que o Senhor escolheu por sua herança!
1Ó justos, alegrai-vos no Senhor!*
aos retos fica bem glorificá-lo.
12Feliz o povo cujo Deus é o Senhor*
e a nação que escolheu por sua herança! R.
18Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19para da morte libertar as suas
vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
20No Senhor nós esperamos confiantes,*
porque ele é nosso auxílio e proteção!
22Sobre nós venha, Senhor, a vossa
graça,*
da mesma forma que em vós nós esperamos! R.
Reflexão - A herança do Senhor é destinada ao homem justo, isto é, a quem Lhe
oferece o seu viver e o seu louvor. Aquele que teme o Senhor e coloca Nele a
sua esperança recebe o prêmio da Sua assistência durante todos os dias da vida.
A graça do Senhor se manifesta na medida em que nós a esperamos e quanto mais
confiarmos no Seu auxílio e na Sua proteção mais poderemos receber o Seu amor
que nos faz viver alegres e felizes.
2ª.
Leitura – Hb 11, 1-2.8-19
Leitura da Carta aos Hebreus 11,1-2.8-19
Irmãos: 1A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a
convicção acerca de realidades que não se veem. 2Foi a fé que valeu aos antepassados um bom
testemunho. 8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem
de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber
para onde ia.
9Foi pela fé que ele residiu como
estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os
co-herdeiros da mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e
construtor. 11Foi pela
fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de
ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa.
12É por isso também que de um só
homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão 'comparável às estrelas do céu
e inumerável como a areia das praias do mar'. 13Todos estes morreram na fé. Não receberam a realização da promessa,
mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes
nesta terra. 14Os que
falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, 15e se se lembrassem daquela que deixaram,
até teriam tempo de voltar para lá. 16Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste.
Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus. Pois
preparou mesmo uma cidade para eles. 17Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário
da promessa, sacrificava o seu filho único, 18do qual havia sido dito: 'É em Isaac que uma descendência levará o
teu nome'. 19Ele estava
convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim
recuperou o filho - o que é também um símbolo.
Palavra do
Senhor.
Reflexão – O Senhor é o nosso maior Bem
O autor
da carta aos Hebreus define a Fé vivida pelos homens e mulheres da Biblia como
uma forma de se possuir com antecipação as coisas pelas quais esperamos, e
vislumbrar, desde já, as realidades que ainda não estamos enxergando. Tendo
Abraão como exemplo maior o autor nos estimula a refletir acerca da pátria que
nos é prometida por Deus e que buscamos encontrar mesmo que não tenhamos ainda
muita ideia de como seja. Caminhamos aqui como estrangeiros e migrantes, porém,
na nossa limitação, às vezes pensamos que é aqui o nosso porto seguro.
Precisamos, no entanto, firmados na Palavra do Senhor ter a convicção de que
Ele nos preparou uma cidade e construiu uma morada para nós. Algumas vezes,
também como Abraão, nós somos chamados a sacrificar o nosso “filho único” para
que tenhamos acesso ao lugar que Deus nos preparou. São todos os ídolos a quem
nos apegamos e, que por isso, nos levam a esquecer de que o Senhor é o nosso
maior Bem e que o Seu Amor e a Sua graça nos bastam para que tenhamos ingresso
no lugar do nosso repouso. Abraão é considerado o Pai da fé, portanto, se
tivermos fé, seremos também chamados de seus filhos e esperaremos confiantes
pela manifestação de Deus que tem o poder de reconquistar para nós tudo o que
tivermos de entregar a Ele. O poder da morte e ressurreição de Jesus nos fez
morrer com Ele e nos fará também ressuscitar de uma maneira gloriosa e plena
para gozar de tudo quanto Deus Pai tiver preparado para nossa bem-aventurança. –
O que você tem esperado na sua vida? – Você tem fé? – Como tem se manifestado a
sua fé? – Você já precisou entregar a Deus algo que é como se fosse um “filho
único? – O que você recebeu em troca?
Evangelho
– Lc 12, 32-48
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas 12,32-48
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 32'Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do
agrado do Pai dar a vós o Reino. 3Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não
se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a
traça corrói. 34Porque onde está o vosso tesouro,
aí estará também o vosso coração. 35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu
senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a
porta, logo que ele chegar e bater.
37Felizes os empregados que o senhor
encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai
cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três
da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! 39Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão
iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na
hora em que menos o esperardes'. 41Então Pedro disse: 'Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para
todos?' 42E o Senhor
respondeu: 'Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à
frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao
chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de
todos os seus bens.
45Porém, se aquele empregado pensar:
'Meu patrão está demorando', e começar a espancar os criados e as criadas, e a
comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora
imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47Aquele empregado que, conhecendo a
vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será
chicoteado muitas vezes.
48Porém, o empregado que não conhecia
essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A
quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais
será exigido! Palavra da Salvação.
Reflexão – todos somos convidados
para as
Bodas do Cordeiro
Todos nós que almejamos seguir os ensinamentos de Jesus precisamos estar de ouvidos e olhos abertos a fim de apreender com Ele os segredos que desvendam os mistérios do reino dos céus. Jesus nos exorta para que não tenhamos medo de nada, pois, o reino é uma dádiva que Deus deseja nos conceder e é do Seu agrado que todos nós o alcancemos. No entanto, Jesus nos dá algumas orientações que são como chaves para nos abrir a porta da vivência do reino. O reino de Deus é um tesouro que somente obtemos na medida em que nos desapegamos dos nossos bens materiais, usando-os para o bem comum, isto é, com fim de ajudar ao próximo. Quando agimos assim, nós nos desfazemos do nosso tesouro material aqui na terra para adquirir um tesouro que nunca se acaba, pois, está guardado no céu, aonde os ladrões não chegam nem a traça corrói. Dessa forma, o nosso ideal de vida, os nossos anseios e objetivos estarão também guardados no céu como um tesouro. Lá também estará o nosso coração onde o reino do céu começa acontecer. A nossa vida é breve, por isso, devemos manter os nossos olhos voltados para o alto, à espera Daquele que há de vir, nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, Jesus neste Evangelho também se refere ao senhor a quem os seus empregados esperam e que volta para casa depois de uma festa de casamento. A festa de casamento são as Bodas do Cordeiro que se realiza no céu e para a qual todos nós somos convidados. Jesus virá um dia e nos levará definitivamente para participar desse Banquete. A qualquer hora da nossa vida e em qualquer idade que tenhamos, Jesus poderá bater à nossa porta e nos convidar para cear com Ele no Banquete da vida eterna. Felizes nós seremos se Ele nos encontrar preparados e na expectativa. Enquanto estivermos aqui somos cooperadores do reino de Deus e estamos a serviço da casa do Senhor. Todos nós que, pela Fé, assumimos a salvação de Jesus e perseguimos continuamente a conversão, somos administradores do reino do céu que o senhor deseja instalar na terra. Seremos considerados Seus fiéis e prudentes administradores, se formos encontrados no lugar exato onde Ele deseja que estejamos.
– Você já está “vendendo os seus bens” para adquirir um tesouro no céu?
– Onde está o seu coração? – Como você tem se mantido: em estado de alerta, ou seja, em estado de graça ou relaxado (a) como cristão?
- Você se sente um (a) administrador (a) fiel dos talentos que Deus lhe deu?
– Como você tem tratado aqueles (as) que o Senhor coloca sob a sua condução?
– Você está no posto que
o Senhor deseja que permaneça ou tem deixado para depois a sua missão?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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