Mais de 7 milhões de ucranianos deixaram o país em função da guerra. Combates intensos seguem sendo travados especialmente no sul. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que "a Ucrânia como a conhecíamos, dentro daquelas fronteiras, já não existe mais. E não existirá mais. Isso é óbvio".
Vatican News
“Que faço hoje pelo povo ucraniano? Rezo?
Empenho-me? Procuro entender? Que faço hoje pelo povo ucraniano? Cada um
responda no próprio coração.”
Antes de se despedir dos fiéis na Praça São Pedro,
o Papa Francisco voltou a dirigir seu pensamento à martirizada Ucrânia e à
população que está sofrendo.
E não esqueçamos do martirizado povo ucraniano
neste momento, povo que está sofrendo. Gostaria que permanecesse em todos vocês
uma pergunta: o que estou fazendo hoje pelo povo ucraniano?
Esse foi mais um dos tantos apelos do Santo Padre,
por uma situação que parece não ter fim. De fato, Sergiy Gaiday - governador de
Lugansk, região do leste da Ucrânia, palco de intensos combates com a Rússia -
afirmou que a situação atual é "difícil na cidade de Lysychansk e na
região como um todo", pois os russos estão bombardeando as tropas
ucranianas 24 horas por dia; De Lysychansk, a artilharia ucraniana está
disparando em direção a Severodonetsk, onde a fumaça sobe da fábrica de Azot e
as tropas russas disparam projéteis e foguetes.
A visita relâmpago de Zelensky ao sul
No sábado, 18, a visita surpresa do presidente
ucraniano a Mykolaiv e Odessa, os
dois centros estratégicos do Mar Negro, onde se
encontrou com as tropas. Retornando em uma mensagem de vídeo no Instagram,
afirmou: "Não entregaremos o sul a ninguém".
Perspectiva dramática de longo prazo
"A guerra na Ucrânia pode durar anos”, afirmou por sua vez o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em entrevista publicada neste domingo pelo jornal alemão Bild. "Devemos estar preparados para durar anos", disse ele, sugerindo de "não enfraquecer o apoio à Ucrânia, mesmo que os custos sejam altos, não apenas em termos de apoio militar, mas também devido ao aumento dos preços da energia e da comida". No entanto, de acordo com Stoltenberg, "os custos de alimentos e combustível não são nada comparados aos pagos diariamente pelos ucranianos na linha de frente. Além disso, se o presidente russo Vladimir Putin alcançar seus objetivos na Ucrânia, como quando anexou a Crimeia em 2014, teremos que pagar um preço ainda maior”, advertiu. Nesse contexto, o secretário-geral da Otan pediu aos países da aliança que continuem entregando armas a Kiev. A região leste da Ucrânia está atualmente parcialmente sob controle das forças russas.
A posição de Moscou
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores
da Rússia declarou que "a Ucrânia como a conhecíamos, dentro daquelas
fronteiras, já não existe mais. E não existirá mais. Isso é óbvio".
À
medida que o conflito se agrava, Maria Zakharova descarta qualquer perspectiva
de negociação voltando a falar em uma entrevista à Sky News Arabia. Deixa claro
mais uma vez que Moscou não recuará, uma vez que seus objetivos no terreno
sejam alcançados.
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