Celebrar a Santíssima Trindade não é tanto um exercício teológico, mas uma revolução em nosso modo de vida. Deus, em quem cada Pessoa vive para o outro, não para si mesmo, nos provoca a viver com os outros e para os outros: disse o Papa no Angelus deste domingo (12/06), Solenidade da Santíssima Trindade
Raimundo
de Lima – Vatican News
Que Nossa Senhora, filha do
Pai, mãe do Filho e esposa do Espírito, nos ajude a acolher e testemunhar na
vida o mistério de Deus-Amor: foi o pedido do Papa ao rezar o Angelus ao
meio-dia deste domingo, 12 de junho, Solenidade da Santíssima Trindade.
Na alocução que precedeu a oração mariana, Francisco ateve-se ao
Evangelho do dia (Jo 16, 12-15), em que Jesus nos apresenta as outras duas
Pessoas divinas, o Pai e o Espírito Santo. Do Espírito ele diz: "Não
falará de si mesmo, mas receberá o que é meu e vos anunciará". E depois, a
respeito do Pai, ele diz: "Tudo o que o Pai tem é meu".
Espírito Santo fala, mas não de si mesmo
Observamos, disse o Santo Padre, que o
Espírito Santo fala, mas não de si mesmo: anuncia Jesus e revela o Pai. E que o
Pai, o qual possui tudo, porque é a origem de todas as coisas, dá ao Filho tudo
o que possui: não guarda nada para si mesmo e se dá inteiramente ao Filho.
E agora, exortou Francisco, olhemos para nós, para aquilo de que
falamos e para o que possuímos. "Quando falamos, queremos sempre que se
fale bem de nós, e muitas vezes falamos apenas de nós mesmos e do que fazemos.
Quão diferente do Espírito Santo, que fala anunciando os outros! E, sobre o que
possuímos, como somos ciumentos disso e como é difícil para nós compartilhá-lo
com os outros, mesmo com aqueles que não têm o necessário! Em palavras, é
fácil, mas na prática é muito difícil", ressaltou o Pontífice.
Celebrar Trindade, uma revolução em nosso modo de vida
O Papa destacou que celebrar a Santíssima
Trindade não é tanto um exercício teológico, mas uma revolução em nosso modo de
vida.
Deus,
em quem cada Pessoa vive para o outro, não para si mesmo, nos provoca a viver
com os outros e para os outros. Hoje podemos nos perguntar se nossa vida
reflete o Deus em que acreditamos: eu, que professo a fé em Deus Pai e Filho e
Espírito Santo, realmente acredito que para viver preciso dos outros, preciso
me doar aos outros, preciso servir aos outros? Afirmo isto com palavras ou com
a vida?
Deus deve ser mostrado com ações antes das palavras
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