Presbítero,
Dominicano (1350-1419)
Naturalidade e despertar vocacional
Nasceu
em Valência, na Espanha, em 1350. Seu pai, um tabelião que se chamava Guilherme
Ferrer e sua mãe, Constância Miguel. Veio de um berço nobre na sua época, porém
passou sua infância e juventude muito próximo aos Padres Dominicanos, que
tinham um convento muito perto de sua casa.
Sonho profético da mãe
Ainda
antes de nascer, sua mãe teve um sonho, onde ela via a grandeza do futuro de
seu filho. Por ter muita proximidade com os padres Dominicanos, logo percebeu
sua vocação e então com 17 anos pediu ingresso na Ordem dos Pregadores
(Dominicanos).
Vida Religiosa
Ingressou
na vida religiosa assim bem jovem e professou os votos com 18 anos. Após a sua
ordenação, por ser um pregador com um dom muito especial, começou a peregrinar
por toda a Europa.
Vivendo em tempos difíceis
Viveu
em um período difícil da história da Igreja, quando ocorreu a Guerra dos Cem
Anos, quando forças políticas eram capazes de intervir fortemente nas eleições
papais. Chegando até o Grande Cisma da Igreja do Ocidente, que durou quase 40
anos
Um grande pregador
Recebeu
do Senhor em sonho: o chamado para pregar durante 20 anos por boa parte da
Europa. Andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e
Irlanda e muitas outras regiões. Fazendo tudo isso de modo muito simples, andando
por todas essas cidades montado num burro, porém sempre com a revelação de um
Dom extraordinário que era o da pregação. Isso fazia ter com ele sempre homens,
mulheres e crianças, clérigos, teólogos que o acompanhavam pelo caminho.
Pregava com muita paixão fervor. Além disso, se mortificava e buscava
penitências para ter mais tempo para a oração.
O objetivo da sua pregação
Queria
com suas pregações defender sempre a unidade da Igreja, o fim das guerras, o
arrependimento e a penitência, como forma de esperar a iminente volta de
Cristo. Era apelidado de “anjo do Apocalipse”, pois pregava sobre o iminente
fim dos tempos e dos eventos que o precederiam, chamando todos à conversão,
para a salvação de suas almas.
Um ensinamento
“A
respeito do próximo, exerça estas outras sete disposições: tenra compaixão,
alegria jubilosa, tolerância paciente e perdão das injúrias, afabilidade
repleta de boa vontade, respeito humilde, concórdia perfeita, doação da sua
vida sob o exemplo de Jesus. Como Ele, você estará pronto para doar-se aos seus
irmãos”. (dos
escritos de São Vicente Ferrer)
Milagre em vida
Contemporâneos
de São Vicente Ferrer relatam que milhares de pessoas se reuniam para ouvi-lo,
e o fato mais impressionante é que até mesmo pessoas que não falavam a sua
língua o entendiam.
Certa vez uma mulher judia que durante
uma de suas pregações na igreja de Ecija, Espanha. Saiu durante um dos sermões
falando com sarcasmo e todos os presentes ficaram com raiva. Mas São Vicente
disse para que a deixassem sair, porém que se afastasse dela. O povo obedeceu,
deixando-a passar até o pórtico, quando o telhado caiu sobre ela, e ela veio a
falecer ali mesmo. Permanecendo morta por algum tempo e espanto de todos, São
Vicente caminhou até o corpo da mulher e ordenou com voz forte: “Mulher,
em nome de Jesus Cristo, volte à vida!” E
esta ressuscitou. Todos ficaram maravilhados! Após o milagre, a senhora se
converteu ao catolicismo. O fato se tornou conhecido e durante muito tempo se
fizeram procissões até o local do milagre.
Morte e Canonização
São
Vicente Ferrer morreu em viagem – mas já era venerado como Santo pelo povo da
época. Foi canonizado pelo Papa Calisto III, em 3 de junho de 1455, na
igreja dominicana de Santa Maria Sopra Minerva, Roma.
Minha Oração
“Oh
Deus que concedestes a São Vicente Ferrer, ter uma vida conduzida pelo fervor e
desejo de anunciar o teu Reino Glorioso e a necessidade de conversão, para a
salvação de nossas almas. Concedei-me, eu vos peço, que eu também possa viver
uma vida em expectativa da iminente volta do Cristo, com a ousadia e fervor
para também pregar a sua Palavra em vista da salvação e conversão de tantos que
ainda não te conhecem. Para a maior Glória de Deus. Amém.”
São
Vicente Ferrer, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz
memória em 5 de abril:
- Beato Mariano
da Mata Aparício, presbítero da Ordem de Santo
Agostinho, em São Paulo, no Brasil († 1983)
- Santa Irene,
virgem e mártir, que, desobedecendo ao edito de Diocleciano, ocultou os
Livros sagrados e por esse motivo foi conduzida ao prostíbulo público e
queimada por ordem do prefeito Dulcécio, o mesmo que tinha martirizado as
suas irmãs Ágape e Quiónia, na Grécia († 304)
- Santa Ferbuta,
viúva, irmã de São Simeão, bispo, a qual, juntamente com a sua serva,
sofreu o martírio no reinado de Sapor II, no Iraque († c. 342)
- Cento e onze homens e nove
mulheres, mártires, que, reunidos de
vários lugares nas cidades régias da Pérsia, por recusarem firmemente
negar a Cristo e adorar o fogo, foram queimadas por ordem do mesmo rei, no
Iraque († 344)
- Santos mártires que,
na perseguição do rei ariano Genserico, foram massacrados na igreja num
dia da Páscoa; entre eles estava o leitor, que foi atravessado por uma
flecha na garganta quando cantava do púlpito o «Aleluia», na
Argélia († s. V)
- São Geraldo,
abade, que pertencia ao mosteiro de Corbie quando foi eleito abade de Laon
e, depois de santas peregrinações, se retirou na densa floresta, na
França († 1095)
- Santo Alberto,
bispo, que consagrou toda a sua vida à oração contínua a Deus e à
solicitude pelo bem comum dos pobres, na Itália († 1127)
- Santa Juliana,
virgem da Ordem de Santo Agostinho, que tinha sido prioresa do mosteiro de
Mont-Cornillon, em Liège e, fortalecida pelo dom do conselho divino e
humano, promoveu a solenidade do Corpo de Cristo e viveu como reclusa, na
França († 1258)
- Santa Catarina
Tomás, virgem, que, entrando na Ordem
das Canonisas Regrantes de Santo Agostinho, foi insigne no desprezo de si
mesma e na abnegação da sua vontade, na Espanha († 1574)
- Santa Maria Crescência Höss, virgem da
Ordem Terceira de São Francisco, que procurou comunicar aos outros o fogo
do Espírito Santo que nela ardia, na Alemanha († 1744)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- franciscanos.org.br
– Pesquisa: Vinícius Fonsêca –
Comunidade Canção Nova – São José dos Campos (SP)
– Produção e edição: Fernando Fantini –
Comunidade Canção Nova
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