virgem
e religiosa [1844 – 1879] 35 anos
Padroeira
Protetora dos doentes, camponeses e pastores.
Naturalidade
Nascida
em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, sudeste da França, aos pés dos montes
Pirineus, Bernadete viveu em grande pobreza, mas sempre com o coração dirigido
a Maria.
Escolhida pela Virgem Maria
A
“Senhora”, como ela sempre definia a Virgem Maria, apareceu-lhe diversas vezes.
Na aparição de 25 de março de 1858, revelou-lhe ser a Imaculada Conceição.
Desde 11 de fevereiro até 16 de julho daquele ano, Bernadete recebeu 18
aparições de Maria, na Gruta de Massabielle. Desde o início das aparições,
Bernadete tornou-se porta-voz de um acontecimento, que ecoou pelo mundo
inteiro, apesar de passar por inúmeros interrogatórios oficiais, sendo acusada
de impostora. Porém, nunca desanimou, enquanto, ao longo dos anos, aumentava o
fluxo incontável de pessoas na Gruta das Curas.
A gruta de Lourdes
Essa
gruta foi fruto de um pedido da Virgem Maria para lhe testar a fé. Na aparição,
Maria, pedia a Bernadete que cavasse um buraco no chão em certo lugar, próximo
a uma gruta, e dali verteria uma fonte de águas milagrosas. Porém, ao iniciar
as escavações sem máquinas ou materiais, mas simplesmente com suas forças de
menina, Bernadete viu jorrar uma água suja inicialmente e dela fez a penitência
de beber por fé. Entretanto, depois disso, surgiu uma imensa fonte que até hoje
é a manifestação das graças e milagres divinos por intermédio da Santa Mãe de
Deus.
Decidida ao escondimento
Concluído
o ciclo das visões na gruta de Massabielle, iniciadas em 11 de fevereiro de
1858, Bernardete permaneceu o resto da vida na sombra. Foi acolhida no
Instituto das Irmãs da Caridade de Nevers, onde passou seis anos, sempre na
casa de Lourdes, para ser depois admitida ao noviciado de Nevers. E enquanto
junto da milagrosa fonte ocorriam os primeiros prodígios e de toda a parte
acorriam multidão de devotos, ela só pedia para permanecer escondida e
esquecida de todos.Na profissão religiosa tinha assumido o nome de irmã
Bernarda e durante 15 anos de vida conventual suportou em silêncio sofrimentos
físicos e morais, como a indiferença das próprias irmãs, de acordo com o
desígnio providencial que priva as almas escolhidas da compreensão e
frequentemente também do respeito das almas medíocres. Viu toda a sua
experiência mística ser aprovada e diversos milagres acontecerem, até mesmo a
construção do santuário, tudo isso sem buscar nenhuma recompensa nem mesmo
agradecimentos.
Vocação pelos enfermos
A
Virgem Maria concedeu a Bernadete a vocação de servir aos enfermos,
convidando-a a ser Irmã da Caridade. Com efeito, em 7 de julho de 1866, em
Saint-Gildard, entrou a fazer parte da comunidade da Casa Geral da Congregação
das Irmãs da Caridade de Nevers. Lá ela trabalhou como enfermeira e sacristã,
mas seu coração sempre acompanhava a Virgem e os enfermos. Tinha dotada
capacidade de compaixão.
Quando a doença lhe encontrou
“Maria
é tão bela que, quando a vejo, gostaria de morrer para vê-la
novamente”, era a resposta da vidente de Lourdes a quantos a confortavam
durante a longa enfermidade que por nove anos lhe causou sofrimentos
indizíveis. A Virgem a tinha preparado para esta prova: “Não te prometo
fazer-te feliz neste mundo, mas no outro”. O privilégio de ter sido
escolhida pela Virgem, aos 14 anos, para confirmar a verdade dogmática da Imaculada
Conceição, proclamada por Pio IX em 1854, valeu-lhe bem pouca glória humana.
Ela foi obrigada a ficar acamada por causa da asma, da tuberculose e de um
tumor ósseo no joelho, teve de lutar com essas enfermidades durante 9 anos de
sua vida. Faleceu com a idade de 35 anos, em 16 de abril de 1879.
Bernadete e o Papa Francisco
Em
sua Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo de 2017, o Papa Francisco recordou
que “a humilde jovem de Lourdes afirmava que a Virgem, por ela definida ‘Bela
Senhora’, a olhava como se olha para uma pessoa. Estas simples palavras
descrevem a plenitude de uma relação. Assim, a pobre, analfabeta e doente
Bernadete, sentia-se acolhida por Maria como pessoa. A ‘Bela Senhora’
dirigia-se a ela com grande respeito, mas sem comiseração”. “Depois dos
acontecimentos na Gruta, graças à oração, – acrescentou o Papa – Bernadete
transformou a sua fragilidade em ajuda aos outros; graças ao amor, foi capaz de
enriquecer o próximo e, sobretudo, de oferecer a sua vida pela salvação da
humanidade. O fato de a ‘Bela Senhora’ ter-lhe pedido para rezar pelos
pecadores, nos recorda que os enfermos e os sofredores não têm somente o desejo
de sarar, mas também de viver cristãmente a sua vida, chegando até a doá-la
como autênticos discípulos missionários de Cristo”.
Canonização
Em
1925, foi beatificada pelo Papa Pio XI, que a proclamou santa em 8 de dezembro
de 1933. Assim tornou-se grande símbolo e testemunho da divulgação e
proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Sua vida está intimamente ligada à
Maria e aos enfermos.
Oração
Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Bernadete, a quem destes
perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com
fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
A minha oração
“Querida
Bernadete, tão íntima da Virgem Maria e imitadora das suas virtudes, concedei
que eu também possa imitar-te na vida e no amor à Santíssima Mãe de Deus.
Ajudai-me em meio aos meus sofrimentos, que eu tenha paciência e mansidão, em
tudo saiba ofertar-me a Deus, esse Pai tão Bondoso.”
Santa Maria Bernadete, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz
memória em 16 de abril:
- Os santos mártires Leónidas e sete companheiros que, depois de suportarem vários suplícios, foram
afogados no mar em Corinto, cidade da Acaia, atualmente na
Grécia. († s. III/IV)
- Santos Optato e dezassete companheiros mártires em Saragoça, na Hispânia Tarraconense. (†
s. IV)
- Santa Engrácia,
virgem e mártir em Saragoça. († s. IV)
- Santos Caio e Cremêncio em
Saragoça. († s. IV)
- São Turíbio,
bispo em Astorga, no reino dos Suevos, também na Hispânia. († s. V)
- São Frutuoso,
bispo em Braga, na Galécia, hoje em Portugal. († c. 665)
- São Magno,
mártir na Escócia.(† 1116)
- São Drogão, em
Sebourg, no Hainaut, atualmente na França. († c. 1186)
- São Contardo,
peregrino em Broni, perto de Pavia, na Lombardia, região da
Itália. († 1249)
- o Beato Joaquim,
religioso da Ordem dos Servos de Maria, em Sena, na Etrúria.(† 1305)
- São Bento
José Labre, dedicado à extrema pobreza e à
penitência em Roma. († 1783)
- Os beatos mártires Pedro Delépine, João Menard e
vinte e quatro companheiras em
Avrillé, junto de Angers, na França.(† 1794)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Livro “Um santo para cada dia” –
Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Santos de cada dia” – José
Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Livro “Relação dos Santos e Beatos
da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
- Arquidiocese de São Paulo
– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini –
Comunidade Canção Nova
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