A missa do Crisma renova as promessas sacerdotais, por isso o Papa se dirigiu diretamente aos sacerdotes em sua homilia, advertindo para três "espaços de idolatria" que minam sua aliança com o rebanho e com o Senhor: mundanismo, pragmatismo e funcionalismo.
Bianca Fraccalvieri – Vatican News
O
Papa Francisco deu início aos ritos do Tríduo Pascal celebrando a missa do
Crisma, na Basílica de São Pedro, com a bênção dos santos óleos e a renovação
das promessas sacerdotais.
De fato, disse o Papa na
homilia comentando as leituras, “ser sacerdote é uma graça”, “uma graça muito
grande”, que todavia não se destina ao próprio sacerdote, mas aos fiéis. E é do
Senhor que receberá a recompensa, isto é, o seu Amor e o perdão incondicional
dos pecados.
“Não há recompensa maior do
que a amizade com Jesus. Não há paz maior do que o seu perdão. Não há preço
mais elevado do que o seu precioso Sangue: não permitamos que seja aviltado com
uma conduta indigna.”
Em outras palavras, se trata para aos sacerdotes de um convite à
fidelidade, de manter sempre fixos os olhos em Jesus. No fim do dia, aconselhou
o Papa, é bom olhar para o Senhor e deixar que Ele contemple o próprio coração
não para contabilizar os pecados, mas numa atitude de contemplação e
agradecimento. E não só, mas também identificar a rejeitar as tentações:
“Deixar que o Senhor veja os nossos ídolos escondidos, torna-nos fortes face a
eles e tira-lhes o poder.”
De fato, disse o Papa na
homilia comentando as leituras, “ser sacerdote é uma graça”, “uma graça muito
grande”, que todavia não se destina ao próprio sacerdote, mas aos fiéis. E é do
Senhor que receberá a recompensa, isto é, o seu Amor e o perdão incondicional
dos pecados.
“Não há recompensa maior do
que a amizade com Jesus. Não há paz maior do que o seu perdão. Não há preço
mais elevado do que o seu precioso Sangue: não permitamos que seja aviltado com
uma conduta indigna.”
Em outras palavras, se trata para aos sacerdotes de um convite à
fidelidade, de manter sempre fixos os olhos em Jesus. No fim do dia, aconselhou
o Papa, é bom olhar para o Senhor e deixar que Ele contemple o próprio coração
não para contabilizar os pecados, mas numa atitude de contemplação e
agradecimento. E não só, mas também identificar a rejeitar as tentações:
“Deixar que o Senhor veja os nossos ídolos escondidos, torna-nos fortes face a
eles e tira-lhes o poder.”
Os riscos
da mundanidade, do pragmatismo e do funcionalismo
Francisco identificou três espaços de idolatria nos quais o
Maligno se serve para enfraquecer a vocação sacerdotal.
O primeiro deles é a mundanidade espiritual, que
é uma proposta de vida, uma cultura do efémero, da aparência, da maquilhagem. O
seu critério é o triunfalismo sem Cruz. É a mundanidade de andar à procura da
própria glória, que rouba a presença de Jesus humilde e humilhado. Um sacerdote
mundano, disse o Papa, “não passa de um pagão clericalizado”.
Outro espaço de idolatria é a primazia ao pragmatismo dos
números. Quem possui este ídolo se reconhece pelo seu amor às estatísticas. Mas
as pessoas não se podem reduzir a números, advertiu o Pontífice. Substituir o
Espírito Santo é aquilo que visa o ídolo dos números, que faz com que tudo
«apareça», mas de modo abstrato e contabilizado.
O terceiro espaço de idolatria é o funcionalismo: “A
mentalidade funcionalista não tolera o mistério, aposta na eficácia. Pouco a
pouco, este ídolo vai substituindo em nós a presença do Pai”. O funcionalista
não sabe alegrar-se com as graças do Espírito e se compraz com a eficácia dos
programas.
Jesus é o caminho
Nestes dois últimos espaços de idolatria, a esperança em Deus é
substituída pela constatação empírica, uma atitude que desintegra a união do
rebanho, prejudica a fidelidade da aliança sacerdotal e resfria a relação
pessoal com o Senhor.
Contra todas estas idolatrias, Jesus é o antídoto:
“Queridos irmãos, Jesus é o único caminho para não nos
enganarmos no conhecimento do que sentimos e para onde nos leva o nosso
coração; é o único caminho para um bom discernimento.”
Francisco concluiu pedindo a intercessão de São José, para que
liberte de toda a avidez de possuir, pois esta é o terreno fecundo onde crescem
estes ídolos. Que São José conceda discernimento para subordinar à caridade o
que se aprende com a lei.
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