Mensagem do Papa
Também foi apresentada a mensagem do Papa Francisco por ocasião da abertura oficial da Campanha da Fraternidade. Sobre o tema da CF deste ano, o Papa Francisco destacou ser importante refletir sobre a relação entre “Fraternidade e Educação”, “fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a ‘cultura do descarte’ – que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade – e despertando-o para a importância do cuidado da criação”.
A CF 2022, para o Papa, é oportunidade para “reconhecer e valorizar a importante missão da Igreja no âmbito educativo”. E neste contexto da abordagem da educação, o pontífice apresentou dois desejos para a vivência da Campanha da Fraternidade no Brasil.
Confira a mensagem na íntegra (aqui).
Coletiva de Imprensa
A Assessoria de Comunicação da CNBB organizou uma coletiva de imprensa, com representantes da direção da entidade, por meio da plataforma Zoom.
Atenderam à imprensa o secretário geral da CNBB e bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Joel Portella; o secretário-executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, e o membro da Pastoral da Educação e da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da CNBB, padre Júlio César Rezende.
Dom Joel saudou os presentes e os acolheu em nome da presidência da entidade.
O representante do jornal O Globo, André de Souza, perguntou da posição da CNBB com relação a questão da vacinação nas escolas. Dom Joel disse que para a CNBB tem sido muito claro não vincular vacinação apenas à necessidade de ir à escola.
“A vacinação é um dever e um direito e precisa ser feita. Nesse sentido, o ir à escola é um aspecto, mas a realidade é muito maior, pois estamos num desafio de salvar vidas”.
A enviada da TV Evangelizar, Fabiana Wantuch, questionou sobre ações para que a CF seja realizada, e se haveria algum gesto concreto. Padre Patriky Samuel Batista, secretário-executivo de Campanhas, salientou o objetivo geral da Campanha e disse que as comunidades já têm uma vivência nessa caminhada. Citou os encontros nas comunidades e a via sacra.
“Cada paróquia e cada diocese já tem iniciativas criativas. O grande segredo é não perder a oportunidade de vivê-la, pensando na comunidade de fé com contextos educativos”.
A representante da TV Globo, Luísa Doyle, quis saber qual era a posição da CNBB com relação a guerra na Ucrânia e a posição da CNBB sobre o posicionamento do governo Bolsonaro nesse contexto. Dom Joel agradeceu a pergunta e disse que “seria insensível tocar em fraternidade e não tocar na dor, no sofrimento dos irmãos da Ucrânia”. Disse também que não era uma questão da CNBB, de uma pessoa ou de outra, mas de toda a Igreja.
Utilizando-se das palavras do Papa sobre a guerra na Ucrânia, dom Joel salientou, ainda, que não podemos usar outra linguagem que não seja a da paz, da fraternidade. “Estamos precisando nos educar para a paz, para a fraternidade”, salientou.
Com relação a posição do governo brasileiro, dom Joel disse que se tratava da posição de todas as instâncias que não se posicionam claramente contra a guerra, não se posicionam a favor da paz.
Há uma responsabilidade que é humana e que é independente de crença (…). Não basta cruzar os braços. Se há uma guerra, uma violência, é preciso manifestar indignação e se trabalhar pela paz.
Thaís Cândido, da Rádio FM Padre Cícero, questionou sobre como os meios de comunicação poderiam ajudar na vivência e divulgação da CF. E a Andrea Bonatelli, da Rede Vida, sobre como pode-se trabalhar o tema da CF para além da Quaresma.
Padre Patriky disse que era preciso educar para a realidade. “Os meios de comunicação podem oferecer muita contribuição nesse sentido. A campanha é uma plataforma de diálogo com a sociedade muito importante”, disse.
Padre Júlio César Rezende, assessor do Setor Educação da CNBB, salientou que quando os meios de comunicação colaboram e apresentam novas sugestões para a Campanha, eles já contribuem na função de educar para o humanismo solidário. “Os meios têm um papel importante para cooperar nessa função”, considerou.
Outro assunto abordado foram os reflexos negativos que a pandemia trouxe principalmente na questão do processo de ensino. Os jornalistas queriam saber como a Igreja pode ajudar para diminuir esses impactos.
O representante da Pastoral da Educação argumentou que realmente a pandemia trouxe vários desafios e escancarou ainda mais as desigualdades em nosso país. O coordenador de Campanhas da CNBB ponderou, ainda, a importância de sermos chamados a intensificar ainda mais a participação nos conselhos de educação de estados e municípios.
“Vejo que como resposta devemos ser solidários e fraternos. Nossa ação como comunidade de fé, nosso empenho comunitário e o acompanhamento de políticas públicas devem tentar reverter essa situação”.
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