Todos
os anos a CNBB realiza uma visita ao Papa Francisco para tratar do trabalho da
Igreja no Brasil. Na manhã desta quinta-feira, o Santo Padre encontrou-se com
os dois vice-presidentes da entidade: Dom Jaime Spengler e Dom Mário Antônio da
Silva.
Vatican News
Após o encontro no Vaticano com o Papa Francisco na
manhã desta quinta-feira, 13, os dois vice-presidentes da CNBB - o arcebispo de
Porto Alegre Dom Jaime Spengler e o bispo de Roraima, Dom Mário Antonio Silva -
visitaram a Rádio Vaticano. O secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella
Amado, não participou do encontro por ter contraído a Covid-19. Já o
presidente da entidade, Dom Walmor de Oliveira, não viajou devido à situação
provocada pelas enchentes na Bahia e em Minas Gerais.
Um momento ímpar para ouvir, falar e agradecer. Dom
Jaime e Dom Mário compartilharam com Silvonei José temas tratados com Francisco
no encontro definido como “simples” e “fraterno”, em que o Papa sempre os
impulsionou e encorajou a avançar, a seguir em frente, também fazendo entender
“a necessidade de ternura e proximidade”, um carinho que, “como Igreja, devemos
passar isso a todas as pessoas”. Nas palavras de Dom Jaime, o Papa está muito
consciente “daquilo que vivemos e fazemos no Brasil”.
Na pauta do encontro, entre outros, um panorama do
que foi tratado na 58ª Assembleia Geral e como será a próxima, com a aprovação
do documento sobre a Palavra de Deus na vida das comunidades e a votação sobre
a tradução do Missal que virá.
Também os desafios do Colégio Pio Brasileiro, em Roma,
com o esforço para incrementar do número de estudantes, os 15 anos da
Assembleia de Aparecida, cujas comemorações terão início em maio, momento em
que o Papa observou que “ainda precisamos avançar a respeito do que o documento
indicou”.
“O Papa Francisco é um homem que tem esperança”,
disse Dom Mário. “E na medida em que confia nas pessoas, confia na Igreja, ele
abre caminhos pela sua criatividade. Ora pela palavra e ora pelo gesto, pelo
silêncio”.
Ao Papa, foi dirigido o convite para visitar a
Amazônia e também a região das Missões, no Rio Grande do Sul, onde estão as
reduções jesuítico-guaranis. “No coração, no seu olhar, no seu rosto, na sua
maneira de dizer”, é perceptível “a vontade de estar com nosso povo, e com as
nossas comunidades”, recorda o bispo de Roraima.
O momento político, econômico e social do país
também recebeu atenção no encontro. Neste ponto, Francisco “aponta para aquilo
que a Fratelli tutti propõe para as nossas
comunidades”, explicou Dom Jaime. Um momento desafiador, “que exigirá de nós
prudência, discernimento, oração, capacidade de diálogo". Um momento
desafiador”, que pode ser resumido na palavra “construir pontes”.
O
Papa não deixou e pedir aos dois bispos brasileiros para rezarem por ele, ao
mesmo tempo em que - afirma Dom Mário - “sabemos que ele reza muito pela nossa
Igreja no Brasil, na Amazônia, e é um homem que fala ao coração. Se nós pudéssemos
pedir ao espírito Santo uma graça hoje, é que tenhamos esta capacidade de falar
ao coração das pessoas neste ano de 2022".
Fonte: Vatican News
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