O arcebispo de Belo
Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, cumprimentou o Papa Francisco, nesta
sexta-feira, 21 de janeiro. No Vaticano para a Plenária da Congregação para a
Doutrina da Fé, da qual é membro, dom Walmor teve um rápido encontro com o
pontífice e, para ele, foi momento de renovar a comunhão. A estadia, com
agendas no Colégio Pio Brasileiro e em organismos da Cúria Romana, foi também
ocasião de crescimento.
Dom Walmor partilhou
sobre o encontro de hoje com o Papa Francisco e sobre as atividades realizadas
nos últimos dias em entrevista
à Rádio Vaticano.
Na última
semana, o presidente da CNBB não pôde participar da audiência privada com o
Papa Francisco da qual os dois vice-presidentes da CNBB participaram. Dom
Walmor estava envolvido nas ações solidárias da arquidiocese de Belo Horizonte
junto às vítimas das consequências das chuvas na região metropolitana da
capital mineira.
Encontro com o Papa
O encontro com
Francisco deu-se por ocasião da Assembleia Plenária da Congregação para a
Doutrina da Fé, na Sala Clementina. O Papa renovou aos presentes a gratidão
pelo “precioso serviço à Igreja universal, na promoção e tutela da integridade
da doutrina católica, sua fé e moral”. Francisco partilhou algumas reflexões a
partir de três palavras: “dignidade, discernimento e fé”.
Ao final do
encontro, dom Walmor pôde falar com o Papa Francisco, junto com outros membros
e com os servidores da Congregação. Ele o saudou e disse uma palavra, e também
teve a oportunidade de ouvir uma palavra dele.
“O
encontro com o Papa Francisco é sempre muito significativo, tenha ele uma
duração maior ou menor. É muito significativo pela importância de sua presença,
a singularidade da sua referência como pessoa e como papa e, sobretudo, na
importância de a gente, em se encontrando, em se vendo, renovar aquela
importante comunhão que a gente precisa ter e que é fundamental no caminho,
inclusive proposto na Igreja no caminho sinodal”, disse dom Walmor.
O presidente da
CNBB disse ainda que participou da plenária “procurando com muita simplicidade
contribuir, analisando as questões postas, os temas tratados e os
encaminhamentos que são importantes serem feitos nesse serviço e que a
Congregação para a Doutrina da Fé presta à Igreja, sobretudo do zelo à doutrina
e da sua promoção”.
Oportunidades de
encontros e crescimento
“Vir a Roma é sempre uma
oportunidade de encontros, de intercâmbios, de encaminhamentos pelos serviços
que são prestados a toda a nossa Igreja no mundo, no Brasil, a partir dos
Dicastérios que servem ao pontificado do Papa Francisco”, partilhou dom Walmor.
Com agendas
ligadas à atuação da CNBB e também da Congregação para a Doutrina da Fé, da
qual é membro há três quinquênios, dom Walmor destacou a oportunidade de
crescimento.
“Vir
prestar serviços, receber serviços, dialogar e compartilhar experiências
buscando o entendimento mais claro a respeito dos rumos para a Igreja no Brasil
é também uma oportunidade muito singular de crescimento em nível espiritual,
humano, e, sobretudo, desse sentido importante de pertença que devemos ter como
Igreja que somos”.
Experiência de sinodalidade na Presidência da CNBB
Ao comentar sua
ausência no encontro dos vice-presidentes com o Papa, na última semana, dom
Walmor recordou as palavras “de alento, de oração e comunhão” pronunciadas por
Francisco após o Angelus do último domingo.
Dom Walmor
destacou também que estava em sintonia com tudo aquilo que os vice-presidentes
abordaram, sobretudo pela identidade “colegiada” da Presidência da Conferência
Episcopal.
“Não apenas
ocupamos postos e nem estamos à margem dos processos, nós fazemos de fato muito
colegiadamente os quatro membros da presidência da CNBB. Na verdade, é uma
grande e bela experiência sinodal de serviço à Conferência Nacional. Não se
trata, portanto, de vice-presidentes que são figuras decorativas, mas que atuam
muito fortemente, assim como o secretário-geral. Portanto, num trabalho sinodal
muito bonito e muito significativo, o que muda dinâmicas e perspectivas no
serviço que a CNBB presta num contexto mais amplo de todo o Brasil através dos
seus 19 Conselhos Episcopais Regionais”.
Colégio Pio Brasileiro
Dom Walmor
também destacou durante a entrevista que pôde tratar nos últimos dias de
assuntos que são “importantes para a Igreja no Brasil”. Um deles é o
acompanhamento da missão do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, que é “a casa da
Igreja no Brasil aqui em Roma”.
No local, que
acolhe padres do Brasil que vão estudar em Roma, a Presidência pôde vivenciar
momentos celebrativos, partilhas e convivência fraterna. Segundo a direção do
colégio, dom Walmor Oliveira, dom Jaime Spengler e dom Mário Antônio
“incentivaram bastante a caminhada vocacional de cada padre que, encontra-se em
Roma para estudar”.
Fonte:
CNBB
Foto:
Vatican Media
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