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DE NOVEMBRO DE 2021
2ª.
FEIRA DA 1ª. SEMANA DO
ADVENTO
Cor roxo
1ª Leitura - Is 4,2-6
Leitura do Livro do Profeta Isaías 4,2-6
2Naquele
dia, o povo do Senhor terá esplendor e glória, e o fruto da terra será de
grande alegria para os sobreviventes de Israel.
3Então, os que forem deixados em Sião, os sobreviventes de Jerusalém, serão
chamados santos, a saber, todos os destinados à vida em Jerusalém. 4Quando o
Senhor tiver lavado as imundícies das filhas de Sião, e limpado as manchas de
sangue dentro de Jerusalém, com espírito de justiça e de purificação, 5ele
criará em todo lugar do monte Sião e em suas assembleias uma nuvem durante o
dia, e fumaça e clarão de chamas durante a noite:
e será proteção para toda a sua glória, 6uma tenda para dar sombra contra o
calor do dia, abrigo e refúgio contra a ventania e a chuva. Palavra do
Senhor.
Reflexão
– “tempo de exílio e tempo de glória”
O profeta Isaías anima o povo que estava sofrendo no
exílio da Babilônia pela ausência da sua terra e do templo. Em Jerusalém havia
ficado somente um resto. Foi um tempo de purificação para aqueles que haviam
transgredido as ordens de Deus e viviam sem importar-se com os Seus
ensinamentos. A esperança de um tempo de gloria e de esplendor que o
profeta lhes prognosticava era um alento
para que suportassem o exílio a que estavam submissos. Assim, acontece conosco,
também! Há momentos na nossa vida em que nós nos percebemos exilados,
separados, rejeitados e, invariavelmente, isto tudo acontece quando também
caímos nas garras do inimigo que nos acena com a prosperidade, com o poder, com
as delícias da carne e, de repente, tudo passa e parece até uma miragem.
Acabaram-se aqueles momentos de euforia e nos vemos sufocados pelas
consequências das nossas ações. Isto nos acontece de todas as formas possíveis.
Cada um de nós sabe, precisamente, quando esse exílio aconteceu ou está
acontecendo. Por
isso, é preciso que tenhamos um coração aberto e acessível a toda obra que o
Senhor deseja fazer em nós. Ele também, por justiça, quer lavar a “imundície” e
limpar as “manchas de sangue” que o pecado deixou marcado em nós. O futuro
tornar-se-á presente, hoje mesmo, se nos deixarmos entregues ao Senhor para que
Ele realize em nós essa varredura nos deixando livres de tudo o que nos impede
de sentir o amor que o Pai tem por cada um de nós. Aí, então, o
Senhor nos dará “uma tenda para dar sombra contra o calor do dia,
abrigo e refúgio contra a ventania e a chuva.” Esta é, portanto, a promessa do Senhor para todos nós
seus filhos e filhas! Ele nos mostrará um caminho de volta e providenciará para
nós um tempo de esplendor e de glória quando daremos frutos de alegria. E isso
tudo poderá acontecer desde já, no tempo presente da nossa vida e, no futuro,
na glória do céu! Com certeza, muitos de nós já estamos vivenciando tudo isto,
aqui na terra. Animemo-nos, pois, mutuamente, para vivermos conformes aos
desígnios de Deus para nós! - Alguma vez na vida você já se sentiu
“exilado (a)? – Você aproveitou esse tempo para deixar-se purificar pelo
Senhor? – Você acha algum significado no sofrimento? – Você tem esperança de um
futuro melhor, segundo as promessas de Deus? – Pense sobre isso!
Salmo - Sl 121 (122), 1-2.
3-4a. (4b-5. 6-7) 8-9 (R. 1)
R.
Que alegria, quando me disseram: 'Vamos à casa Senhor!
1Que alegria, quando ouvi que me disseram:*
'Vamos à casa do Senhor!'
2E agora nossos pés já se detêm,*
Jerusalém, em tuas portas.R.
3Jerusalém,cidade bem edificada *
num conjunto harmonioso;
4apara lá sobem as tribos de Israel,*
as tribos do Senhor.R.
4bPara louvar, segundo a lei de Israel,*
o nome do Senhor.
5A sede da justiça lá está *
e o trono de Davi.R.
6Rogai que viva em paz Jerusalém,*
e em segurança os que te amam!
7Que a paz habite dentro de teus muros,*
tranqüilidade em teus palácios!R.
8Por amor a meus irmãos e meus amigos,*
peço: 'A paz esteja em ti!'
9Pelo amor que tenho à casa do Senhor,*
eu te desejo todo bem!R.
Reflexão - A Jerusalém
celeste é a pátria celeste que esperamos
e para lá caminhamos. Jerusalém é a morada de Deus com os homens e enquanto
aqui estamos ela está edificada dentro do nosso coração. Portanto, ir à casa do
Senhor, significa, hoje, o ato de nos interiorizarmos para encontrar com Deus.
Isto nos faz alegres e esperançosos.
Evangelho - Mt 8,5-11
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus 8,5-11
Naquele
tempo: 5Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele,
suplicando: 6'Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo
terrivelmente com uma paralisia.' 7Jesus respondeu: 'Vou curá-lo.' 8O oficial
disse: 'Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só
palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e
tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um : 'Vai!', e ele vai; e a
outro: 'Vem!', e ele vem; e digo ao meu escravo: 'Faze isto!', e ele faz.'
10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: 'Em
verdade, vos digo:
nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé.
11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no
Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó. Palavra da Salvação
Reflexão
– “a fé do oficial romano”
Ele não era um seguidor de Jesus, ele não era um discípulo de Jesus e nem tampouco um judeu. Era um oficial romano, de outra nacionalidade, tinha outros costumes, era acostumado a dar ordens e ser obedecido. No entanto, as suas palavras dirigidas a Jesus nos levam a refletir na nossa postura e pretensão diante de Deus quando queremos, porque queremos ser atendidos nas nossas reivindicações: 'Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. Apesar da nossa “falsa humildade” quando vamos suplicar de Deus algum favor, nós, pretensiosamente, desejamos regalias: oração só para nós, estar mais perto de Jesus do que os outros, ser distinguido com uma oração particular feita por alguém que tenha muitos dons e já seja reconhecido; etc. O reconhecimento da nossa incapacidade, da nossa limitação e a confiança no poder de Jesus nos tira da paralisia que o sofrimento nos impõe, pela doença, pela morte, ou por qualquer outro motivo. Aquele homem simplesmente confiou na Palavra de Jesus, nas promessas contidas no prontuário da Sua Missão: curar os doentes, libertar os oprimidos, consolar os que sofrem, anunciar a libertação dos cativos, etc.... E nós, o que desejamos? Será que nos esquecemos da Palavra de Deus a qual meditamos todos os dias? Tantas vezes o Senhor nos fala: não tenham medo, entreguem a mim os seus fardos, que queres que eu te faça? Que possamos aprender com aquele oficial romano e exercitar a nossa humildade diante de Jesus. Aqui mesmo onde estamos, na nossa casa, na Igreja, no meio do trabalho e até no meio do lazer, podemos olhar para dentro de nós para encontrar Aquele que nos pode dar cura, que pode providenciar o que estamos necessitando, pedir pelos nossos mais queridos, reivindicar o emprego, a sobrevivência sem necessitar fazer alardes para que todos saibam do nosso prestigio diante de Deus. Nós também não somos dignos, mas o Senhor entra na nossa morada quando comungamos o Seu Corpo e refletimos com a Sua Palavra! Peçamos a Ele, então, tudo de que necessitamos, agora.
– Em sua opinião, o Senhor só o (a) atenderá se alguém muito “santo” rezar em você?
– Você confia em que Jesus está muito pertinho de si e escuta o seu clamor?
– O que você tem pedido ao Senhor, tem tido paciência para que Ele o (a) atenda?
– Você também tem corrido atrás dos padres e pastores renomados para encontrar a Deus?
– Você tem recebido Jesus na Eucaristia?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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