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DE OUTUBRO E 2021
1ª. Leitura –
Gen 2, 18-24
Leitura do Livro do Gênesis 2,18-24
18O Senhor Deus disse: 'Não é bom que o homem esteja
só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele'. 19Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais
selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria;
todo o ser vivo teria o nome que Adão lhe desse. 20E Adão deu nome a todos os animais domésticos, a
todas as aves do céu e a todos os animais selvagens; mas Adão não encontrou uma
auxiliar semelhante a ele. 21Então o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre
Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com
carne. 22Depois, da costela tirada de Adão, o
Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. 23E Adão exclamou: 'Desta vez, sim, é osso dos meus
ossos e carne da minha carne! Ela será chamada 'mulher' porque foi tirada do
homem'. 24Por isso, o homem deixará seu pai e sua
mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne. Palavra do Senhor.
Reflexão
– “O ser humano não foi feito para a solidão”
Quando
Deus criou o homem, criou também a mulher, e depois a modelou para que ela, com
as suas aptidões próprias, se tornasse para ele ajuda e conforto, como amiga,
companheira e confidente. A mulher sempre será um grande mistério para o homem,
apesar de ser parte dele! Por isso, todo homem, assim como Adão, a contempla e
admira, pois nela encontra parte do seu ser. ‘desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne’”! Do Papa João
Paulo II: “a exigência
fundamental sobre a qual se apoia a união esponsal de um homem e de uma mulher,
e com ela a vida da família que dela brota é uma exigência de comunhão. O ser
humano não é feito para a solidão, traz em si uma vocação ao relacionamento,
radicada na sua própria natureza espiritual. Em força de tal vocação, ele
cresce na medida em que entra em relação com os outros, encontrando-se
plenamente “no dom sincero de si” (Gaudium et spes, 24). Ao ser humano não
bastam relacionamentos puramente funcionais. Ele tem necessidade de
relacionamentos interpessoais ricos de interioridade, de gratuidade, de
oblatividade. Entre estes relacionamentos, fundamental é aquele que se realiza
na família: nos relacionamentos entre os cônjuges, como entre estes e os
filhos. Toda a grande rede de relações humanas nasce e continuamente se
regenera a partir daquele relacionamento com o qual um homem e uma mulher se
reconhecem feitos um para o outro, e decidem fundir a própria existência em um
único projeto de vida: “Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua
mulher e os dois serão uma só carne” (Gn 2,24). O termo bíblico “carne” não
evoca apenas o aspecto físico do homem, mas a sua identidade global de espírito
e de corpo. O que os cônjuges realizam não é apenas um encontro corpóreo, mas
uma verdadeira unidade das suas pessoas. Uma unidade tão profunda que os torna
de certa forma na história um reflexo do “Nós” das Três Pessoas divinas (cf.
Carta às famílias, 8). - Reflita sobre as palavras de São João Paulo II e
acolha esta mensagem para a sua vida em família.
Salmo 127,1-2.3.4-5.6 (R. cf. 5)
R.O Senhor te
abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
1Feliz és tu se temes o Senhor*
e trilhas seus caminhos!
2Do trabalho de tuas mãos hás
de viver,*
serás feliz, tudo irá bem!R.
3A tua esposa é uma videira bem fecunda*
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira*
ao redor de tua mesa.R.
4Será assim abençoado todo homem*
que teme o Senhor.
5O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida,*
para que vejas prosperar Jerusalém,R.
6E os filhos dos teus filhos.
 Senhor, que venha a paz a Israel,*
que venha a paz ao vosso povo!R.
Reflexão - Este é o salmo que
canta a bênção fecunda que o Senhor derrama sobre o homem e a mulher que
constituem uma família sujeitos ao Amor de Deus. Felicidade, fecundidade, prosperidade,
são as promessas do Senhor para aqueles (as) que O temem e que trilham os Seus
caminhos!
2ª. Leitura –
Hb 2, 9-11
Leitura da Carta aos Hebreus 2,9-11
Irmãos: 9Jesus, a quem Deus fez pouco menor do que os anjos,
nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a
morte.
Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte.
10Convinha de fato que aquele,
por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos
filhos à glória,
levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio
de sofrimentos. 11Pois
tanto Jesus, o Santificador, quanto os santificados, são descendentes do mesmo
ancestral; por esta razão, ele não se envergonha de os chamar irmãos.
Palavra do
Senhor.
Reflexão - “sofrer por amor.”
Ao deixar-se
morrer por amor para dar a vida ao próximo, Jesus Cristo veio abrir o caminho
para que pudéssemos ter Nele o exemplo de entrega à vontade do Pai. Quando a leitura nos fala que Jesus foi feito
“menor do que os anjos” significa que Jesus foi feito homem e os anjos são
seres espirituais. Mesmo sendo Deus
feito homem, pela Sua entrega, pelo Seu sofrimento e morte, depois de
ressuscitado Ele foi coroado de glória e honra. Por isso, precisamos tê-Lo como
modelo. Seguindo o exemplo de Jesus todos nós somos capazes de atravessar as
dificuldades e assumir a nossa missão, no entanto, na maioria das vezes,
desejamos fugir do sofrimento porque não entendemos o sentido de sofrer por
amor. Quem sofre por amor a Deus em razão do amor ao próximo, alcança também
honra e glória. O homem e a mulher que colocam os obstáculos, os seus
sofrimentos como participação da Cruz de Jesus, recebem a visita de Deus e nos
seus corações há serenidade e confiança, apesar de toda turbulência. – Você já
entendeu o sentido do sofrimento? – Você tem medo de sofrer por amor? – Você já
experimentou colocar o seu sofrimento como participação no sofrimento de
Cristo?
Evangelho – Mc
10, 2-16
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos 10,2-16
Naquele tempo: 2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher. 3Jesus perguntou: 'O que Moisés vos ordenou?' 4Os fariseus responderam: 'Moisés
permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la'. 5Jesus então disse:
'Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos
escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só
carne. 8Assim, já não
são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!' 10Em casa, os discípulos fizeram,
novamente,
perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu:
'Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá
adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá
adultério'. 13Depois
disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as
repreendiam. 14Vendo
isso, Jesus se aborreceu e disse: 'Deixai vir a mim as crianças. Não as
proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15Em verdade vos digo: quem não
receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele'. 16Ele abraçava as crianças e as
abençoava, impondo-lhes as mãos.
Palavra da Salvação.
Reflexão – “um
só coração e a uma só alma;”
Do Catecismo §1643 - “O amor conjugal comporta uma totalidade na
qual entram todos os componentes da pessoa apelo do corpo e do instinto, força
do sentimento e da afetividade, aspiração do espírito e da vontade; O amor
conjugal dirige-se a uma unidade profundamente pessoal, aquela que, para além
da união numa só carne, não conduz senão a um só coração e a uma só alma; ele
exige a indissolubilidade e a fidelidade da doação recíproca definitiva e
abre-se à fecundidade. Numa palavra, trata-se das características normais de
todo amor conjugal natural, mas com um significado novo que não só as purifica
e as consolida, mas eleva-as, a ponto de torná-las a expressão dos valores
propriamente cristãos."
Neste Evangelho Jesus esclarece as dúvidas dos
apóstolos sobre realidades que fazem parte da vida do ser humano: a união entre
o homem e a mulher quando é abençoada por Deus é para toda a vida; a aliança que é firmada entre os dois, para
não se partir, exige fidelidade e compromisso. Por
isso, o ser pequenino que é acolhido como fruto dessa união deve ser o nosso
referencial para que possamos viver o amor e a paz original para a qual o homem
foi criado. A criança é modelo para nós não por sua imaturidade e
infantilidade, mas pela sua dependência, sua pureza, sua transparência e
confiança nos pais que a colocaram no mundo.
– Qual a concepção que você tem em relação a
união matrimonial ser para toda a vida?
- Você é uma pessoa fiel ao que Jesus ensina
neste Evangelho?
– Você aceitaria os
filhos que Deus mandasse, sejam quantos fossem, com amor?
– Em sua opinião o que está faltando para
que a família seja mais unida no amor?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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