Está em andamento, em Milão, o Fórum das Mulheres no âmbito do G20 realizado na Itália. A finalidade é identificar prioridades e diretrizes para uma retomada econômica e social pós-Covid, que seja inclusiva e tendo como centro as mulheres. Às participantes, o Papa Francisco dirigiu uma mensagem através do secretário de Estado, card. Pietro Parolin, reiterando a importância do tema em debate.
Vatican News
"O nosso mundo precisa da parceria das
mulheres, de sua liderança e de suas capacidades, assim como de sua intuição e
dedicação.” Este é um trecho da mensagem do Papa Francisco endereçada a Chiara
Corazza, representante especial para o G7 e o G20 do Fórum das Mulheres.
Enviada através do secretário de Estado, card.
Pietro Parolin, o Pontífice afirma que hoje há necessidade de retomada depois
da dramática experiência da Covid-19, que abalou a humanidade e deixou
consequências desastrosas. E é necessário que desta retomada participem as
mulheres, ou melhor, sejam protagonistas, já que foram as que mais sentiram as
consequências da pandemia.
A contribuição das mulheres para um
mundo mais inclusivo
O secretário de Estado faz uma menção ao que
escreveu São João Paulo II em 1995: “A mulher participará sempre mais da
solução dos graves problemas do futuro [...] e obrigará a redesenhar os
sistemas de modo a favorecer os processos de humanização que marcam a
civilização do amor'". E Francisco insiste com frequência na
"contribuição insubstituível das mulheres para a construção de um mundo
que possa ser casa para todos", reconhecendo sua capacidade de promover
aquele sentido de "altruísmo", necessário “nos esforços para o
cuidado da nossa casa comum e na luta contra as lógicas desagregantes " do
lucro imediato.
Apostar na formação das meninas
A solidariedade e a reciprocidade entre mulheres e
homens é “vital para a sociedade”, afirma ainda o cardeal Parolin, “com suas
respectivas especificidades, todos são chamados a abraçar sua vocação comum a
ser construtores ativos da sociedade”. Isso requer uma mudança de paradigma da
vida social, “guiado por um renovado sentido de humanidade e pela profunda
dignidade que caracteriza toda pessoa humana”.
A
videomensagem se conclui com um forte encorajamento, dirigido também em nome do
Papa, a uma adequada formação das meninas e jovens em todos os países. Que cada
uma delas, afirma, “possa ter acesso a uma instrução de qualidade”, de modo que
possa desenvolver “o próprio potencial e os próprios talentos”, e fazer a sua parte
para o progresso “de sociedade coesas”.
Fonte: Vatican News
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