19
DE SETEMBRO DE 2021
DOMINGO DA XXV SEMANA
DO TEMPO COMUM
1ª. Leitura –
Sab 2, 12.17-20
Leitura do Livro da Sabedoria 2,12.17-20
Os ímpios dizem: 12Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos
incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir,
repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as
faltas contra a nossa disciplina. 17Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai
acontecer com ele. 18Se,
de fato, o justo é 'filho de Deus', Deus o defenderá e o livrará das mãos dos
seus inimigos. 19Vamos
pô-lo à prova com ofensas e torturas,
para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20vamos condená-lo à morte
vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro'.
Palavra do Senhor.
Reflexão
– “O homem justo está sempre sendo provado”
Todo homem que procura viver segundo a vontade de
Deus e se ajusta ao Seu plano de salvação seguindo os Seus conselhos e
ensinamentos, pode ser considerado justo. Por isso, o homem justo é considerado
um homem santo e na Palavra está escrito que “os santos julgarão o mundo”, isto
é, eles serão referenciais para o julgamento das pessoas que vivem de acordo
com a mentalidade mundana. O homem
ímpio, ao contrário, é aquele que se coloca no lugar de Deus e não dá atenção
aos Seus mandamentos, pois ele mesmo quer ser senhor da sua história. Vemos nesta leitura que os ímpios, ou melhor,
os que não têm o pensamento de Deus, sempre procurarão de todas as formas,
armar ciladas àqueles que se opõem ao modo de agir que o mundo ensina. O homem
justo está sempre sendo provado e purificado pelas circunstâncias da sua
escolha por Deus. Sua serenidade e paciência são postas à prova a todo o
momento da sua vida, porém, com ele está a proteção de Deus que o livra do Mal
maior que é o Inimigo, cultivador do pecado. Deste modo, não devemos nos
desviar da justiça por causa das implicações a que o mundo nos condena.
Tenhamos a certeza de que as provas e os testes estarão sempre presentes na
nossa caminhada em busca da santidade, mas que em todos eles há Alguém que virá
em nosso socorro. – Você confia no auxílio de Deus quando o mundo todo o (a)
questiona ou se rende aos apelos do mundo para não ser perseguido (a)? – Você
acha que vale a pena permanecer firme no seguimento da Palavra de Deus, mesmo
quando ninguém o (a) compreende?
Salmo -
53,3-4.5.6.8 (R. 6b)
R.É o Senhor quem sustenta minha vida!
3Por vosso nome, salvai-me, Senhor;*
e dai-me a vossa justiça!
4Ó meu Deus, atendei minha
prece*
e escutai as palavras que eu digo!R.
5Pois contra mim orgulhosos se insurgem,
e violentos perseguem-me a vida:*
não há lugar para Deus aos seus olhos.
6Quem me protege e me ampara é
meu Deus;*
é o Senhor quem sustenta minha vida!R.
8Quero ofertar-vos o meu sacrifício*
de coração e com muita alegria;
quero louvar, ó Senhor, vosso nome,*
quero cantar vosso nome que é bom!R.
Reflexão - A
certeza de que é o Senhor quem sustenta a nossa vida é o que nos dará forças
para continuar perseguindo a justiça. Nunca poderemos desistir de sermos fiéis
ao plano de santidade do Pai, porque confiamos no Seu auxilio. Ao invés de
desistirmos, devíamos sempre fazer como o salmista: clamar aos céus, através da
oração a capacidade de sermos justos e
continuarmos firmes a nossa peregrinação.
2ª. Leitura –
Tg 3, 16-4,3
Leitura da Carta de São Tiago 3,16-4,3
Caríssimos: 3,16Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e
toda espécie de obras más. 17Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes
de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e
de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. 18O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que
promovem a paz. 4,1De onde vêm as guerras? De onde vêm as
brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro
de vós? 2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e
cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não
conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. 3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois
só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres. Palavra do Senhor.
Reflexão
– “precisamos aprender a fazer pedidos coerentes com a
vontade de Deus”.
Todos nós somos chamados (as) a ser promotores da
paz. Em vista disso, São Tiago nos
garante que “o fruto da justiça é semeado
na paz”. Por isso, na nossa experiência de vida e diante dos acontecimentos
do mundo percebemos que tudo o que é disputado com sentimentos de inveja e de
rivalidade acaba levando à derrota. As contendas, as guerras, as brigas não nos
levam a nada, pelo contrário, nos conduzem sempre a um final infeliz. Se nós, homens e mulheres, compreendêssemos
isto, não perderíamos nosso tempo com litígios e a nossa história seria outra,
completamente diferente. A sabedoria de Deus é quem pode nos orientar na hora
das nossas pretensões, porque ilumina os nossos passos para o bom termo nas
nossas reivindicações. As nossas ações
de conciliação, de misericórdia, sem parcialidade e sem fingimento são sinais
de sabedoria. Se, queremos ser justos (as) e perseguir a santidade precisamos mudar
o nosso espírito de julgamento e de discórdia e abolir as paixões desordenadas
pelos interesses mesquinhos que cultivamos dentro de nós e nos tiram a paz. Na
maioria das vezes não somos atendidos nos nossos pedidos porque não sabemos
pedir o que nos convêm, mas o que nos dá prazer. Assim sendo, precisamos também
aprender a fazer pedidos coerentes com a vontade de Deus e não somente para
esbanjar nos nossos deleites! Antes de
tudo, devemos pedir ao Senhor que nos preencha com o Seu Espírito Santo e nos
dê sabedoria para fazer sempre a Sua vontade que consiste em que a paz esteja
sempre na dianteira das nossas ações. – O que você tem pedido ao Senhor nas
suas súplicas, será mesmo o que convêm para a sua vida? – O que você tem
cultivado no seu coração: a guerra ou a paz?
- Qual é a sua grande ambição?
Evangelho – Mc
9, 30-37
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos 9,30-37
Naquele tempo: 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia.
Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus
discípulos. E dizia-lhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos
homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará'. 32Os discípulos, porém, não
compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando
em casa, Jesus perguntou-lhes:
'O que discutíeis pelo caminho?' 34Eles, porém, ficaram calados,
pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e
lhes disse: 'Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e
aquele que serve a todos!'
36Em seguida, pegou uma
criança, colocou-a no meio deles,
e abraçando-a disse: 37'Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará
acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me
enviou'.
Palavra da Salvação.
Reflexão – “Jesus vem nos ensinar coisas preciosas”
Caminhando para Jerusalém Jesus tentava abrir os olhos dos Seus discípulos para as realidades que teriam de enfrentar e procurava ensiná-los a viver a vida com sabedoria e confiança nos planos do Pai. Eles, no entanto, porque não queriam admitir o sacrifício nem o sofrimento, tentavam fugir da verdade e se esquivavam desviando a conversa para outros pontos que despertassem neles maior interesse. Exortando-os Jesus lhes mostrava coisas bem claras que são completamente diferentes das que o homem natural pensa e deseja. Eles, porém, não queriam aprofundar-se no assunto da sua morte e ressurreição e não compreendiam quando Ele lhes falava de sofrimento e dor. Silenciavam diante das Suas revelações sem responder às Suas indagações, porque tinham medo do sofrimento achando que Jesus sempre estaria perto para protegê-los e não os deixaria passar por nenhuma aflição. Assim somos nós também! Não admitimos a dificuldade, a luta, o esforço, desejamos alcançar logo a vitória e a recompensa. Somos nós, hoje, os discípulos a quem Jesus vem ensinar coisas preciosas, como: “quem quiser ser o primeiro que seja o último”; “quem acolher em meu nome uma criança é a mim que estará acolhendo”. Gostamos de coisas grandiosas! As crianças para nós são muito inocentes e simples, queremos ser servidos, mas não gostamos de servir, mesmo assim desejamos ser grandes. O Senhor conhece o nosso pensamento e a verdade do nosso coração: queremos ser o primeiro em tudo, ser grandes, ter sucesso aqui na terra e, também, no céu. Queremos alcançar a felicidade sem esforço, sem renúncia e esquecemos de que para sermos grandes no céu, precisamos ser pequenos na terra.
- E agora, o que precisamos fazer?
- Como você poderá ser pequeno na terra e voltar a ser criança?
– Você admite que possa sofrer aqui na terra?
– Como você encara a realidade que não é muito boa?
–Para você qual é a grande mensagem deste evangelho?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novoooo Caminho
Nenhum comentário:
Postar um comentário