POR OCASIÃO DO DIA DA PÁTRIA, PRESIDENTE DA CNBB PEDE A BRASILEIROS QUE NÃO SE DEIXEM CONVENCER POR QUEM AGRIDE OS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO
O arcebispo de Belo
Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo divulgou nesta sexta-feira, 3 de
setembro, um vídeo por ocasião do próximo Dia da Pátria, 7 de setembro. De
acordo com o presidente da CNBB, a data deve inspirar em cada brasileiro o
reconhecimento de que todos são irmãos, inclusive daqueles com quem não se
concorda.
Essa verdade,
segundo do Walmor, precisa ser contemplada e ajudar no reconfiguramento da
interioridade de cada um frente a um contexto no qual o Brasil está sendo
contaminado pela raiva e pela intolerância. De acordo com o arcebispo de Belo
Horizonte, em nome de ideologias muitos dedicam-se à ofensas, chegando ao
absurdo de defender o armamento da população.
“Quem se
diz cristão ou cristã deve ser agente da Paz e a paz não se constrói com armas.
Somos todos irmãos. Esta verdade é sublinhada pelo Papa Francisco na carta
encíclica Fratelli Tutti”, disse.
Os ensinamentos
da Fratelli Tutti, aponta dom Walmor, devem também inspirar cuidados com os que
sofrem. “A fome é realidade de quase 20 milhões de brasileiros. Aquele pai que
não tem alimento a oferecer para o próprio filho é seu irmão. Nosso irmão. Do
mesmo modo, a criança e a mulher feridas pela miséria são suas irmãs, nossos
irmãos e irmãs”, afirmou no vídeo.
De acordo com o
presidente da CNBB, os católicos e cristãos não podem ficar indiferentes à
realidade que mistura desemprego e alta inflação, num contexto agravado pela
pandemia, situação que acentua as exclusões sociais. A saída, de acordo com o
arcebispo, está na urgência em implementar políticas públicas para a retomada
da economia e a inclusão dos mais pobres no mercado de trabalho. O presidente da CNBB
afirma que os olhares precisam voltar-se para os povos que estão mais sofrendo,
como os indígenas, povos originários.
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