"A
cruz plantada no solo, além de nos convidar a nos enraizarmos bem, ergue e
estende os seus braços a todos: exorta a manter firmes as raízes, mas sem
entrincheiramentos; a beber nas fontes, abrindo-nos aos sedentos do nosso
tempo", disse Francisco no Angelus desse domingo.
Mariangela Jaguraba - Vatican News
O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus
no final da missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional,
na Praça dos Heróis, em Budapeste, na Hungria.
Eucaristia significa «ação de graças» e, no final
desta Celebração que encerra o Congresso Eucarístico Internacional e a minha
visita a Budapeste, gostaria de dar graças com todo o coração. Obrigado à
grande família cristã húngara, que desejo abraçar nos seus ritos, na sua
história, nos irmãos e irmãs católicos e de outras Confissões, todos a caminho
rumo à plena unidade.
A seguir, Francisco saudou o Patriarca Ecumênico de
Constantinopla, Bartolomeu I, que ali estava presente, os bispos, sacerdotes,
consagrados e consagradas, e a todos os fiéis leigos. Agradeceu também aos que
trabalharam na realização do Congresso Eucarístico e na organização da visita,
às autoridades civis e religiosas que o acolheram, e disse obrigado em húngaro
ao povo da Hungria.
O hino do Congresso refere-se a vocês nestes
termos: «Durante mil anos, a cruz foi a coluna da sua salvação; também agora o
sinal de Cristo seja para vocês a promessa de um futuro melhor». É isso que eu
lhes desejo: que a cruz seja a sua ponte entre o passado e o futuro. O
sentimento religioso é a seiva vital desta nação, tão afeiçoada às suas raízes.
"A cruz plantada no solo, além de nos convidar
a nos enraizarmos bem, ergue e estende os seus braços a todos: exorta a manter
firmes as raízes, mas sem entrincheiramentos; a beber nas fontes, abrindo-nos
aos sedentos do nosso tempo. O meu desejo é que vocês sejam assim: alicerçados
e abertos, enraizados e respeitadores", acrescentou.
A «Cruz da Missão» é o símbolo deste Congresso: que
os leve a anunciar, com a vida, o Evangelho libertador da ternura sem limites
de Deus por cada um. Na atual carestia de amor, é o alimento que o homem
espera.
O Papa recordou a beatificação de duas testemunhas
do Evangelho, neste domingo, em Varsóvia, na Polônia: o cardeal Estêvão
Wyszyński e Isabel Czacka, fundadora das Irmãs Franciscanas Servas da Cruz.
Duas figuras que conheceram de perto a cruz: o
Primaz da Polônia, preso e segregado, manteve-se sempre um pastor corajoso
segundo o coração de Cristo, arauto da liberdade e da dignidade humana; a Irmã
Isabel, que perdeu a visão muito jovem, dedicou toda a sua vida a ajudar os
cegos. Que o exemplo dos novos Beatos nos estimule a transformar as trevas em
luz, com a força do amor.
Francisco
concluiu, pedindo à Virgem Maria que acompanhe e abençoe o povo húngaro. De
Budapeste, abençoou também todas as crianças, os jovens, os idosos, os
enfermos, os pobres e os marginalizados.
Fonte: Vatican News
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