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DE AGOSTO DE 2021
4a.
FEIRA DA DÉCIMA OITAVA SEMANA DO
TEMPO
COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Nm 13,1-2.25-14,1.26-29
Leitura do Livro dos Números
13,1-2.25-14,1.26-29
Naqueles dias: 1O Senhor falou a Moisés, no deserto de Faran,
dizendo: 2'Envia alguns homens para explorar a
terra de Canaã,
que vou dar aos filhos de Israel. Enviarás um homem de cada
tribo, e que todos sejam chefes'. 25Ao fim de quarenta dias,
eles voltaram do reconhecimento do país, 26e apresentaram-se a Moisés, a
Aarão e a toda a comunidade dos filhos de Israel, em Cades, no deserto de Fará.
E, falando a eles e a toda a comunidade, mostraram os frutos da terra, 27e fizeram a sua narração, dizendo:
'Entramos no país, ao qual nos enviastes,
que de fato é uma terra onde corre leite e mel, como se pode
reconhecer por estes frutos. 28Porém, os habitantes são fortíssimos, e as cidades grandes e
fortificadas. Vimos lá descendentes de Enac; 29os amalecitas vivem no deserto do Negueb; os hititas, jebuseus e
amorreus, nas montanhas;
mas os cananeus, na costa marítima e ao longo do Jordão'.
30Entretanto Caleb, para
acalmar o povo revoltado, que se levantava contra Moisés, disse: 'Subamos e
conquistemos a terra,
pois somos capazes de fazê-lo'. 31Mas os homens que tinham ido com ele disseram: 'Não podemos
enfrentar esse povo, porque é mais forte do que nós'.32E, diante dos filhos de Israel,
começaram a difamar a terra que haviam explorado,
dizendo: 'A terra que fomos explorar é uma terra que devora os
seus habitantes: o povo que aí vimos é de estatura extraordinária.
33Lá vimos gigantes, filhos de
Enac, da raça dos gigantes;
comparados com eles parecíamos gafanhotos'. 14,1Então, toda a comunidade começou
a gritar, e passou aquela noite chorando.
26O Senhor falou a Moisés e
Aarão, e disse: 27'Até
quando vai murmurar contra mim esta comunidade perversa? Eu ouvi as queixas dos
filhos de Israel. 28Dize-lhes,
pois: 'Por minha vida, diz o Senhor, juro que vos farei assim como vos ouvi
dizer! 29Neste deserto
ficarão estendidos os vossos cadáveres. Todos vós que fostes recenseados, da
idade de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim, 34Carregareis vossa culpa durante
quarenta anos, que correspondem aos quarenta dias em que explorastes a terra,
isto é, um ano para cada dia; e experimentareis a minha vingança'. 35Eu, o Senhor, assim como disse,
assim o farei com toda essa comunidade perversa,
que se insurgiu contra mim: nesta solidão será consumida e
morrerá'. Palavra do Senhor.
Reflexão – “Perseverança e não covardia é o que o Senhor
nos propõe.”
Mesmo
sabendo que Deus tem um plano perfeito para que nos apossemos da “terra
prometida” e que Ele está a nossa frente para nos ajudar nessa conquista a
nossa humanidade fraca se acovarda diante das primeiras dificuldades e ficamos
rodopiando na mesmice. Não enfrentamos com fé em Deus os desafios da nossa
caminhada e nos acovardamos querendo retroceder. Muitas vezes morremos “na
beira da praia” e não alcançamos os nossos propósitos porque nos apavoramos
diante dos obstáculos, por isso, nos sentimos fracassados. Foi também isto o
que aconteceu com o povo de Deus quando teve notícia de que lá na terra para
onde ele caminhava e onde corria leite e mel, os habitantes eram fortíssimos,
como gigantes e eles teriam que combatê-los para se apossarem da promessa do
Senhor. Os israelitas só viram as dificuldades e, motivados por alguns que
haviam explorado a terra, desanimaram e começaram a murmurar. As nossas
palavras têm poder! O Senhor pode tomá-las a sério e realizar aquilo que por
inconsequência nós estamos afirmando. Por isso, as lamúrias do povo irritaram o
Senhor, e Ele os deixou morrer na sua incompreensão, pisando no mesmo lugar
durante quarenta anos e nem todos viveram para pisar na terra da promessa,
embora já estivessem bem pertinho. Fazendo uma analogia com a nossa caminhada
nós percebemos a semelhança que existe entre nós e o povo de Israel. Almejamos
alcançar a terra da felicidade e o Senhor nos instrui e nos orienta, porém, Ele
não nos promete vida fácil e sem luta. Ele nos garante a vitória depois da
batalha e receber o troféu como prêmio da nossa perseverança, mas nós
entendemos que com Deus nós teremos as coisas como passe de mágica e nos
acovardamos quando antevemos que teremos que enfrentar os gigantes ao longo do
caminho. Precisamos, pois, confiar em Deus que nos garante a chegada na terra
definitiva. Não há felicidade sem busca nem vitória sem luta. Se Deus é por nós
quem será contra nós? Quanto mais difícil for o caminho, maior será a
conquista. Perseverança e não covardia é o que o Senhor nos propõe. Chegaremos
lá, pois Deus combate por nós! – Você
costuma morrer na “beira da praia” por medo de enfrentar os gigantes? – Você é
daqueles (as) que quer desistir porque é muito difícil? – Você gosta das coisas
“práticas” ou adere às sugestões do Espírito, embora sejam mais trabalhosas? –
Você acha que alcançará a terra prometida?
Salmo 105,6-7a. 13-14. 21-22. 23 (R. 4a)
R. Lembrai-vos
de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!
Ou: Aleluia,
Aleluia, Aleluia
6Pecamos como outrora nossos pais, *
praticamos a maldade e fomos ímpios;
7ano Egito nossos pais não se
importaram *
com os vossos admiráveis grandes feitos.R.
13Mas bem depressa esqueceram suas obras, *
não confiaram nos projetos do Senhor.
14No deserto deram largas à
cobiça, *
na solidão eles tentaram o Senhor.R.
21Esqueceram-se do Deus que os salvara, *
que fizera maravilhas no Egito;
22no país de Cam fez tantas
obras admiráveis, *
no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.R.
23Até pensava em acabar com sua raça, *
não se tivesse Moisés, o seu eleito,
interposto, intercedendo junto a ele, *
para impedir que sua ira os destruísse.R.
Reflexão - A caminhada do povo de Deus
pelo deserto é para nós um referencial para aprender as lições que nos ajudarão
a caminhar no deserto da nossa vida terrena. Por isso, precisamos confiar nos
projetos do Senhor não somente nas horas dos livramentos, mas também nos
momentos de dificuldades. Deus faz também hoje coisas assombrosas no meio de nós,
abre o mar para nós e nos guia de noite e de dia. O Seu amor nos conduz, a Sua
graça nos preenche e disso nunca podemos nos esquecer.
Evangelho
– Mt 15, 21-28
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus 15,21-28
Naquele tempo: 21Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia.
22Eis que uma mulher cananéia,
vindo daquela região, pôs-se a gritar: 'Senhor, filho de Davi, tem piedade de
mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!' 23Mas, Jesus não lhe respondeu
palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: 'Manda
embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós.' 24Jesus respondeu: 'Eu fui enviado
somente
às ovelhas perdidas da casa de Israel.' 25Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se
diante de Jesus, e começou a implorar: 'Senhor, socorre-me!' 26Jesus lhe disse: 'Não fica bem
tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos.' 27A mulher insistiu: 'É verdade,
Senhor; mas os cachorrinhos também comem
as migalhas que caem da mesa de seus donos!' 28Diante disso, Jesus lhe disse:
'Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!' E desde aquele momento
sua filha ficou curada.
Palavra da Salvação.
Reflexão
– “Fé insistente”
Jesus realiza em nós na medida do que nós almejamos, de coração. A força do nosso querer é sinal de Fé e é uma motivação para que Ele realize em nossa vida os milagres que esperamos. A mulher Cananéia não se rendeu aos argumentos de Jesus, mas, com fé e convicção, mesmo não se reconhecendo merecedora, pediu a Ele as migalhas que sobrassem da “mesa dos judeus”. Por isso, ela foi atendida! Na realidade, Jesus foi enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel e, nós também, não pertencemos àquela casa, porém, Jesus nos acolhe como acolheu aquela mulher. Somos pecadores e, por nós mesmos, não temos merecimentos, não podemos cobrar nem exigir direitos, porém, grande também é a nossa fé e isto basta para que Jesus venha nos alimentar e saciar de pão a todos que são humildes e perseverantes. Por isso não cessemos de gritar também: “Senhor, socorre-me!" Muitas vezes, Jesus também não nos responde palavra alguma, mas a nossa insistência será para Ele prova de que cremos e temos fé no Seu poder. A fé é o argumento que mantém a nossa esperança na hora do desespero!
- A sua fé também é grande como a da cananeia?
– O que tem atraído você para Deus?
- Você tem esperança de plantar e colher frutos de conversão?
- Você se acha
merecedor (a) da Salvação que Jesus veio trazer ao mundo?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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