terça-feira, 6 de julho de 2021

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

6 DE JULHO DE 2021

 

3ª. FEIRA DA DÉCIMA QUARTA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Gn 32, 23-33

 

Leitura do Livro do Gênesis 32,23-33 (gr. 22-32)


Naqueles dias: 23Jacó levantou-se ainda de noite, tomou suas duas mulheres, as duas escravas e os onze filhos, e passou o vau do Jaboc. 24Depois de tê-los ajudado a passar a torrente, e atravessar tudo o que lhe pertencia, 25Jacó ficou só. E eis que um homem se pôs a lutar com ele até o raiar da aurora. 26Vendo que não podia vencê-lo, este tocou-lhe o nervo da coxa e logo o tendão da coxa de Jacó se deslocou, enquanto lutava com ele.
27O homem disse a Jacó: 'Larga-me, pois já surge a aurora'.
Mas Jacó respondeu: 'Não te largarei, se não me abençoares'.
28O homem perguntou-lhe: 'Qual é o teu nome?' Respondeu: 'Jacó'.
29Ele lhe disse: 'De modo algum te chamarás Jacó, mas Israel;
porque lutaste com Deus e com os homens e venceste'.
30Perguntou-lhe Jacó: 'Dize-me, por favor, o teu nome'. Ele respondeu: 'Por que perguntas o meu nome?' E ali mesmo o abençoou. 31Jacó deu a esse lugar o nome de Fanuel,
dizendo: 'Vi Deus face a face e foi poupada a minha vida'.
32Surgiu o sol quando ele atravessava Fanuel; e ia mancando por causa da coxa. 33Por isso os filhos de Israel não comem até hoje
o nervo da articulação da coxa, pois Jacó foi ferido nesse nervo.
Palavra do Senhor.

 

 

Reflexão - “o combate espiritual

Podemos até não ter consciência disso, mas nós também lutamos com Deus!  A nossa luta com Deus é constante e ocorre quando a nossa vontade vai de encontro à Sua vontade e, assim, rejeitamos as sugestões que Ele nos dá, para que o Seu projeto se realize na nossa vida. Para nós a luta de Jacó com o anjo mensageiro de Deus é uma revelação de como acontece também, o combate espiritual que se trava no nosso interior entre a nossa carne decaída pelo pecado e o nosso espírito, que deseja divinizar-se. Também pelejamos com Deus quando impomos as nossas condições de vida e queremos à força, que tudo aconteça de acordo com as nossas conveniências. Inconscientemente nós somos “rebeldes” e vivemos em constante batalha contra Deus. Para nosso espanto, muitas vezes somos nós os vencedores quando obstinadamente vamos às últimas consequências. Em algumas vezes, a nossa luta é tão audaz que, aparentemente, nos sentimos vitoriosos (as) e até agradecemos a Ele porque as coisas aconteceram como nós queríamos.  No entanto, Deus também tem um propósito em nos deixar lutar com Ele para alcançarmos os nossos objetivos. Ele nos toca o coração e nos faz compreender a nossa capacidade de vencer e de superar obstáculos, mas também nos faz sentir que ao lutarmos com Ele, nunca mais seremos os mesmos, porque, de alguma forma, nós também saímos mancando. São as consequências das nossas escolhas. Entretanto, sempre irá surgir algo mais que o Senhor quer fazer em nós, mesmo quando estamos certos de que já fizemos tudo e já cumprimos com a nossa missão. O Senhor quer estar continuamente a nos formar e exercitar para a vida, a fim de construir, com a nossa ajuda, um mundo melhor. No final de tudo, mesmo que tenhamos lutado contra Ele, o Senhor nos abençoa e a experiência vivida com nos sugere até um nome novo, como foi o caso de Jacó, que depois tornou-se Israel. - Você também tem lutado com Deus? - Depois das experiências da sua vida, qual o nome que Deus lhe daria? – Na luta entre você e Deus quem tem sido o vencedor? - Há luta dentro de si entre a sua humanidade e o seu espírito? - O que poderia significar para você a expressão: - “larga-me, pois já surge a aurora”?

 

Salmo 16,1. 2-3. 6-7. 8b.15 (R. 15a)

 

R. Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!

1Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, *
escutai-me e atendei o meu clamor!
Inclinai o vosso ouvido à minha prece, *
pois não existe falsidade nos meus lábios! R.

2De vossa face é que me venha o julgamento, * pois vossos olhos sabem ver o que é justo. 
3Provai meu coração durante a noite, + visitai-o, examinai-o pelo fogo, * mas em mim não achareis iniqüidade. R. 

6Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, * inclinai o vosso ouvido e escutai-me! 
7Mostrai-me vosso amor maravilhoso, + vós que salvais e libertais do inimigo * quem procura a proteção junto de vós. R.
8bProtegei-me qual dos olhos a pupila * e guardai-me, à proteção de vossas asas, 
15Mas eu verei, justificado, a vossa face * e ao despertar me saciará vossa presença. R.

 

Reflexão - O nosso coração é provado por Deus porque Ele é justo e os Seus olhos enxergam as nossas motivações. Ele conhece a obra prima que criou. Por isso, nós confiamos no Seu julgamento conscientes de que Ele é cheio de misericórdia e o Seu amor maravilhoso nos salva das nossas próprias armadilhas. Vivemos hoje a noite da nossa vida, mas a nossa alma anseia pelo novo dia, quando, ao despertarmos nos saciaremos com a presença de Deus.

 

Evangelho – Mt 9, 32-38

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo são Mateus 9,32-38


Naquele tempo: 32Apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam:
'Nunca se viu coisa igual em Israel.' 34Os fariseus, porém, diziam:
'É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios.' 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37'A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!' 
Palavra da Salvação.

 

Reflexão - “o tempo da misericórdia”

Mesmo diante da incompreensão daqueles que opinavam que Ele estaria a serviço do “chefe dos demônios”, Jesus continuava fiel na Sua missão salvífica e apiedava-se das pessoas por viverem abandonadas, cansadas e abatidas. Assim, durante o tempo em que passou na terra, Ele não perdia tempo, percorrendo todas as cidades e povoados pregando o Evangelho, ensinando nas sinagogas e mostrando a todos o caminho para o reino dos céus.   Ele, porém, concretizava os Seus ensinamentos curando os enfermos, expulsando os espíritos maus e libertando os oprimidos, somente por misericórdia e compaixão. Ao se deparar com as mais diversas situações de pecado e de sofrimento do povo Jesus se compadecia e enxergava a necessidade de que houvesse pessoas comprometidas com o Seu projeto de Salvação.   Claramente Jesus dava a entender que viera inaugurar o tempo da misericórdia e conclamava os seus discípulos a serem trabalhadores da messe para que todos conhecessem o amor misericordioso do Pai. Hoje, também, “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.” As pessoas continuam como ovelhas sem pastor, abatidas, cansadas, desanimadas, sem esperança até dentro das nossas casas, por isso, Jesus nos chama também a sermos trabalhadores (as) da Sua colheita e nos cura da timidez, do respeito humano, da falta de convicção e nos habilita para podermos falar e anunciar aos que não têm esperança, que existe solução para todos os problemas que nos assolam. Nós também podemos ser trabalhadores da messe de Cristo apenas fazendo o que Ele fazia: tudo por amor. A vivência do amor anima as pessoas abatidas, cansadas e sem esperança. O amor vence o ódio e expulsa dos corações a intriga, a divisão, a incompreensão. Se fizermos como Jesus fez, seremos trabalhadores da Sua messe.

- Você acha difícil fazer tudo como Jesus fazia?

 - Você se considera trabalhador da messe de Cristo?

- Você conhece quando as pessoas à sua volta estão desanimadas e sem esperança?

 – O que você diz a elas?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Ccaminho
- Em que você tem empregado o seu tempo livre?

 

 

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