Cerca
de 20 presos foram recebidos por Francisco na manhã desta segunda-feira (21) na
Casa Santa Marta, antes de seguirem em visita aos Museus do Vaticano. A notícia
foi divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Em abril, outro grupo
participou da celebração eucarística por ocasião da Festa da Divina
Misericórdia, também com o Papa.
Andressa
Collet - Vatican News
O Papa Francisco recebeu na
manhã desta segunda-feira (21) na Casa Santa Marta, logo depois das 8h45, um
grupo de 20 detentos do cárcere de Rebibbia, uma das principais prisões de
Roma. Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, eles fazem parte do
terceiro instituto do complexo e estavam acompanhados pelo diretor, capelão e
alguns funcionários que, em seguida, iriam visitar os Museus do Vaticano.
Rebibbia: 300 detentos toda semana na igreja
O cárcere de Rebibbia, fundado na década de 70, fica no bairro
de mesmo nome na periferia nordeste da capital. Considerada uma das principais
prisões de Roma, junto com a Regina Coeli, ela é dividida em quatro institutos
autônomos para se cumprir diferentes penas: três para detenção de homens e um
para mulheres – destinado inclusive para detentas mães, com os respectivos
filhos pequenos, autorizados a viver com elas até os 3 anos de idade.
Segundo dados do Ministério da Justiça, atualizados neste mês de
junho, o local tem capacidade para atender 1.163 pessoas, mas acolhe atualmente
1.260 detentos. O instituto penitenciário conta com quatro campos esportivos,
sete bibliotecas, além de academias, teatro e local de culto. De fato, todos os
domingos uma igreja central realizada celebrações religiosas para cerca de 300
detentos.
Por ocasião da Festa da Divina Misericórdia deste ano, em 11 de
abril na Igreja do Espírito Santo em Sassia, próxima do Vaticano, o Papa
Francisco presidiu a missa com a presença de detentos oriundos de três
institutos penitenciários de Roma, como o de Rebibbia. Na homilia, o Pontífice
aprofundou a reflexão sobre os três dons oferecidos por Jesus para que os
discípulos obtenham a misericórdia:
a paz, o Espírito e
as chagas.
“Deixemo-nos
ressuscitar pela paz, o perdão e as chagas de Jesus misericordioso. E peçamos a
graça de nos tornarmos testemunhas de misericórdia. Só assim será viva a fé; e
a vida unificada. Só assim anunciaremos o Evangelho de Deus, que é Evangelho de
misericórdia.”
Ao final da celebração eucarística, ao rezar a oração mariana do
Regina Coeli, o Papa saudou os presentes, entre enfermeiros, pessoas com
deficiência, refugiados, migrantes e os próprios detentos:
“Vocês representam algumas
realidades nas quais a misericórdia se torna concreta, torna-se proximidade,
serviço, atenção às pessoas em dificuldade. Desejo que vocês se sintam sempre
misericordiados para, por sua vez, serem misericordiosos.”
Fonte: Vatican
News
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