28 MAIO DE 2021
6ª. FEIRA DA VIII SEMANA
DO TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª Leitura - Eclo
44,1.9-13
Leitura do Livro do Eclesiástico
44,1.9-13
1Vamos fazer o elogio
dos homens famosos, nossos antepassados através
das gerações. 9Outros não deixaram lembrança alguma,
desaparecendo como se não tivessem existido. Viveram como
se não tivessem vivido, e seus filhos também, depois deles. 10Mas estes, ao contrário, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. 11Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são a sua melhor herança.
12A descendência deles mantém-se fiel às alianças, 13e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se
apagará. Palavra do Senhor.
Reflexão - “nós e as gerações futuras”
A cada
dia que passa nós temos a oportunidade de comprovar que a nossa permanência
aqui na terra é como um sopro, no entanto é tempo suficiente para que deixemos
às próximas gerações a lembrança das nossas ações de misericórdia. Por isso,
recordando a vida dos nossos antepassados, dos homens e mulheres da nossa
família que viveram antes de nós, podemos comprovar dentro realidade de cada
um, que muitos passaram e não deixaram marcas porque viveram como se não
tivessem vivido, isto é, para si mesmos. No entanto, as pessoas que marcaram a
nossa vida, a quem relembramos com gratidão, são justamente aquelas que se
doaram com amor, cumpriram a sua missão, serviram a Deus e descansaram em paz.
Souberam preparar uma descendência fiel.
Percebemos que na mesma proporção em que praticarmos o amor e a
misericórdia de Deus nos nossos relacionamentos, nós seremos considerados “homens de misericórdia”. O amor do Pai
vivido por nós será a herança que deixamos para as gerações futuras. Assim
sendo, elas manter-se-ão fiéis às alianças que fizemos com o Senhor e sua
glória jamais se apagará. - Qual a lembrança que você guarda dos seus
antepassados? – Você é uma pessoa
misericordiosa? – Que exemplo você deixará para as gerações futuras? – Qual a
influência que você tem na vida da sua família, dos seus amigos?
Salmo - Sl 149,
1-2. 3-4. 5-6a.9b (R.4a)
R. O Senhor ama seu povo de verdade.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
e o seu louvor na assembléia dos fiéis!
2Alegre-se Israel em Quem o fez, *
e Sião se rejubile no seu Rei!R.
3Com danças glorifiquem o seu nome, *
toquem harpa e tambor em sua honra!
4Porque, de fato, o Senhor ama seu povo *
e coroa com vitória os seus humildes.R.
5Exultem os fiéis por sua glória, *
e cantando se levantem de seus leitos,
6acom louvores do Senhor em sua boca *
9bEis a glória para todos os seus santos.R.
Reflexão
- Saber que de
fato o Senhor nos ama e nos coroa com a vitória faz de nós pessoas humildes e
dependentes desse amor. Quanto mais reconhecemos o poder de Deus sobre nós mais
irradiaremos a Sua glória no mundo, por meio do nosso louvor, da nossa alegria,
da nossa gratidão, com humildade. “Cantai ao Senhor Deus um canto novo”,
diz o salmista. O canto novo provém do coração renovado, grato e cheio de
esperança.
Evangelho - Mc
11,11-26
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Marcos 11,11-26
Tendo
sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou, no
Templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como
já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No
dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. 13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou
perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos.
14Então Jesus disse à figueira: 'Que ninguém mais coma de teus frutos.' E os discípulos
escutaram o que ele disse. 15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os que vendiam e os
que compravam no Templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos
vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém
carregar nada através do Templo. 17E ensinava o
povo, dizendo: 'Não está escrito: 'Minha casa será
chamada casa de oração para todos os povos'? No entanto, vós fizestes dela uma
toca de ladrões.' 18Os sumos sacerdotes e os mestres
da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma
maneira de o matar.
Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava
maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer,
Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã
seguinte, quando passavam,
Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado
até a raiz.
21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: 'Olha, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou.' 22Jesus lhes disse: 'Tende fé em Deus.
23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha:
'Levanta-te e atira-te no mar', e não duvidar no seu
coração,
mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá.
24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai
tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também
perdoe os vossos pecados.' Palavra da Salvação.
Reflexão - “o templo do
nosso pode se tornar uma “cova de
ladrões”!
Colocando esta palavra na nossa vida podemos refletir que somos nós, hoje, as “figueiras”, que cuidamos muito da aparência, nos ocupamos com o ter conhecimento das coisas temporais, desejamos ser instruídos e, por isso, nos tornamos admiráveis aos olhos humanos, mas na verdade, interiormente continuamos áridos e sem serventia. Revestimo-nos de uma capa atraente, porém nunca alcançamos o tempo de dar frutos para Deus. Jesus procurou frutos na figueira e lá só encontrou folhas... “pois não era tempo de figos”. O Espírito Santo é quem nos faz produzir frutos em todos os tempos. Jesus também olha para nós, hoje, com fome dos frutos do Seu Espírito em nós, no entanto, porque nos deixamos invadir pelos “vendilhões”, o templo do nosso ser também se tornou uma “cova de ladrões”! São os maus pensamentos, as maquinações, a vaidade, a falta de perdão, o sentimento de vingança etc. Confundimos o que é do Espírito com o que é da nossa humanidade e mesmo até com o que é demoníaco. Por isso, nós, como a figueira, secamos e nos autodestruímos. Porém Jesus nos dá alento: “tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebeste, e, assim será”. Na nossa oração precisamos suplicar o fruto do Espírito Santo que nos capacita a perdoar, a amar, a vivenciar o Evangelho para produzir os frutos que Jesus procura em nós.
– Como está o templo do seu coração?
– O que você tem pedido na sua oração?
– Quais os frutos que você tem para matar a fome de Jesus?
– A sua casa é uma casa de oração?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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