Foi
publicado nesta terça-feira (11) o Motu proprio "Antiquum
ministerium" com o qual Francisco institui o ministério de catequista: uma
necessidade urgente para a evangelização no mundo contemporâneo, a ser
realizada sob forma secular, sem cair na clericalização
Isabella Piro – Vatican News
"Fidelidade
ao passado e responsabilidade pelo presente" são "as condições
indispensáveis para que a Igreja possa desempenhar a sua missão no mundo":
assim escreve o Papa Francisco no Motu proprio "Antiquum ministerium"
- assinado ontem, 10 de maio, memória litúrgica de São João de Ávila,
presbítero e doutor da Igreja - com o qual institui o ministério de catequista.
No contexto da evangelização no mundo contemporâneo e diante da "imposição
de uma cultura globalizada", de fato, "é necessário reconhecer a
presença de leigos e leigas que, em virtude de seu Batismo, se sentem chamados
a colaborar no serviço da catequese". Além disso o Pontífice enfatiza a
importância de "um encontro autêntico com as gerações mais jovens", como
também "a necessidade de metodologias e instrumentos criativos que tornem
o anúncio do Evangelho coerente com a transformação missionária da
Igreja".
Um novo ministério, mas com origens antigas
O novo
ministério tem origens muito antigas que remontam ao Novo Testamento: de forma
germinal, é mencionado, por exemplo, no Evangelho de Lucas e nas Cartas de São
Paulo Apóstolo aos Coríntios e aos Gálatas. Mas "toda a história da
evangelização nestes dois milênios", escreve o Papa, "manifesta com
grande evidência como foi eficaz a missão dos catequistas", que
asseguraram que "a fé fosse um válido sustentáculo para a existência
pessoal de cada ser humano", chegando ao ponto de "até dar a sua
vida" para este fim. Por isso desde o Concílio Vaticano II tem havido uma
crescente consciência de que "a tarefa do catequista é da maior
importância", bem como necessária para o "desenvolvimento da
comunidade cristã". Ainda hoje, continua o Motu Proprio, "muitos
catequistas competentes e perseverantes" realizam "uma missão
insubstituível na transmissão e no aprofundamento da fé", enquanto uma
"longa série" de beatos, santos e mártires catequistas "marcaram
a missão da Igreja", constituindo "uma fonte fecunda para toda a
história da espiritualidade cristã".
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