Diante de uma imagem de
Nossa Senhora Desatadora de Nós, nos Jardins Vaticanos, o Papa Francisco
concluiu a “maratona” de oração do Terço realizada diariamente durante todo o
mês de maio para implorar o fim da pandemia.
Bianca Fraccalvieri e
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
“Todos os dias,
segurando entre as mãos a coroa do Santo Rosário, dirigimos os nossos olhos a
ti, Mãe de misericórdia, suplicando para que acabe a pandemia e a humanidade
possa retomar a vida de cada dia com mais segurança”
O Papa Francisco
concluiu na tarde da segunda-feira (31/05) a “maratona” de oração do Terço
realizada diariamente durante todo o mês de maio, com a participação dos 30
santuários marianos mais representativos de todos os continentes, cuja o tema
foi "De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus" (At
12,5).
A iniciativa foi
aberta pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro e concluída pelo próprio
Pontífice nos Jardins Vaticanos, diante de uma imagem de Nossa Senhora Desatadora
de Nós.
Com efeito, disse o
Papa no início da celebração, “são tantos os nós que pressionam nossas
existências e prendem as nossas atividades. São os nós do egoísmo e da
indiferença, nós econômicos e sociais, nós da violência e da guerra”.
“Te
pedimos, ó Mãe Santa, desata os nós que nos oprimem material e espiritualmente,
para que possamos testemunhar com alegria o teu Filho e nosso Senhor, Jesus
Cristo.”
Os
cinco nós a desatar
A cada mistério
gozoso, foi indicado um nós a desatar: o dos relacionamentos feridos, da
solidão e da indiferença, que se tornaram mais profundos nestes tempos; o do
desemprego, com particular atenção ao desemprego juvenil, feminino, dos pais de
família e daqueles que estão tentando defender seus empregados; o do drama da
violência, em particular a que irrompe na família, no lar, contra as mulheres
ou explodiu nas tensões sociais geradas pela incerteza da crise; o nó do
progresso humano, que a pesquisa científica é chamada a apoiar, compartilhando
descobertas para que sejam acessíveis a todos, especialmente aos mais frágeis e
pobres; por fim, o nó do cuidado pastoral, para que as Igrejas locais,
paróquias, oratórios, centros pastorais e de evangelização possam redescobrir
entusiasmo e novo impulso em toda a vida pastoral e os jovens possam se casar e
construir uma família e um futuro.
Com a participação de
crianças que receberam a primeira comunhão, crismandos e escoteiros de Roma e
região, a oração do Terço foi feita diante do ícone mariano oriundo de
Augsburg, na Alemanha. Trata-se de uma pintura a óleo sobre tela feita pelo
pintor alemão Johann Georg Melchior Schmidtner, por volta de 1700.
A pintura retrata
Nossa Senhora desatando os nós de uma fita branca segurada por dois anjos,
rodeada de cenas bíblicas que se referem simbolicamente a imagens de esperança,
misericórdia e vitória sobre o mal. Depois da oração do Terço, houve a coroação
da imagem.
Após as ladainhas,
antes de conceder a bênção apostólica, o Papa Francisco pronunciou a seguinte
oração:
“Ó
Maria, tu sempre resplandeces em nosso caminho como sinal de salvação e
esperança. Entregamo-nos a Ti, Saúde dos enfermos, que junto à Cruz estivestes
associada à dor de Jesus, mantendo inabalável a tua fé. Tu, que sabes desatar
os nós da nossa existência e conheces os desejos de nosso coração, vem em nosso
auxílio. Estamos confiantes de que, como em Caná da Galileia, farás com que
possa voltar a alegria e a festa em nossas casas, após este momento de provação.
Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a conformarmo-nos à vontade do Pai e a fazer
aquilo que nos disser Jesus, que assumiu os nossos sofrimentos e carregou as
nossas dores para nos conduzir, pela Cruz, à alegria da ressurreição. Amém”
O Santo Padre
encerrou a cerimônia agradecendo ao Pontifício Conselho para a Nova
Evangelização por organizar a maratona, aos santuários que aderiram à
iniciativa, à diocese de Augsburg, na Alemanha, pelo ícone mariano e a
todos os fiéis. "Por favor, rezem por mim", finalizou.
Fonte: Vatican News
Nenhum comentário:
Postar um comentário