Os bispos do Brasil
continuam reunidos em sua 58ª Assembleia Geral, que segue até a próxima
sexta-feira, 16 de abril. Na manhã desta quarta-feira, 14, várias partilhas e
debates foram feitos na perspectiva da colegialidade episcopal.
Assembleia
Eclesial
No início da
sessão, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor
Oliveira de Azevedo, motivou a participação e colaboração dos bispos na
Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe apresentada pelo Conselho
Episcopal Latino-Americano (Celam) na tarde de ontem, e que será realiza em
novembro deste ano.
Na tarde desta quarta-feira, 13 de abril, de modo virtual, o
episcopado brasileiro presente na 58ª Assembleia Geral da CNBB, participou de
uma exposição sobre as reestruturações do Conselho Episcopal Latino-americano
(Celam) e do texto preparatório para a Assembleia Eclesial da América Latina e
do Caribe
Estatuto
Os bispos também trataram
do processo de construção do novo estatuto da CNBB, ressaltando a atuação do
Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ).
O caminho percorrido para a formulação do “Novo Estatuto da CNBB”
foi o primeiro assunto a ser discutido pelo episcopado brasileiro neste
terceiro dia da 58ª Assembleia Geral da CNBB, 14 de abril.
Liturgia
Na sequência,
os bispos puderam acompanhar os comunicados da Comissão Episcopal Pastoral para
a Liturgia da CNBB. O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão, dom
Edmar Peron, falou sobre a caminhada da Comissão para Liturgia e da Comissão
Especial para os Textos Litúrgicos (Cetel), que tem se encontrado virtualmente
para a revisão da tradução da 3ª edição do Missal Romano, material que será
colocado em votação na próxima Assembleia Geral da CNBB na forma presencial.
Dom Edmar falou
do subsídio “Celebrar em Família”, oferecido desde o início da pandemia para a
celebração da Palavra nas casas. Milhares de pessoas em todo o Brasil têm
utilizado o material. Dom Wilmar Santim, de Itaituba (PA), partilhou o
testemunho do expressivo uso do material em sua prelazia.
O bispo também
partilhou sobre o texto de estudos que será publicado sobre com orientações
para adequação litúrgica e restauração e conservação de Igrejas, preparado pelo
Setor Espaço Litúrgico; as ações do Setor Música Litúrgica, como a revisão do
Hinário litúrgico para o ciclo do Natal, a atualização do texto de Estudos 12 sobre
os cantos da missa e a publicação, em breve, das músicas da Liturgia das Horas;
e a preparação de um processe de certificação de Vinhos Canônicos.
Votações
A Comissão para
a Liturgia ainda colocou em votação algumas consultas à Assembleia referentes à
inclusão ou alteração de datas de celebrações dos santos no calendário
litúrgico do Brasil. Foram votadas a confirmação da inclusão das memórias de
São José de Anchieta em 9 de junho e dos Santos Mártires do Rio Grande do
Norte, em 3 de outubro; a inserção como memória obrigatória de Santa
Dulce dos Pobres em 13 de agosto; e de memórias facultativas de Santo Oscar
Romero, São Marcelino Champagnat, Santa Madre Teresa de Calcutá e de São Pedro
de Alcântara.
A Comissão
também consultou sobre a alteração de datas referentes à memória de São
Ponciano e Santo Hipólito, Santa Faustina e de Santa Joana Francisca de
Chantal.
Também está em
votação virtual o pedido à Santa Sé para que o Domingo da Palavra de Deus,
criado pelo Papa Francisco para ser celebrado no 3º Domingo do Tempo Comum,
seja celebrado aqui no Brasil no último domingo de setembro, preservando a
cinquentenária tradição brasileira de celebrar o Mês da Bíblia naquele mês,
também comemorando o dia da Bíblia próximo à festa de São Jerônimo.
Carta
ao prefeito da Congregação para os Bispos
Ainda na manhã
de hoje, a comissão que prepara a carta ao prefeito da Congregação para os
Bispos apresentou o texto com a acolhida das sugestões à mensagem que seguirá
para aprovação.
Campanha
da Fraternidade Ecumênica 2021
O último tópico
tratado pela manhã foi a avaliação sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica
de 2021. Os bispos apontaram inconsistências no texto-base, reagiram às
polêmicas e ataques, e pontuaram suas considerações em relação ao processo de
construção e também ao conteúdo do material proposto, com forte valorização da
Campanha da Fraternidade como uma riqueza da Igreja no Brasil.
Para o
presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, as contribuições e
reflexões foram transparentes e sinceras. Ele ressaltou a pertinência das
partilhas, “inaugurando um tempo muito importante em vista de um diálogo maduro
e qualificado”. Dom Walmor ressaltou a avaliação que foi feita também pela
própria presidência da CNBB em relação ao processo da Campanha da Fraternidade
Ecumênica de 2021.
Com informações e foto: CNBB
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