28
DE MARÇO DE 2021
DOMINGO DE RAMOS DA
PAIXÃO DO SENHOR
Cor: Roxo
1ª Leitura - Is
50,4-7
Leitura do Livro do Profeta Isaías 50,4-7
4O Senhor Deus deu-me
língua adestrada, para que eu saiba dizer
palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta
cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe
resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me
baterem e as faces para me arrancarem a
barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por
isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra,
porque sei que não sairei humilhado. Palavra do
Senhor.
Reflexão - “o servo tem os
ouvidos bem abertos”
O servo a que se refere esta passagem é Jesus, no
entanto, cada um de nós, homem ou mulher, que nos propomos a segui-Lo como
discípulo, deveremos ter o entendimento para escutar as palavras desta
profecia: “O Senhor deu-me uma língua
adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida”; “Ele me
excita o ouvido para prestar atenção
como um discípulo”. Jesus é o nosso Referencial e Mestre e nós somos os
seus discípulos, portanto, como Ele, precisamos ter os ouvidos bem abertos e
não resistir ao chamado de Deus apesar de todas as dificuldades, porque Ele é o
nosso auxiliador e não nos deixará desanimar. O servo que é
fiel ao projeto de Deus está sempre atento às Suas orientações e ensinamentos
como um aluno atencioso. Deus mesmo é quem nos conduz e mesmo que enfrentemos a
fúria e a rebeldia dos inimigos, permaneceremos firmes e não desistiremos. Todos nós que dizemos ser servos e servas de
Jesus, precisamos seguir o caminho que Ele mesmo nos abriu e nos pôr à
disposição do Espírito Santo que nos inspirará e nos conduzirá. Servo é quem se compromete livremente a
prestar serviço ao próximo, por amor, não desviando o rosto nem
procurando se esquivar dos encargos e compromissos confiante de que o Senhor
Deus é o Auxiliador e não o deixará humilhado(a). Você é servo de alguém? – A quem você está
servindo aqui na terra? – Você tem enfrentado dificuldades no seu seguimento de
cristão? – Você tem se deixado conduzir pelo Espírito Santo no serviço que
presta a Deus e aos homens? – Você é obediente?
Salmo - Sl
21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a)
R.
Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
8Riem de mim todos aqueles que me vêem,*
torcem os lábios e sacodem a cabeça:
9'Ao Senhor se confiou, ele o liberte*
e agora o salve, se é verdade que ele o ama!'R.
17Cães numerosos me
rodeiam furiosos,*
e por um bando de malvados fui cercado.
Transpassaram minhas mãos e os meus pés
18e eu posso contar todos os meus ossos.*
Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam! R.
19Eles repartem entre si as minhas vestes*
e sorteiam entre si a minha túnica.
20Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,*
ó minha força, vinde logo em meu socorro! R.
23Anunciarei o vosso nome a meus irmãos*
e no meio da assembléia hei de louvar-vos!
24Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,*
e respeitai-o toda a raça de Israel!R.
Reflexão - Na liturgia de hoje nós
acompanhamos os passos de Jesus na caminhada para o calvário. O salmista antecipa
tudo o que Jesus iria passar durante o Seu martírio até o momento em que Ele se
sentiu abandonado pelo próprio Deus. Isso nos leva a pensar nos momentos em que
nós também nos sentimos sem ninguém, vivendo a nossa dor, solitários no meio da
multidão ao nosso redor. São momentos em que precisamos enfrentar o deserto tão
necessário para o nosso crescimento. Mesmo assim, como Jesus, nós ainda temos
força para dizer: “anunciarei o vosso
nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!” O Pai que
sofre conosco mesmo sem percebermos, alegrar-se-á conosco com o nosso
louvor.
2ª.
Leitura - Fl 2,6-11
Leitura da Carta de São Paulo aos
Filipenses 2,6-11
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo
a condição de escravo e tornando-se igual aos homens.
Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo,
fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho
se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e
toda língua proclame: 'Jesus Cristo é o Senhor', para
a glória de Deus Pai. Palavra do Senhor.
Reflexão – “por obediência ao
Pai”
Jesus
não fugiu do sofrimento, mas enfrentou a morte por obediência ao Pai, por isso
não se prevaleceu da Sua divindade e se fez escravo como nós. “Ele esvaziou-se e humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de
cruz.” Comparando a nossa vida com a vida de Jesus chegamos à conclusão de
que Ele fez justamente o contrário do que nós sempre fazemos. Quantas vezes nós
nos prevalecemos da nossa posição social ou então apresentamos outra
justificativa para sermos privilegiados e não precisarmos passar por alguma
situação de humilhação! O nosso primeiro
argumento é mostrar quem somos nós, o nosso status, poder, situação financeira,
desde que nos livremos da obediência à obrigação que nos é conferida. Jesus, no
entanto, “Mesmo sendo de condição
divina, Ele não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas
aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos
homens”. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo,
dando-lhe o Nome diante do qual todos nós devemos nos ajoelhar. Tomando
consciência da nossa condição humana imperfeita precisamos seguir o exemplo de
Jesus e, diante de Deus, humildemente reconhecer a nossa limitação e nos
abandonar à Sua Vontade. Assim sendo, com certeza, também seremos exaltados e
acolhidos no reino dos céus. Tudo para a glória de Deus Pai! – Você tem coragem de enfrentar as
dificuldades por obediência à Palavra de Deus? – Você costuma apresentar-se
como uma pessoa que tem poderes ou se limita apenas a ser uma pessoa comum? –
Você faz discriminação entre as pessoas quando estas o (a) procuram?
Evangelho - Mc 14,1-15,47
Reflexão
- “Somos
protagonistas da Paixão de Jesus, hoje”
Neste
Domingo de Ramos, como preparação para a Semana Santa, nós temos a oportunidade de rememorar
a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, desde os acontecimentos que a
antecederam até a Sua concretização. Contemplando
este cenário nós podemos claramente perceber que em todos os relatos nós
também, hoje, poderíamos nos inserir como protagonistas da história e, assim,
refletir que continuamos com as mesmas atitudes daqueles que entregaram e
crucificaram Jesus. Desde a sua estada
na casa de Simão quando a mulher pecadora derramou um perfume valioso nos Seus
pés e foi criticada pelos que estavam presentes; na celebração da Páscoa quando
Ele anunciou que seria traído e os discípulos ficaram atemorizados e curiosos pois
queriam saber quem seria o traidor; quando vemos Judas Iscariotes entregar
Jesus por 30 moedas fazendo o que lhe mandavam os Seus inimigos; no Getsêmani,
quando Ele sofreu a grande agonia e os discípulos não conseguiram ser
solidários com a Sua dor. A incoerência de Pedro que, para defender Jesus
cortou a orelha do empregado do sumo sacerdote e logo depois negou Jesus por três vezes.
Também quando a multidão preferiu soltar Barrabás esquecendo todas as obras que
Jesus realizara no meio deles. Em cada cena, em cada manifestação nós podemos
nos reconhecer culpados, mas também podemos sofrer com Jesus nos
colocando diante da Sua Cruz e oferecendo a Ele as nossas dificuldades, nossas
dores, nossas inquietações. O sofrimento que é colocado na Cruz de Jesus torna-se
redentor e nos leva a experimentar a libertação e o consolo. Apesar da nossa
falta de entendimento, podemos experimentar, simplesmente, a alegria de sofrer
por amor a Ele. A Ele podemos dizer apenas: “Senhor, eu não entendo nada, mesmo
assim confio em Vós!”
– Com
os seus atos egoístas, você reconhece que contribuiu para a Crucificação de
Jesus?
– Qual o sentimento que se apossa
do seu coração quando você reflete sobre a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo?
- Você consegue enxergar as
incoerências na sua vida?
– Anote no seu caderno de oração.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um
Novo Caminho
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