Quaresma com São José! A
cada semana, o Pe. Rafhael Silva Maciel propõe uma pequena catequese, que este
ano terá como linha guia o Ano de S. José, proclamado pelo Papa Francisco. Esta
semana o tema é: Festejemos São José. Pe. Rafhael é Missionário da Misericórdia
e Mestre em Sagrada Liturgia. Confira a quinta reflexão.
Vatican News
No próximo 19 de
março a Igreja celebrará a Solenidade de S. José, Esposo da Bem-Aventurada
Virgem Maria, que nesse Ano a ele dedicado adquire uma conotação toda especial.
O diretório para a liturgia e piedade popular (n. 223), afirma que “o
fato [desta] Solenidade cair na Quaresma, em que toda a Igreja está voltada
para a preparação batismal e a memória da Paixão do Senhor (...) as práticas
tradicionais do ‘mês de S. José’ deverão estar em sintonia com o período do ano
litúrgico”.
O Santo Patriarca
pode ser celebrado no período quaresmal estando as devoções josefinas em acordo
com a índole litúrgica desse tempo especial. Chamados a uma proximidade e
intimidade maiores para com o Senhor, o Patrono da Igreja apresenta-se a nós
como modelo de total adesão à vontade de Deus, e “desta forma, todo o povo
cristão não só recorrerá a S. José com maior fervor e invocará confiadamente o
seu patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e
amadurecido de servir e de ‘participar’ na economia da salvação” (João
Paulo II, Redemptoris
custos, 1).
A renovação litúrgica
ao aprofundar o significado do período quaresmal, mantendo uma Solenidade como
a de S. José neste tempo, leva em consideração que o pai nutrício de Jesus é,
para os fiéis, “exemplo
notável [...], que ultrapassa os estados individuais de vida e se propõe a toda
a comunidade cristã, sejam quais forem as condições e deveres de cada um dos
fiéis” (João Paulo II, idem).
No Decreto da Penitenzieria
Apostolica para as indulgências deste ano, lê-se: “a
devoção ao Guardião do Redentor se desenvolveu muito no decorrer da história da
Igreja, que ela não só lhe atribui um culto entre os mais altos, depois da Mãe
de Deus e sua Esposa, mas também lhe conferiu vários patrocínios”. Ainda no
mesmo Decreto: “[ele]
é o depositário do mistério de Deus (...) o que chama todos a redescoberta dos
valores do silêncio, da prudência e da lealdade no cumprimento dos próprios
deveres”. Ora,
isso é viver o espírito quaresmal: oração, silêncio e obras de misericórdia.
Celebrar a Solenidade
de S. José ajuda-nos a voltar os olhos do coração cada vez mais para a única
realidade que importa: Jesus Cristo e seu Mistério Pascal, como bem escreveu
João Paulo II: “o
fato de se considerar novamente a participação do Esposo de Maria no mistério
divino permitirá à Igreja, na sua caminhada para o futuro juntamente com toda a
humanidade, reencontrar continuamente a própria identidade, no âmbito deste
desígnio redentor, que tem o seu fundamento no mistério da Encarnação” (Redemptoris
custos, 1).
Ao celebrarmos S.
José, celebramos o dom da paternidade confiada por Deus ao “carpinteiro de
Nazaré”, a quem Jesus na terra chamou de pai. Celebramos seu patrocínio e
cuidado todo especial por todos os fiéis católicos espalhados no mundo inteiro.
Papa Francisco em uma homilia dizia que S. José “é ‘guardião’, porque sabe ouvir
a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais
sensível com as pessoas que lhe estão confiadas” (19.03.2013), podemos
ajuntar que ele se mostra sensível com a Igreja, da qual é Patrono Universal.
Como mais um gesto
concreto quaresmal, na escola de São José, Patrono da Igreja durante
esses dias de Quaresma que ainda temos pela frente façamos um tempo de oração
silenciosa, rezando pelas necessidades da Igreja neste momento atual de
dificuldades e de pandemia. Rezemos pelo Santo Padre e pela sua paternidade e
solicitude católica, para que seja garante da unidade da Santa Igreja de Deus.
São José,
providenciai!
Boa oração, abençoada
meditação!
Roma, 17 de março de
2021
Quarta-feira, IV
Semana da Quaresma
Pe. Rafhael Silva
Maciel
Missionário da
Misericórdia
Mestre em Sagrada
Liturgia
Nenhum comentário:
Postar um comentário