segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

SECRETÁRIO DE BENTO XVI: O PAPA EMÉRITO ESTÁ FISICAMENTE "MUITO FRACO"

 


Bento XVI. Crédito: Vatican Media.

 

Vaticano, 04 jan. 21 / 09:54 am (ACI).- Em uma recente entrevista ao tabloide alemão "Bunte", o secretário pessoal de Bento XVI, Dom Georg Gänswein, disse que o Papa Emérito permanece muito alerta mentalmente, mas disse que fisicamente "ele se tornou muito fraco".

Dom Gänswein disse que celebrou o Natal e o Ano Novo com Bento XVI no mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano.

“Rezo a Liturgia das Horas diariamente com o Papa Emérito Bento e também o Terço. Uma parte considerável do meu tempo é reservada à oração”, indicou.

“Todo sacerdote, todo bispo, inclusive o Papa, reza não só por si próprio, mas pelas pessoas que lhe foram confiadas. Também e especialmente por aqueles que não querem ou não podem rezar”, acrescentou.

Na entrevista, Dom Gänswein também falou sobre os desafios do ano que terminou. “Estou grato a Deus porque 2020 finalmente acabou”, assinalou e disse que Roma às vezes esteve “estranhamente tranquila” durante a pandemia de coronavírus COVID-19.

O Prelado é também prefeito da Casa Pontifícia, mas está de licença desde fevereiro para poder dedicar seu tempo exclusivamente a Bento XVI como seu secretário pessoal.

Desde a eleição do Papa Francisco em 2013, Dom Gänswein ocupou os dois cargos, até que o estresse cobrou seu preço. O Arcebispo sofreu de perda auditiva aguda em 2017 e agora vive com um caso grave de zumbido. No final de janeiro de 2020, o Papa Francisco informou a Dom Gänswein que ele deveria dedicar seu tempo e energia inteiramente ao seu papel como secretário do Papa Emérito.

“Para isso, ele me dispensou do serviço na prefeitura. Minhas funções lá foram realocadas por tempo indeterminado", disse.

Após um tratamento para problemas renais em setembro de 2020, disse, teve um "encontro esclarecedor, muito fortalecedor e encorajador com o Papa Francisco" sobre a decisão de ser afastado do cargo de prefeito.

Dom Gänswein sublinhou que sabia que a disposição do Papa Francisco não era nenhum tipo de "castigo".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

Fonte: ACI Digital 

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