Ao
final do Angelus, ao renovar os "melhores votos" para este ano que
acaba de começar, Francisco procurou ajudar a colocar a mão na consciência de
cada cristão que vive este período nebuloso do coronavírus: se preocupar com os
mais necessitados e trabalhar juntos pelo bem comum; evitando “a tentação de
cuidar apenas dos próprios interesses, de continuar fazendo a guerra - por
exemplo - de se concentrar apenas no perfil econômico, de viver
hedonisticamente, ou seja, buscando apenas satisfazer o próprio prazer”.
Andressa
Collet – Vatican News
Logo após a oração mariana do Angelus, como de costume, o Papa usa o espaço
para convocar os fiéis a temas sensíveis e acontecimentos mundiais, por
exemplo. Neste domingo (3), chuvoso na Cidade do Vaticano, mas resguardado na
biblioteca do Palácio Apostólico devido às restrições da pandemia, Francisco
fez um chamamento à responsabilidade individual para conter a disseminação da
Covid-19.
Ao renovar os “melhores votos este ano que acaba de começar”, o
Pontífice procurou ajudar a colocar a mão na consciência de cada cristão que
vive este período nebuloso do coronavírus:
“Sabemos que as coisas vão
melhorar na medida em que, com a ajuda de Deus, trabalhararemos juntos para o
bem comum, colocando no centro os mais fracos e desfavorecidos. Não sabemos o
que 2021 vai nos reservar, mas o que cada um de nós e todos nós juntos podemos
fazer é de nos comprometer um pouco mais a cuidar uns dos outros e da Criação,
a nossa Casa Comum.”
Além da preocupação com os mais necessitados, o Papa chamou para
a responsabilidade de cada um diante de uma nova realidade imposta pela
pandemia. Ao descrever “a tentação de cuidar apenas dos próprios interesses, de
continuar fazendo a guerra - por exemplo - de se concentrar apenas no perfil
econômico, de viver hedonisticamente, ou seja, buscando apenas satisfazer o
próprio prazer”, Francisco relatou um fato que o deixou muito triste:
“Li
nos jornais algo que me entristeceu bastante: em um país, não me lembro qual,
para fugir do lockdown e ter boas férias, mais de 40 aviões saíram naquela
tarde. Mas essas pessoas, que são boas pessoas, não pensaram naquelas que
ficaram em casa, nos problemas econômicos de tantas pessoas que o lockdown
derrubou, nos doentes? Apenas, tirar férias e dar prazer a si mesmo. Isso me
entristeceu muito.”
Nascimento é sempre promessa de esperança
O Papa, então, dirigiu uma saudação especial a quem começa o Ano
Novo com maior dificuldade e realmente precisa de um encorajamento: “aos
doentes, aos desempregados, àqueles que vivem em situações de opressão ou
exploração”.
“E, com carinho, desejo
saudar todas as famílias, especialmente aquelas em que há crianças pequenas ou
que estão esperando um nascimento. Um nascimento é sempre uma promessa de
esperança: estou próximo a essas famílias. Que o Senhor o abençoe.”
Fonte:
Vatican News
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