Confira:
Fevereiro
No dia 12 de
fevereiro de 2020, o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica pós-sinodal
Querida Amazônia. Na apresentação do
Documento, na sede da CNBB, em Brasília, o presidente da Comissão
para a Amazônia, dom Cláudio Hummes, apresentou uma síntese do texto, durante a
coletiva de imprensa. Também presidente da Repam, à época, dom Cláudio foi
relator geral da Assembleia do Sínodo dos Bispos e recordou o processo de
preparação e o contexto no qual foi promovida a reflexão sobre os “novos
caminhos para a Igreja e a para uma ecologia integral”.
Dom Cláudio
contextualizou o momento em que a Igreja está diante “da grande problemática
ecológica e socioambiental” que se coloca à humanidade, e quer ajudar a vencer
essas crises globais. “O grito dos pobres é o mesmo grito da terra” afirmou. E
a reflexão é “como caminhar junto e conseguir escutar esse grito e ajudar, com
aqueles que estão gritando, a construir o futuro”. Para ele, é central no
texto do Papa “o amor de Pastor à gente e ao território da Amazônia”, o que
está expresso no título.
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Ainda em
fevereiro, no dia 19, durante a primeira reunião do
Conselho Episcopal Pastoral (Consep) do ano, a assessora da Comissão Episcopal
Especial para a Amazônia da CNBB, irmã Maria Irene Lopes dos Santos, também
diretora executiva da Rede Eclesial Pan-Amazônia (Repam-Brasil), apresentou as
ações que na ocasião eram pensadas como desdobramentos da exortação apostólica.
Maio
No mês de maio,
a Comissão divulgou uma Carta dos Bispos da Amazônia brasileira sobre a
situação dos povos e da floresta em tempos de pandemia da Covid-19:
“manifestamos nossa imensa preocupação e exigimos maior atenção dos governos
federal e estaduais à essa enfermidade que cada vez mais se alastra nesta
região. Os povos da Amazônia reclamam das autoridades uma atenção especial para
que sua vida não seja ainda mais violentada”.
Leia a carta na
íntegra:
A comissão
também organizou, junto com a Repam-Brasil, um programação para que as
comunidades vivenciassem as comemorações dos cinco anos da encíclica Laudato
Si’ – sobre o cuidado da Casa Comum, comemorados entre os dias 16 e 24 de maio,
durante a Semana Laudato Si’. Foram oferecidos roteiros celebrativos e de
reflexão, materiais para as redes sociais e podcasts com temas da encíclica.
Na
oportunidade, o cardeal Cláudio Hummes disse que celebrar os cinco anos da
Laudato Si é uma alegria e uma responsabilidade. “Trata-se de um documento
histórico do Papa Francisco, que inovou e dinamizou a nossa relação com a
criação de Deus”, destacou o cardeal.
Entre as
atividades do mês de maio, uma reunião no dia 14 foi oportunidade para analisar
a conjuntura da região e debater iniciativas, como a campanha “A Amazônia
precisa de você”, lançada dias depois, numa realização da Repam-Brasil e das
Pontifícias Obras Missionárias (POM).
Dez dias depois
do lançamento da campanha, foi arrecadado um total de R$ 220.700,98. As instituições responsáveis pela ação solidária fizeram o
repasse de recursos arrecadados através de doação para 18 dioceses da Região
Amazônica. Os valores foram investidos de forma emergencial para socorrer as
necessidades de alimentação e materiais de higiene e proteção. A Campanha “A
Amazônia precisa de você” contou com o apoio de uma live
musical da banda Jota Quest, no dia 6 junho.
Junho
Um comunicado da Assembleia
do Projeto de constituição da Conferência Eclesial da Amazônia anunciou,
em 29 de junho, a criação do organismo. Dom Cláudio Hummes foi um dos
signatários do documento e eleito presidente da nova entidade.
Julho
No campo das
denúncias, a Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e a Rede Eclesial
Pan-Amazônica (REPAM) expressaram, por meio de nota,
publicada dia 10 de julho, profunda indignação diante dos vetos do
presidente da República ao Projeto de Lei (PL) nº 1142/2020 que propõe medidas
de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19
entre os povos indígenas, as comunidades quilombolas e demais comunidades
tradicionais.
Atenta ao
contexto no qual as violências contra os povos tradicionais são agravadas pela
pandemia da Covid-19, a Comissão para a Amazônia da CNBB juntou-se a
organizações eclesiais e da sociedade civil na campanha Amazoniza-te,
lançada no dia 27 de julho. No auge da pandemia, a região amazônica
enfrentava uma conjuntura de intensificação do desmatamento e da grilagem,
das queimadas, da mineração e do garimpo, situações que aumentavam os riscos da
proliferação do novo coronavírus nas comunidades da região amazônica.
Agosto
Com 3 meses, a
campanha “A Amazônia precisa de você” atingiu a marca de mais de 700 mil reais
arrecadados. Na ocasião, foi publicado um boletim informativo.
Setembro
Junto com
iniciativas em todo o mundo, a campanha Amazoniza-te somou-se às ações do Tempo
da Criação, realizado de 1º de setembro a 4 de outubro. Foram propostas ações para serem vividas, como um roteiro celebrativo
para o Dia de Oração, organizado para ajudar as comunidades a rezarem, conforme
o pedido de Francisco. Textos, orações e músicas fazem parte do material que
auxiliou a refletir sobre a criação com um convite específico a olhar e rezar
pela Amazônia.
Outubro
Após quatro
meses do anúncio de sua criação, a Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama)
convocou para os dias 26 e 27 de outubro a sua primeira assembleia plenária. A
data coincidiu com o aniversário de um ano do Sínodo para a Amazônia, convocado
pelo Papa Francisco e realizado no Vaticano em 2019. Em encontro virtual,
cardeais, bispos, religiosos e religiosas, leigos e leigas e representantes das
comunidades tradicionais participaram da atividade que, além de revisitar o
caminho sinodal, apontou caminhos pastorais para o novo organismo eclesial.
Presidida pelo cardeal Cláudio Hummes, o primeiro dia de Assembleia foi marcado por reflexões sobre a Amazônia e sobre os resultados do Sínodo, realizado em outubro do ano passado. Em pequenos grupos, os participantes puderam apontar as ações decorrentes da grande assembleia que já estão em curso nos territórios.
O segundo dia
foi dedicado a pensar em um plano pastoral para a CEAMA. A equipe que preparou
a assembleia sistematizou em 20 pontos as principais urgências apontadas pelo
Sínodo.
Fonte: CNBB
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