Nesta segunda-feira
recorda-se o aniversário da visita a surpresa do Papa à cidadezinha na região
de Rieti, onde São Francisco montou a primeira cena da Natividade. Na breve
reflexão sobre o Natal dirigida aos jovens naquela ocasião, se encontram os
temas então desenvolvidos na carta sobre o presépio "Admirabile
signum" de 2019.
Andrea
De Angelis, Silvonei José – Vatican News
A
surpresa de um encontro, o caminho a seguir, cheio de fé, esperança e sinais.
De um admirável sinal. Em 4 de janeiro de 2016, muitos se lembram disso,
especialmente alguns jovens da diocese de Rieti, presentes naquela tarde no
Santuário de Greccio para a conclusão de um encontro. Eles se viram
inesperadamente face a face com o Papa, que lhes disse algumas palavras por
alguns momento que foi sobretudo de oração na Gruta do Presépio de Greccio, o
lugar onde São Francisco quis reproduzir o evento da Natividade de uma forma
que se estendesse, através dos séculos, em todos os cantos do planeta.
A
visita cinco anos atrás
Também
cinco anos atrás, o dia 4 de janeiro era uma segunda-feira. No início da tarde
da primeira semana do novo ano - a do Jubileu Extraordinário da Misericórdia -
o Papa chegou a Greccio para visitar o presépio e, após o almoço com o bispo,
dom Domenico Pompili, foi à capela do Santuário Franciscano, para depois
encontrar-se com a comunidade franciscana local e cumprimentar um grupo de
jovens. Foi uma visita surpreendente não só porque foi inesperada, mas também
na forma. "Tudo ocorreu em silêncio e em pouco tempo", comentou o
então guardião do Santuário, padre Alfredo Silvestri, referindo-se à visita do
Papa à Gruta, ao dormitório e ao momento de oração pessoal na igreja. E David,
um dos rapazes presentes, acrescentou: "Tudo foi muito bonito, intenso, e
esperamos que esta despedida seja apenas um até breve".
Papa co
m a comunidade franciscana
Fazer-se
pequenos, seguir a Estrela
"Deus
se rebaixou para ser um como nós, para caminhar diante de nós", disse
Francisco aos jovens indicando o Menino na manjedoura. Esta pequenez, esta
mansidão, é "a humildade de Deus que vai contra o orgulho, a suficiência,
a soberba". E então o Papa convidou os jovens a se fazerem uma pergunta:
"minha vida é uma vida mansa e humilde, que não é orgulhosa? Outro sinal,
continuou, é a Estrela dos Reis Magos: "o céu", considerou Francisco,
"está cheio de estrelas", mas eles viram "uma estrela especial,
uma Estrela que os moveu, deixando muitas coisas para trás, e iniciar um
caminho", que eles não sabiam para onde os levaria. "Quando em nossas
vidas - comentou - não encontramos nenhuma estrela especial que nos chame para
fazer algo mais, algo bom, para empreender um caminho, até mesmo para tomar uma
decisão... algo está errado". E devemos pedir a graça de descobrir a
Estrela que Deus, hoje, quer que eu veja, porque essa Estrela me conduzirá a
Jesus".
Jesus
nos pobres
“Faço
votos - concluiu o Papa -, que sua vida seja sempre acompanhada destes dois
sinais, que são um presente de Deus: que não lhe falte a Estrela e que não lhe
falte a humildade de redescobrir Jesus nos pequenos, nos pobres, nos humildes,
naqueles que são descartados pela sociedade e também da própria vida". Uma
saudação, mas também um até breve, pois após quase 4 anos o Papa voltará a
Greccio para escrever, literalmente, uma página de seu pontificado.
Papa
na apresentação da "Admirabile signum"
"Admirabile
signum"
A
visita de janeiro de 2016 está idealmente ligada à de 1º de dezembro de 2019,
quando o Papa Francisco vai novamente a Greccio para assinar a Carta Apostólica
“Admirabile signum”. Um texto sobre o significado e o valor do presépio que
preserva o eco dos pensamentos de cinco anos antes. O presépio - escreve o Papa
-, "desperta muito espanto e nos emociona" porque "manifesta a
ternura de Deus" que "se rebaixa à nossa pequenez", se faz
pobre, convidando-nos a segui-lo no caminho da humildade para "encontrá-lo
e servi-lo com misericórdia nos irmãos e irmãs mais necessitados". Os
anjos e o Cometa, assinala novamente Francisco, são um sinal de que
"também nós somos chamados a partir para chegar à gruta e adorar o
Senhor". Enquanto os pastores dizem que são "os mais humildes e
pobres que sabem acolher o acontecimento da Encarnação" e as estatuetas
dos artesãos falam de "santidade cotidiana", da "alegria de
fazer as coisas cotidianas de uma maneira extraordinária, Jesus compartilha
conosco sua vida divina". O presépio narra assim "o Deus que se fez
menino para nos dizer quão próximo ele está de cada ser humano, em qualquer
condição que ele se encontre", e para nos dizer que "nisto está a
felicidade".
Fonte:
Vatican News
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