Depois de 15 meses sem
realizar viagens apostólicas devido à pandemia, o Papa Francisco retomará suas
peregrinações em março de 2021 para visitar o Iraque.
Vatican
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Uma
viagem tão desejada pelo Papa Francisco poderá se concretizar finalmente em
2021. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou que o
Pontífice visitará o Iraque de 5 a 8 de março do próximo ano, acolhendo o
convite do presidente do país e da Igreja Católica local.
A
viagem levará em consideração a evolução da pandemia do coronavírus e o
programa detalhado será publicado proximamente. Durante quatro dias, Francisco
visitará Bagdá, a região de Ur, ligada à memória de Abraão, a cidade de Irbil,
Mosul e Qaraqosh, na planície de Nínive.
Desejo manifestado em 2019
Em 10 junho de 2019, o Papa expressou publicamente seu desejo de
visitar o país aos participantes da Plenária da Reunião das Obras de Ajuda às
Igrejas Orientais (Roaco).
“Um pensamento insistente me acompanha pensando no Iraque, onde
tenho o desejo de ir no próximo ano, para que possa olhar adiante através
da participação pacífica e partilhada na construção do bem comum de todos as
componentes religiosas da sociedade, e não caia novamente em tensões que vêm
dos conflitos intermináveis de potências regionais”.
Em junho de 2019, o Presidente do Iraque, Barham Salih, ao
receber o patriarca caldeu, cardeal Louis Raphael Sako, afirmou que a visita do
Papa seria um "evento histórico". Por sua vez, o cardeal falou da
alegria dos iraquianos em receber o Pontífice, afirmando que a visita abrirá a
porta para uma nova mentalidade de paz.
Cristãos no Iraque
Em 25 de janeiro deste ano, Francisco recebeu em audiência no
Vaticano o presidente iraquiano.
Nos colóquios, foi destacada a importância de preservar a
presença histórica dos cristãos no país, do qual são parte integrante, e a
significativa contribuição que dão à reconstrução do tecido social, destacando
a necessidade de lhes garantir segurança e um lugar no futuro do Iraque.
Falou-se ainda sobre os vários conflitos e as graves crises
humanitárias que afligem a Região, sublinhando a importância dos esforços
feitos com o apoio da comunidade internacional para restabelecer a confiança e
a convivência pacífica.
Antes de 2003, quando teve início a guerra que levou à queda de
Saddam Hussein, os cristãos no Iraque eram quase 1 milhão e meio. Com a guerra,
atualmente não chegam a meio milhão.
Nem mesmo São João Paulo II visitou o país. Ur dos Caldeus
deveria ser a primeira etapa da peregrinação jubilar no ano 2000, programada de
1º a 3 de dezembro de 1999. Mas não foi realizada por decisão de Saddam Hussein
de adiar a visita
Fonte: Vatican News
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