A
lei, que já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados há duas semanas, prevê
que as gestantes tenham acesso ao aborto legal até a 14ª semana após a
assinatura do consentimento por escrito. "Essa lei que foi votada
aprofundará ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o
distanciamento de parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou
de diversas maneiras a favor da vida em todo o nosso país", diz uma nota
da Conferência Episcopal, divulgada nesta quarta-feira.
Isabella
Piro – Vatican News
Com
38 votos a favor e 29 contra, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta
quarta-feira, 30, a lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. Assim, o
aborto torna-se legal no país.
A medida, previamente aprovada pela Câmara dos Deputados, foi
autorizada após doze horas de debate. Não ouvida, portanto, a voz dos bispos
que em várias ocasiões, por longos meses, reiteraram a importância de proteger
a vida desde a concepção.
Comunicado da Conferência Episcopal
Nesta quarta-feira, a Conferência Episcopal da Argentina
divulgou a seguinte nota à imprensa:
Com
38 votos a favor e 29 contra, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta
quarta-feira, 30, a lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. Assim, o
aborto torna-se legal no país.
A medida, previamente aprovada pela Câmara dos Deputados, foi
autorizada após doze horas de debate. Não ouvida, portanto, a voz dos bispos
que em várias ocasiões, por longos meses, reiteraram a importância de proteger
a vida desde a concepção.
Comunicado da Conferência Episcopal
Nesta quarta-feira, a Conferência Episcopal da Argentina
divulgou a seguinte nota à imprensa:
A
Igreja na Argentina quer ratificar conjuntamente com irmãos e irmãs de
diferentes credos e também muitos não crentes, que continuará a trabalhar com
firmeza e paixão no cuidado e serviço à vida. Essa lei que foi votada
aprofundará ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o
distanciamento de parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou
de diversas maneiras a favor da vida em todo o nosso país.
Temos
a certeza de que nosso povo continuará sempre a escolher toda a vida e todas as
vidas. E junto com ele continuaremos trabalhando pelas prioridades autênticas
que requerem atenção urgente em nosso país: crianças que vivem na pobreza em
número cada vez mais alarmante, o abandono da escolaridade por muitos deles, a
premente pandemia de fome e desemprego que afeta numerosas famílias, bem como a
dramática situação dos aposentados, que veem seus direitos mais uma vez
violados.
Abraçamos
cada argentina e cada argentino; também os deputados e senadores que
corajosamente se manifestaram a favor do cuidado de toda a vida. Defendê-la
sempre, sem esmorecer, nos permitirá construir uma nação justa e solidária,
onde ninguém é descartado e na qual seja possível viver uma verdadeira cultura
do encontro.
Manifestações em defesa da sacralidade da vida
Enquanto se aguardava o resultado da votação, era realizada uma
manifestação em frente ao Senado, na presença de milhares de católicos,
evangélicos e membros de organizações que trabalham pela proteção da vida,
reunidos sob o lema “Por um #Natal sem aborto: façamos história de novo”.
Outras mobilizações e momentos de oração foram realizados em várias províncias
do país, também em adesão ao "Dia de jejum e oração" promovido pela
Conferência Episcopal Argentina para o dia 28 de dezembro, memória litúrgica
dos Santos Inocentes mártires.
Nas homilias das Missas daquele dia, vários prelados reafirmaram
a sacralidade da vida e a necessidade de protegê-la, instando os legisladores a
suspender o projeto de lei em debate. O arcebispo de Corrientes, Dom Andrés
Stanovnik, por exemplo, reiterou que “a vida é sempre um dom de Deus e como tal
é sempre bem-vinda”. “Verdade, liberdade, justiça e amor andam de mãos dadas -
acrescentou - porque são valores inerentes à dignidade da pessoa, desde a
concepção até a morte natural”.
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