quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

OS BISPOS REITERAM: VIDA É INVIOLÁVEL DESDE A CONCEPÇÃO

 


A lei, que já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados há duas semanas, prevê que as gestantes tenham acesso ao aborto legal até a 14ª semana após a assinatura do consentimento por escrito. "Essa lei que foi votada aprofundará ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o distanciamento de parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou de diversas maneiras a favor da vida em todo o nosso país", diz uma nota da Conferência Episcopal, divulgada nesta quarta-feira.

Isabella Piro – Vatican News

Com 38 votos a favor e 29 contra, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quarta-feira, 30, a lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. Assim, o aborto torna-se legal no país.

A medida, previamente aprovada pela Câmara dos Deputados, foi autorizada após doze horas de debate. Não ouvida, portanto, a voz dos bispos que em várias ocasiões, por longos meses, reiteraram a importância de proteger a vida desde a concepção.

Comunicado da Conferência Episcopal

 

Nesta quarta-feira, a Conferência Episcopal da Argentina divulgou a seguinte nota à imprensa:

Com 38 votos a favor e 29 contra, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quarta-feira, 30, a lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. Assim, o aborto torna-se legal no país.

A medida, previamente aprovada pela Câmara dos Deputados, foi autorizada após doze horas de debate. Não ouvida, portanto, a voz dos bispos que em várias ocasiões, por longos meses, reiteraram a importância de proteger a vida desde a concepção.

Comunicado da Conferência Episcopal

 

Nesta quarta-feira, a Conferência Episcopal da Argentina divulgou a seguinte nota à imprensa:

A Igreja na Argentina quer ratificar conjuntamente com irmãos e irmãs de diferentes credos e também muitos não crentes, que continuará a trabalhar com firmeza e paixão no cuidado e serviço à vida. Essa lei que foi votada aprofundará ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o distanciamento de parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou de diversas maneiras a favor da vida em todo o nosso país.

Temos a certeza de que nosso povo continuará sempre a escolher toda a vida e todas as vidas. E junto com ele continuaremos trabalhando pelas prioridades autênticas que requerem atenção urgente em nosso país: crianças que vivem na pobreza em número cada vez mais alarmante, o abandono da escolaridade por muitos deles, a premente pandemia de fome e desemprego que afeta numerosas famílias, bem como a dramática situação dos aposentados, que veem seus direitos mais uma vez violados.

Abraçamos cada argentina e cada argentino; também os deputados e senadores que corajosamente se manifestaram a favor do cuidado de toda a vida. Defendê-la sempre, sem esmorecer, nos permitirá construir uma nação justa e solidária, onde ninguém é descartado e na qual seja possível viver uma verdadeira cultura do encontro.

Manifestações em defesa da sacralidade da vida

 

Enquanto se aguardava o resultado da votação, era realizada uma manifestação em frente ao Senado, na presença de milhares de católicos, evangélicos e membros de organizações que trabalham pela proteção da vida, reunidos sob o lema “Por um #Natal sem aborto: façamos história de novo”. Outras mobilizações e momentos de oração foram realizados em várias províncias do país, também em adesão ao "Dia de jejum e oração" promovido pela Conferência Episcopal Argentina para o dia 28 de dezembro, memória litúrgica dos Santos Inocentes mártires.

Nas homilias das Missas daquele dia, vários prelados reafirmaram a sacralidade da vida e a necessidade de protegê-la, instando os legisladores a suspender o projeto de lei em debate. O arcebispo de Corrientes, Dom Andrés Stanovnik, por exemplo, reiterou que “a vida é sempre um dom de Deus e como tal é sempre bem-vinda”. “Verdade, liberdade, justiça e amor andam de mãos dadas - acrescentou - porque são valores inerentes à dignidade da pessoa, desde a concepção até a morte natural”.

Nenhum comentário: