NA FESTA DE SANTO ESTÊVÃO, PAPA PEDE ORAÇÃO PELOS PERSEGUIDOS PELA FÉ EM JESUS
No
Angelus na festa de Santo Estêvão, o Papa Francisco deu destaque aos gestos que
mudam a história, mesmo os pequenos, pois abrem as portas para a luz de Jesus.
Jackson
Erpen – Vatican News
“Santo Estêvão, enquanto
recebia as pedras do ódio, retribuía com palavras de perdão. Assim mudou a
história. Também nós podemos a cada dia transformar o mal em bem”.
No Angelus na
festa de Santo Estêvão, o Papa Francisco propôs como modelo o testemunho do
primeiro mártir do cristianismo, enfatizando que “gestos de amor mudam a
história, mesmo aqueles pequenos”, e que “Deus guia a história pela coragem
humilde de quem reza, ama e perdoa.”
Com a Praça São Pedro praticamente deserta devido às medidas
adotadas pelo governo italiano neste período festivo, para conter o contágio do
coronavírus, a oração do Angelus neste
sábado foi rezada na Biblioteca do Palácio Apostólico, e não da janela do
apartamento pontifício.
A testemunha reflete a luz de Jesus
Dirigindo-se a quem o acompanhava pelos meios de comunicação, o
Pontífice começou falando de Santo Estêvão, como a “testemunha de Jesus”, “que
brilha na escuridão", mas não tem luz própria:
As
testemunhas brilham com a luz de Jesus, não têm luz própria. Também a Igreja
não tem luz própria. Por isso os antigos Padres chamavam a Igreja de "o
mistério da lua". Como a lua não tem luz própria, as testemunhas não têm
luz própria, são capazes de pegar a luz de Jesus e refleti-la. Estêvão
é falsamente acusado e brutalmente apedrejado, mas na escuridão do ódio,
que havia naquele tormento da lapidação, faz resplandecer a luz de Jesus: reza
por seus assassinos e os perdoa, como Jesus na Cruz. É o primeiro mártir, isto
é, a primeira testemunha, o primeiro de uma lista de irmãos e irmãs que, até
hoje, continuam a iluminar nas trevas: pessoas que respondem ao mal com o bem,
que não cedem à violência e à mentira, mas quebram a espiral do ódio com a
mansidão do amor.
“Essas testemunhas iluminam
a aurora de Deus nas noites do mundo.”
“Mas - pergunta Francisco - como se torna uma testemunha?”. “Imitando
Jesus, pegando luz de Jesus", responde. "Esse é o caminho para todo
cristão: imitar Jesus, pegar a luz de Jesus. Santo Estêvão dá-nos o exemplo
(...). Ele tenta imitar o Senhor todos os dias e o faz até o final: como Jesus,
é capturado, condenado e morto fora da cidade e, como Jesus, reza e perdoa.
Enquanto está sendo apedrejado, diz: «Senhor, não lhes leve em conta esse
pecado». Estêvão é testemunha porque imita Jesus”.
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