“Só os crucificados pelo
amor, como o foi Jesus na Cruz, são capazes de ajudar os crucificados da
história com palavras e ações eficazes”. Mensagem do Papa Francisco por ocasião
do III Centenário da Fundação da Congregação da Paixão de Jesus Cristo
(Passionistas)
Jane Nogara - Vatican
News
O Papa Francisco
enviou uma mensagem por ocasião do III Centenário da Fundação da Congregação da
Paixão de Jesus Cristo, os Passionistas. A mensagem foi endereçada ao Superior
Geral o Reverendo Padre Joachim Rego e o Santo Padre inicia recordando que as
celebrações jubilares “oferecem a oportunidade de unir-me espiritualmente com
sua alegria pelo dom da vocação recebida para viver e proclamar a memória da
Paixão de Cristo, tornando o Mistério Pascal o centro de sua vida”. Em seguida
pondera que “para que o carisma dure é necessário fazê-lo aderir às novas
exigências, mantendo vivo o poder criativo inicial” da Congregação.
Nova linguagem para anunciar o amor do Crucificado
“Este
significativo jubileu – continua o Papa - representa uma oportunidade
providencial para se lançar em novas metas apostólicas, sem ceder à tentação de
‘deixar as coisas como estão’. O contato com a Palavra de Deus em oração
e a leitura dos sinais dos tempos em eventos cotidianos, fará com que vocês
possam perceber o sopro criativo do Espírito”. “Todos sabemos que vivemos hoje
em um mundo onde nada é como era antes”, afirma o Papa exortando os
Passionistas a “identificar novos estilos de vida e novas formas de linguagem
para anunciar o amor do Crucificado, testemunhando assim o coração de sua
identidade”.
Gratidão,
profecia e esperança
Francisco
recordou que as recentes reflexões capitulares da Congregação levaram a um
compromisso para a “renovação da missão” focalizando “três percursos: a
gratidão, a profecia e a esperança”.
Depois de
recordar que a gratidão dos religiosos “é fruto da memoria passionais” e a
profecia é “pensar e falar no Espírito” aprofunda o tema da esperança que é
“ver na semente que morre a espiga que produz trinta, sessenta, cem por cento.
Trata-se de perceber – continua o Papa - que em suas comunidades religiosas e
paroquiais, cada vez menores, a ação generativa do Espírito continua, o que nos
torna certos da misericórdia do Pai que não nos abandona”.
“A esperança é rejubilar
pelo que existe, em vez de reclamar do que está faltando. Em qualquer caso,
‘não se deixem roubar a alegria da evangelização’”
"Desejo
que os membros de seu Instituto possam se sentir "marcados pelo fogo"
da missão enraizada na memoria
passionis, como seu Fundador, São Paulo da Cruz, que define a
Paixão de Jesus como "a maior e mais bela obra do amor de Deus".
Compromisso
com os crucificados do nosso tempo
E convida
os religiosos: “Não deixem de focalizar o compromisso de vocês com as
necessidades da humanidade. Que este pedido missionário seja dirigido sobretudo
para os crucificados do nosso tempo: os pobres, os fracos, os oprimidos e os
rejeitados pelas muitas formas de injustiça. A implementação desta tarefa exigirá
de sua parte um esforço sincero de renovação interior que vem da relação
pessoal com o Crucificado Ressuscitado. Só os crucificados pelo amor, como o
foi Jesus na Cruz, são capazes de ajudar os crucificados da história com
palavras e ações eficazes”.
E
Francisco explica:
“Não é
possível convencer os outros do amor de Deus somente através de um anúncio
verbal e informativo. Precisamos de gestos concretos que nos façam experimentar
esse amor em nosso próprio amor que se doa, compartilhando situações crucificadas,
mesmo gastando nossas vidas até o fim, deixando claro que entre o anúncio e sua
aceitação na fé corre a ação do Espírito Santo”.
Por fim o
Papa envia sua bênção:
“Confio
vocês à Mãe do Crucificado-Ressuscitado, figura da Igreja, e invocando a intercessão
do seu Fundador, São Paulo da Cruz, e dos Santos e Beatos Passionistas, concedo
cordialmente a Bênção Apostólica a toda a família Passionista”.
Fonte: Vatican News
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