O trabalho de promoção e
defesa da vida desenvolvido pela Pastoral Familiar tem nova proposta e nova
identidade. A partir de agora, essa atuação pastoral terá o nome de “serviço à
vida” e consistirá numa ação contínua e permanente de articulação da Pastoral
Familiar que também vai considerar o “cuidado” com a vida.
A nova proposta
foi apresentada pelo bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, durante encontro virtual de formação, na
ultima terça-feira, 24 de novembro, com os escolhidos para atuar no serviço à
vida em todos os regionais do Brasil.
Dom Ricardo apresentou o
material que norteará a “assimilação do carisma pelo
qual nós queremos viver dentro da dimensão vida e família o serviço à vida”.
Tal carisma, segundo dom Ricardo, deve ter “uma
identidade, uma expressão, uma linguagem”, o que está em construção
a partir do material estudado durante o encontro.
A ideia do serviço à vida parte da exortação apostólica Familiaris
Consortio, do Papa João Paulo II. O documento propõe quatro deveres essenciais
para fortalecer o sentido da família na vida cristã: a formação de uma comunidade
de pessoas; o serviço à vida; a participação no desenvolvimento da sociedade; e
a a participação na vida e na missão da Igreja.
“Desses
quatro deveres, destacamos neste projeto, o SERVIÇO À VIDA, como fundamento
para organizarmos nossa Pastoral Familiar em nível Nacional com ações concretas
para a promoção, defesa e cuidado da vida dentro do agir pastoral, em coerência
com os documentos da Igreja: ‘Assim a tarefa fundamental da família é o serviço
à vida’ (FC n.28)”, destaca o material.
A expressão SERVIÇO
À VIDA caracteriza muito bem a proposta da Comissão Vida e Família no
organograma da Pastoral Familiar, tendo em vista que, pela abrangência e
multiplicidade de iniciativas e ações no Brasil, a dimensão da vida precisa ser
expressa de maneira a abarcar e envolver todos os trabalhos afins.
Atualmente, são
encontrados diversos exemplos de serviço à vida, como as casas pró-vida, casas
de acolhida, observatórios de Bioética, associações, comissões diocesanas de
defesa da vida e muitas outras atividades. A expressão SERVIÇO À VIDA, dessa
forma, contempla e abraça a todas essas iniciativas, pois trata-se de um
serviço permanente e integral que perpassa todas as ações da Pastoral Familiar.
Dom Ricardo
Hoepers destaca, no entanto, que o serviço à vida não é uma nova estrutura. “Não estamos criando nenhum trabalho paralelo,
não estamos criando nada de novo, não estamos criando mais um setor, não
estamos criando nenhum movimento. Estamos sim organizando o nosso trabalho de
promoção, de defesa e de cuidado no serviço à vida dentro da Pastoral Familiar.
É muito importante essa perspectiva que é fundamental de unidade”,
sustentou o bispo, que ainda sublinhou no material oferecido o caráter
transversal do serviço.
Casais
cooperadores
Para articular o serviço à vida, a Pastoral Familiar conta,
desde o primeiro semestre, com casais escolhidos para esta missão. Dom Ricardo
ressaltou a identidade proposta para estes agentes: casais cooperadores do SERVIÇO À VIDA. A
origem da expressão também está na Familiaris
Consortio, no segundo capítulo, sobre a transmissão da vida, quando
São João Paulo II fala dos “Cooperadores do amor de Deus criador” (FC n. 28).
“Este casal será responsável em
motivar, organizar e participar de atividades pastorais que vão promover,
defender e cuidar dos temas relacionados os dilemas da vida propostas pela
Comissão Vida e Família da CNBB”.
O material indica que o casal
cooperador terá a responsabilidade de atuar como
uma “ponte” entre as propostas da Pastoral Familiar Nacional com os Regionais e
Dioceses, com as demais Pastorais, como a da Criança, da Pessoa Idosa, da AIDs
e da Saúde.
Após três
formações realizadas nos últimos meses, o grupo que atuará na cooperação no
serviço à vida iniciará no levantamento de iniciativas e situações que mereçam
atenção no âmbito local.
Texto: Comissão Nacional da Pastoral Familiar - CNPF
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