Está disponível para
download o texto da meditação apresentada pelo cardeal José Tolentino de
Mendonça aos bispos do Brasil, na manhã de ontem, 26 de novembro, quando a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu um encontro virtual.
Sua reflexão foi intitulada “Parábolas para um tempo novo” e partiu “da pausa
reflexiva que Jesus faz em seu discurso”, considerando o contexto da pandemia
que o mundo enfrenta na atualidade, “a dureza, a dificuldade, o pesado e
sofrido o caminho que o povo de Deus está fazendo nessa hora”.
Dom José
Tolentino de Mendonça é um cardeal português e é o arquivista do Arquivo Apostólico do Vaticano e bibliotecário da
Biblioteca Apostólica Vaticana.
A pausa citada
por dom Tolentino em sua meditação é um tipo de comunicação que Jesus utiliza
algumas vezes nos Evangelhos, “como que precisasse escutar melhor, ajustar o
discurso à realidade”. O cardeal então toma do capítulo 13 do Evangelho de São
Lucas o versículo 18: “’A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo?’”.
Esta pergunta
de Jesus é retomada durante toda a meditação, que também refletiu sobre que
parábolas e comparações podem hoje aproximar o Reino de Deus da nossa linguagem
e da nossa experiência vital.
“Que tempo
é este que estamos a viver? A que o havemos de comparar? Podemos, efetivamente,
olhar apenas para o assédio devastador desta crise que começa por ser
sanitária, mas que depressa contaminou tantos outros âmbitos, tornando-se uma
crise poliédrica: económica, social, política, eclesial, civilizacional. Ou
podemos perceber, numa leitura crente e esperançada da história como o faz Deus
incansavelmente, que esta hora, com todos os seus constrangimentos é afinal um kairós, uma oportunidade para
relançar a nossa aliança com a vida”, refletiu o cardeal Tolentino de Mendonça.
Este tempo de
pandemia, segundo dom José Tolentino, “não é só uma estação para gerir aflições
crescentes: é também a ocasião em que Deus nos ordena que arrisquemos como
Igreja e que compremos um campo novo”.
Confira o texto
na íntegra:
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