REDAÇÃO
CENTRAL, 05 out. 20 / 05:00 am (ACI).- "As almas que
divulgam o culto da Minha misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como
uma terna mãe defende o seu filhinho e, na hora da morte, não serei para elas
Juiz, mas sim, Salvador misericordioso”, disse o Senhor à sua serva Santa
Faustina Kowalska, cuja festa é celebrada neste dia 5 de outubro.
Foi a esta
santa que Jesus revelou o desejo de instituir a Festa da Divina Misericórdia,
sua devoção, bem como a imagem de Jesus Misericordioso.
Santa
Faustina nasceu na Polônia em 1905. No dia em que foi receber a Primeira
Comunhão, beijou as mãos de seus pais para demonstrar sua pena por tê-los
ofendido. Costumava ajudar em casa com as tarefas da cozinha, ordenhando as
vacas e cuidando de seus irmãos.
Frequentou a
escola, mas só pôde completar três trimestres porque foi dada uma ordem que os
alunos mais velhos tinham que sair para dar lugar às crianças mais novas.
Aos 15 anos,
começou a trabalhar como empregada doméstica e sentiu mais fortemente o chamado
à vocação religiosa. Contou esta inquietude a seus pais em várias ocasiões, mas
eles se opuseram.
Assim,
entregou-se às vaidades da vida, sem fazer caso do chamado que experimentava,
até que escutou a voz de Jesus que lhe pediu para deixar tudo e ir a Varsóvia
para entrar em um convento.
Sem
despedir-se pessoalmente de seus pais, foi para Varsóvia apenas com um vestido.
Lá, falou com um sacerdote, o qual conseguiu hospedagem na casa de uma
paroquiana. Batia à porta de vários conventos, mas era rejeitada.
Foi recebida
na Casa Mãe da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, mas
antes teve que trabalhar como doméstica um ano para pagar seu ingresso. Poucas
semanas depois, teve a tentação de deixar o convento e teve uma visão na qual Jesus
apareceu com seu rosto destroçado e coberto de chagas.
Ela
perguntou: “Jesus, quem te feriu tanto?”. O Senhor respondeu: “Esta é a dor que
me causaria deixar este convento. É aqui onde te chamei e não a outro; e tenho
preparadas para ti muitas graças”.
Mais tarde,
foi enviada para o noviciado, tomou o hábito religioso e chegou a pronunciar
seus primeiros votos e os perpétuos. Entre suas irmãs, serviu como cozinheira,
jardineira e até mesmo porteira.
A esta
simples mulher, piedosa, mas também alegre e caritativa, Jesus apareceu em
diversas ocasiões mostrando-lhe o seu infinito amor misericordioso pela
humanidade. Da mesma forma, Deus lhe concedeu estigmas ocultos, dons de
profecia, revelações e o Terço da Divina Misericórdia.
“Nem as
graças, nem as revelações, nem os êxtases, nem nenhum outro dom concedido à
alma a fazem perfeita, mas sim a comunhão interior com Deus... Minha santidade
e perfeição consistem na íntima união da minha vontade com a vontade de Deus”,
escreveu uma vez.
Em 5 de
outubro de 1938, após longos sofrimentos suportados com grande paciência,
partiu para a Casa do Pai. No ano 2000, foi canonizado pelo seu compatriota
João Paulo II, que estabeleceu o segundo domingo de Páscoa como “Domingo da
Divina Misericórdia”.
Fonte:
ACI Digital
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