“Cada
um, em virtude do Batismo, é chamado a ser uma presença viva na sociedade,
animando-a com o Evangelho e com a força vital do Espírito Santo”. Palavras do
Papa Francisco na reflexão do Angelus deste domingo 18 de outubro
Jane Nogara – Vatican News
A passagem do Evangelho de São Mateus, na qual
Jesus luta contra a hipocrisia de seus adversários que o elogiam, inspirou a
reflexão do Papa no Angelus deste XXIX Domingo do Tempo Comum, quando recordou
que Jesus sabia que queriam “colocá-lo em apuros ao fazer-lhe a pergunta
insidiosa: ‘É lícito, ou não, pagar imposto a César?’”. “Porém Jesus, conhece a
malícia e sai da armadilha. Pede a eles que lhe mostrem a moeda do imposto, ele
a toma em suas mãos e pergunta: de quem é esta imagem impressa. Eles respondem que
é de César, ou seja, do Imperador. Então Jesus responde: "Devolvei o que é
de César a César e a Deus o que é de Deus".
Então o Papa explica:
“Com
esta resposta, Jesus coloca-se acima da polêmica. Por um lado, ele reconhece
que o imposto a César deve ser pago, porque a imagem na moeda é sua; mas, acima
de tudo, ele lembra que cada pessoa traz dentro de si uma outra imagem, a de
Deus, e por isso é a Ele, e somente a Ele, que todos estão endividados com sua
própria existência”
Francisco
pondera que nesta sentença “encontramos não apenas o critério da distinção
entre as esferas política e religiosa, mas também diretrizes claras para a
missão dos crentes de todos os tempos, até mesmo para nós hoje". Assim
como o pagamento de impostos é um dever do cidadão, continua o Pontífice, o
mesmo acontece com a afirmação da “primazia de Deus na vida e na história
humana, respeitando o direito de Deus ao que lhe pertence”.
Presença viva na sociedade
Francisco pondera: “Disso deriva a missão da Igreja e dos
cristãos: falar de Deus e dar testemunho dele aos homens e mulheres de seu
tempo”.
Afirmando em seguida:
“Cada um, em virtude do
Batismo, é chamado a ser uma presença viva na sociedade, animando-a com o
Evangelho e com a força vital do Espírito Santo”
Fazendo um caloroso apelo aos cristãos: “Trata-se de
comprometer-se com humildade e, ao mesmo tempo, com coragem, dar sua própria
contribuição para a construção da civilização do amor, onde reina a justiça e a
fraternidade”.
Que Maria Santíssima ajude a todos a fugir de
toda hipocrisia e a serem cidadãos honestos e construtivos. E sustente a nós,
discípulos de Cristo na missão de testemunhar que Deus é o centro e o sentido
da vida”.
Fonte: Vatican News
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