O
Pontífice irá na tarde deste sábado, véspera da festa de São Francisco, à
cidade da Úmbria onde assinará a Encíclica “Fratelli tutti” no túmulo do Santo.
Pe. Mauro Gambetti, custódio do Sagrado Convento: Francisco ama voltar a este
lugar para relançar temas que lhe são caros.
Antonella Palermo - Assis
O Papa Francisco visitará a cidade de Assis, na
tarde deste sábado (03/10), terra familiar ao Pontífice, onde as dimensões
local e global se encontram, e a mística se torna arte. Pela quarta vez, o Papa
que escolheu o nome do santo da Úmbria, voltará a Assis, encruzilhada milenar
de peregrinos, onde as iniciativas de promoção da paz e amizade entre os povos
são periódicas há décadas.
Uma visita no tempo da pandemia
À sua chegada, prevista para as 14h40, no Sagrado
Convento, além da saudação do bispo da cidade da Úmbria, dom Domenico
Sorrentino, também haverá a saudação do cardeal Agostino Vallini, legado
pontifício para as basílicas de São Francisco e Santa Maria dos Anjos, em
Assis. No respeito das normas para evitar a difusão do coronavírus, cerca de
vinte frades participarão da celebração eucarística na cripta da Basílica, sem
outros fiéis. A liturgia será a da festa de São Francisco. Em seu túmulo, no
final da missa, haverá a assinatura da encíclica “Fratelli tutti”. Está
previsto no claustro o encontro com a comunidade franciscana conventual e
depois o retorno do pontífice ao Vaticano.
O convite a um horizonte inclusivo
nas relações
“Os
nossos corações estão dilatados de alegria. Estamos muito agradecidos ao Papa.
Ele ama voltar a este lugar para relançar temas que lhe são caros”, disse o pe.
Mauro Gambetti, Custódio do Sagrado Convento de Assis. Ele recordou a Encíclica
Laudato si' inspirada na “espiritualidade franciscana que tem uma conexão de
todos e de tudo”. O sacerdote não esconde que existe também um pouco de
apreensão. “Estamos muito atentos nesse período”, disse. pe. Gambetti,
destacando que o documento sobre a fraternidade e a amizade social, em seu
título, “aponta para um horizonte inclusivo no qual somos convidados a
mergulhar. Como uma mãe, um ventre que protege, nutre e educa a vida. Se
pudéssemos aprender a lidar com as áreas da vida social e a orientá-las nos
princípios da fraternidade universal, resolveríamos os problemas do mundo, sentiríamos
alegria por todos. Se estivéssemos realmente atentos ao outro, estivéssemos
preocupados com a valorização das diferenças, da reciprocidade, realizaríamos o
sonho do coração humano, estar no Paraíso desde agora, numa harmonia de
relações em que cada pessoa tem direito à cidadania, toda vida é acolhida,
apoiada e promovida. A pandemia nos restituiu aquele horizonte de conexão que
pensávamos superar”.
Fonte: Vatican News
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