O
documento tem o subtítulo "Sobre a fraternidade e a amizade social" e
será assinado após a missa que o Papa celebrará na Basílica franciscana. A
cerimônia não terá a presença de fiéis no respeito da atual situação sanitária.
Alessandro De Carolis – Vatican News
Sobre
o túmulo do Santo que viu a fraternidade em cada criatura de Deus e a
transformou em um canto sem tempo. Inicia dali a nova etapa do Magistério do
Papa que escolheu carregar o nome do Santo da Úmbria. Depois da “Lumen fidei”
(2013) e “Laudato si'” (2015) - que ecoa no título o início do Cântico dos
Cânticos - desta vez é a cidade do Pobrezinho que batizará a terceira Encíclica
“Fratelli tutti” (Todos irmãos)..., que o Papa assinará na tarde do dia
3 de outubro, depois de chegar a Assis às 15h e celebrar a Santa Missa na
Basílica inferior. Uma celebração ainda condicionada pela pandemia, já que a
Prefeitura da Casa Pontifícia refere em uma declaração o desejo de Francisco de
que a visita "se realize de forma privada, sem qualquer participação dos
fiéis", "por causa da situação de saúde".
A citação de São Francisco da qual é tirado o título da
Encíclica
No coração de um magistério
O título do último documento se refere a um valor central do
Magistério de Francisco, que na noite de sua eleição, 13 de março de 2013, se
apresentou ao mundo com a palavra "irmãos". E irmãos são os
invisíveis que ele abraça em Lampedusa, os imigrantes, em sua primeira saída
como Pontífice. Também Shimon Peres e Abu Mazen que apertam juntos a mão com o
Papa em 2014 são um exemplo dessa fraternidade que tem a paz como meta. Até a
Declaração de Abu Dhabi do ano passado, também neste caso um documento sobre a
"fraternidade humana" que, disse Francisco, "nasce da fé em Deus
que é Pai de todos e Pai da paz".
Sorrentino: do gesto do Papa, a força
para recomeçar
Com a de 3 de outubro serão quatro as visitas do Papa a Assis,
após as etapas de 4 de outubro de 2013 e a dupla visita de 2016, 4 de agosto e
20 de setembro. Um retorno que o bispo da cidade, dom Domenico Sorrentino, espera
com "emoção e gratidão", como se lê em uma declaração. "Enquanto
o mundo sofre uma pandemia que coloca tantos povos em dificuldade e nos faz
sentir irmãos na dor, não podemos deixar de sentir a necessidade de nos
tornarmos acima de tudo irmãos no amor", escreve dom Sorrentino, que fala
da "fraternidade cósmica" de São Francisco. "Este gesto do Papa
Francisco - conclui o bispo de Assis - nos dá nova coragem e força para
'reiniciar' em nome da fraternidade que nos une a todos".
Fonte: Vatican News
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