REDAÇÃO
CENTRAL, 21 set. 20 / 06:00 am (ACI).- Há 67 anos, em uma
data como esta, festa do Apóstolo São Mateus, o Papa Francisco descobriu seu
chamado à vida sacerdotal, acontecimento cujos
detalhes ele mesmo contou durante a Vigília de Pentecostes em 2013.
Participaram daquela
Vigília alguns representantes de diversos movimentos e associações eclesiais
que tiveram um diálogo com o Papa. Entre eles, uma jovem perguntou a Francisco:
“Como alcançou na sua vida a certeza da fé?”.
Francisco explicou que
um dia “muito importante” em sua vida foi o dia 21 de setembro de 1953, era o
dia do estudante na Argentina, o qual coincide com o dia da primavera, que se
celebra com uma grande festa.
“Antes de ir à festa
passei em frente à paróquia que eu frequentava e encontrei um sacerdote que eu
não conhecia e senti a necessidade de me confessar, e esta foi para mim uma
experiência de encontro, encontrei alguém que me esperava”.
“Não sei o que
aconteceu, não lembro, não sei por que esse sacerdote estava ali ou por que
senti esta necessidade de me confessar, mas a verdade é que alguém me esperava,
estava me esperando desde muito tempo e depois da confissão senti que algo
havia mudado”.
“Eu não era o mesmo,
havia sentido uma voz, um chamado. Fiquei convencido de que tinha que ser
sacerdote, e esta experiência na fé é importante”, contou o Santo Padre.
Mais tarde, como
recordação deste acontecimento, ao ser nomeado Bispo, Bergoglio escolheu como
lema uma expressão de São Beda, que faz referência ao chamado de São Mateus,
cuja festa é celebrada justamente no dia 21 de setembro: “miserando atque
eligendo” (Olhou-o com misericórdia e o escolheu).
Atualmente, o Papa
Francisco conserva esta frase em seu escudo pontifício. Do mesmo modo, sempre
recomenda aos fiéis lerem o Evangelho de Mateus e, de maneira especial, o
capítulo 25 das obras de misericórdia.
Há quatro anos, na Missa celebrada em Holguín (Cuba) na festa
de São Mateus, o Papa Francisco destacou que quando o Senhor passou perto do
evangelista “parou diante dele e sem pressa o olhou com paz, com olhos de
misericórdia; olhou para ele como ninguém nunca havia olhado. E esse olhar
abriu seu coração, o libertou e curou, deu-lhe uma esperança, uma nova vida”.
“Embora não tenhamos a
coragem de levantar o olhar ao Senhor, Ele sempre nos olha primeiro. É nossa
história pessoal; assim como a muitas pessoas, cada um de nós pode dizer: eu
também sou um pecador em quem Jesus colocou o seu olhar”.
Neste sentido, exortou
os fiéis a se deixarem olhar por Jesus. “Deixemo-nos olhar pelo Senhor na
oração, na Eucaristia, na Confissão, em nossos irmãos,
especialmente naqueles que se sentem desprezados e sozinhos. E aprendamos a
olhar como Ele nos olha”.
Fonte:
ACI Digital
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