Já tradicional no dia da
Pátria, o Grito dos Excluídos chegou à sua 26ª edição desafiado pela pandemia
do novo coronavírus. Neste ano, algumas novidades foram inseridas nesta
mobilização que marca o Dia da Independência do Brasil.
A primeira inovação deste ano foi o chamado “Dia D do Grito”, sempre no dia 7 de cada mês, antes e
depois do 7 de setembro. A outra, é a realização de eventos virtuais, uma saída
diante da necessidade de evitar aglomerações.
O tema permanente do Grito dos
Excluídos é “Vida em primeiro lugar”. Neste ano, o lema é “Basta de Miséria, Preconceito
e Repressão! Queremos Trabalho, Terra, Teto e Participação!”
E assim acontecerá em várias partes do país. A coordenação do
Grito dos Excluídos está animando grupos que em todo Brasil estão encontrando
formas criativas para realizar mobilizações presenciais e organizadas
coletivamente ou transmitidas pelos meios digitais. “O Grito já está
acontecendo de várias formas. Temos a indicação de que no dia 7 de setembro a
gente coloque um pano preto em nossas portas, em nossas janelas, coloque
cartazes com essas denúncias ou anunciando o que nós queremos. Vai ter
mobilização de rua, com todos os cuidados, em alguns locais, vai ter rodas de
conversas presenciais ou virtuais”, contou Rosilene Wansetto, da Coordenação do
Grito dos Excluídos/as e Romaria dos Trabalhadores/as.
O coordenador do Grito dos Excluídos, Ari Alberti, contou, em
entrevista ao Serviço Pastoral dos Migrantes que, com a preocupação de evitar
aglomerações, foram pensados dois planos: realizar eventos de forma virtual ou,
em cada região, cada estado, de acordo com sua realidade,
poderiam ser promovidos atos presenciais com os devidos cuidados.
Missa
no Santuário Nacional
Em Aparecida (SP), o Santuário Nacional recebe a tradicional
Romaria dos Trabalhadores e Grito dos Excluídos, iniciando com a missa às 9h,
no dia 7 de setembro, transmitida pela TV Aparecida e outras emissoras
católicas. O arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, preside a celebração
que terá como intenção principal, de acordo com os coordenadores do Grito e da
Romaria, rezar pela dignidade da vida humana: “O povo trabalhador é quem tudo
cria e quem produz toda a riqueza. Por isso, temos que passar a mensagem que,
em qualquer circunstância, temos que seguir em missão. A missão
de construir um mundo justo com qualidade de vida para todos”.
Thiago Leon
Missa da Romaria dos Trabalhadores e Grito dos Excluídos em 2018.
Eventos
virtuais
O Conselho Nacional do Laicato (CNLB) realizará um Ato Virtual,
a partir das às 9h, em sua página no Facebook. Nas dioceses, também terão
encontros virtuais. Em Macapá (AP), por exemplo, no lugar da tradicional
caminhada, que acontecia nos anos anteriores, uma live será transmitida com
apresentações culturais dos envolvidos no Grito e um carro de som irá percorrer
ruas e avenidas da cidade falando sobre a mensagem do Grito dos Excluídos 2020.
Organizações da Sociedade Civil, movimentos sociais, entidades,
parlamentares e ativistas de todo o Brasil estarão unidos ao Grito dos
Excluídos para uma manifestação virtual nas redes sociais, a partir das 11h. No
evento, imagens com mensagens de apoio e incentivo às diversas lutas dos
Excluídos, unindo os Gritos em torno dos mesmos propósitos, potencializando a
mensagem contida no tema geral.
Pelo SUS
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), preocupado com a realidade
do Sistema Único de Saúde (SUS) no atual momento e no pós-pandemia, lançou
mobilização contra a redução de recursos para a saúde, que pode chegar a 35
bilhões no próximo ano. A ideia é chegar a 100 mil apoiadores/as em uma petição virtual, para, no
dia 9 de setembro, ser entregue ao Congresso Nacional. O dia 7 de setembro foi
escolhido como do dia “D” para a coleta de assinaturas, junto com o 26º Grito
dos(das) Excluídos(as).
Clique aqui para assinar a petição.
Com informações e imagens de Portal A12, Cáritas Brasileira, Serviço Pasto
Fonte: CNBB
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