9 DE AGOSTO DE 2020
DOMINGO DA XIX
SEMANA DO
TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – I Rs 19,9a.11-13a
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
19,9a.11-13a
Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9ao profeta Elias, entrou numa gruta, onde passou a
noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11'Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor,
porque o Senhor vai passar'. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia
as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois
do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. 12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não
estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. 13aOuvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu
e pôs-se à entrada da gruta. Palavra do
Senhor.
Reflexão - “a brisa leve do Senhor”.
O profeta Elias esperou o Senhor, mas
Ele não estava no vento, no terremoto nem tampouco no fogo. Ele chegou com a
brisa. Por meio desta leitura nós constatamos, que quando paramos para esperar
o Senhor passar, precisamos primeiramente deixar que passem o vento impetuoso
dos pensamentos, o terremoto dos nossos problemas, o fogo das nossas
preocupações com os afazeres do dia a dia e deixar que a brisa leve do Senhor
se manifeste por meio da paz. O vento
muitas vezes se expressa na figura das emoções que nos iludem e nos tiram o
sono e a harmonia interior. O terremoto
também são as sensações que experimentamos nos momentos de sofrimento que
vivemos e dos problemas que enfrentamos. Outras vezes nós vivenciamos momentos
de inquietação e ansiedade como se tivéssemos dentro de nós um fogo ardente.
Nessas horas nós confundimos as nossas experiências sensoriais humanas com a
presença de Deus e, muitas vezes, consideramos que a chegada do Senhor vem nos
inquietar. No entanto, Deus se aproxima de nós como a brisa do consolo, da
proteção, da libertação e do livramento. A manifestação do Espírito Santo de
Deus é suave e sutil como a aragem. Precisamos deixar aquietar a nossa
humanidade para poder perceber a presença do Senhor que vem mansamente. Elias
esperou com paciência até sentir a manifestação da brisa leve que veio como um
murmúrio. Assim também deve acontecer na nossa oração. Quando paramos para
encontrar o Senhor devemos primeiramente deixar serenar o nosso coração e a
nossa mente e assim acolher a presença amorosa do Espírito que chega suavemente
trazendo a paz e a quietude. - Pare
um pouco os seus pensamentos e deixe-se tocar pela brisa do Espírito Santo. –
Você já teve alguma experiência parecida com a de Elias? – Onde você tem
encontrado o Senhor?
Salmo 84,9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)
R. Mostrai-nos,
ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!
9aQuero ouvir o que o Senhor irá falar:*
9bé a paz que ele vai anunciar.
10Está perto a salvação dos que o
temem,*
e a glória habitará em nossa terra.R.
11A verdade e o amor se encontrarão,*
a justiça e a paz se abraçarão;
12da terra brotará a fidelidade,*
e a justiça olhará dos altos céus.R.
13O Senhor nos dará tudo o que é bom,*
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
14a justiça andará na sua frente*
e a salvação há de seguir os passos seus.R.
Reflexão - A oração deste salmo nos leva a cultivar uma esperança em relação às
promessas de Deus. A paciência é a ciência da paz, portanto, pacientemente nós
devemos sempre esperar que a verdade e o amor se encontrem; que a justiça e a
paz se abracem; que o Senhor nos dará tudo o que é bom e que a nossa salvação é
tão certa como a glória que experimentaremos um dia.
2ª.
Leitura – Rm 9,1-5
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
9,1-5
Irmãos: 1Não estou mentindo, mas, em Cristo, digo a verdade,
apoiado no testemunho do Espírito Santo e da minha
consciência.
2Tenho no coração uma grande tristeza
e uma dor contínua,
3a ponto de desejar ser eu mesmo
segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça. 4Eles são israelitas. A eles pertencem a
filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas 5e também os patriarcas. Deles é que
descende, quanto à sua humanidade, Cristo, o qual está acima de todos,
Deus bendito para sempre! Amém! Palavra do Senhor.
Reflexão – “intercessão pelos infelizes
que não creem”
Os judeus ainda
não tinham acolhido a salvação em Cristo Jesus, por isso São Paulo desabafa a
sua tristeza. Conosco também acontece isso, quando experimentamos o poder
libertador de Jesus Cristo e temos a experiência com o Amor do Pai e a
manifestação do Espírito Santo em nós e percebemos que as pessoas ao nosso
redor não acreditam. Ao mesmo tempo em que vivenciamos tudo isto, nós desejamos
que o mundo todo também tenha conhecimento dessa realidade. Na maioria das
vezes, porém, a nossa experiência não é garantia para que os outros também
sejam contagiados com o nosso ardor. Por isso também nos entristecemos,
principalmente quando no meio da nossa família e dos nossos amigos não
conseguimos repercutir a nossa fé. Como São Paulo nós também desejamos dar um jeito
e fazer alguma coisa. No entanto, a melhor providencia que podemos tomar seria,
justamente, interceder junto a Jesus, para que no tempo hábil o Pai se
manifeste vivamente no coração destas pessoas. Todavia o nosso desejar a
conversão dos nossos irmãos já é um primeiro passo para que todas as coisas
aconteçam. - O que você sente em relação às pessoas suas queridas que ainda
não acolheram o seguimento de Jesus? O que você tem feito por elas? O que você
acha que está faltando fazer? – Você tem orado por elas?
Evangelho – Mt
14, 22-33
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus 14,22-33
Depois da multiplicação dos pães, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e
seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as
multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao
monte, para orar a sós.
A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era
agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando
sobre o mar. 26Quando os
discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram:
'É um fantasma'. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: 'Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!' 28Então Pedro lhe disse: 'Senhor, se és tu,
manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.' 29E Jesus respondeu: 'Vem!' Pedro desceu da
barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com
medo e começando a afundar, gritou: 'Senhor, salva-me!' 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro,
e lhe disse: 'Homem fraco na fé, por que duvidaste?' 32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou.
33Os que estavam no barco,
prostraram-se diante dele, dizendo:
'Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!' Palavra da Salvação.
Reflexão “Não
podemos perder o foco, Jesus é a nossa bússola”
Os discípulos estavam sós, porque Jesus subira ao monte para orar e a noite chegou. A barca, longe da terra, era agitada pelas ondas por causa do vento contrário. Jesus viu e esperou a ocasião para aproximar-se. Há momentos em que também precisamos enfrentar o vento contrário que sopra no mar da nossa vida, aparentemente sozinhos. O próprio Deus nos deixa encarar o “vento contrário” e afrontar os desafios da nossa travessia aqui na terra, quando as coisas não ocorrem da maneira que esperamos e dentro da normalidade a que estamos acostumados. Nestas horas, tudo nos assusta! Até o próprio Deus que, atento às nossas dificuldades, se aproxima nós o confundimos com um fantasma e não O reconhecemos. A Sua chegada, muitas vezes é inesperada, pois somente Ele sabe o momento certo de intervir. Ele conhece todos os nossos passos e sabe da nossa capacidade como também da nossa fragilidade e nunca nos deixará perecer. A espera por Jesus é o grande desafio que temos de enfrentar, pois exige paciência, perseverança, serenidade e confiança. Precisamos estar alertas porque Jesus vem andando sobre as águas, isto é, de uma maneira diferente da que nós desejamos e, se não estivermos atentos (as), na certa também nós nos assombraremos. Ele nos convida a confiar na Sua intercessão junto do Pai e nos prepara para também podermos ir ao Seu encontro superando as dificuldades, dando passos de fé. Através das dificuldades e dos sofrimentos da nossa vida podemos nos aproximar de tal forma de Jesus que Ele nos revela Seu amor por nós e nos encoraja para prosseguir confiantes. Jesus chamou Pedro para dar um passo de fé e enfrentar as ondas do mar e enquanto olhava para Jesus ele se manteve de pé, no entanto, tirou os olhos do Mestre, teve medo e quase afundou. Não podemos perder o foco! Jesus é a nossa bússola, Ele é o nosso guardião e com amor diz para cada um de nós que O esperamos: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo”!
– Você também já enfrentou o mar sozinho (a)?
– Você confiou que Jesus viria ajudá-lo (a)?
– Como Ele se manifestou?
– As dificuldades o fazem aproximar-se mais de Jesus e sentir a sua presença?
– No momento atual há algum vento soprando contrário na sua vida?
– Espere por
Jesus, tenha coragem!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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