20 DE AGOSTO DE 2020
QUINTA-FEIRA DA XX SEMANA DO
TEMPO
COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Ez 36, 23-28
Leitura da Profecia de Ezequiel 36,23-28
Assim fala o Senhor: 23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor. - oráculo do Senhor Deus - quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus.Palavra do Senhor.
Reflexão – “um coração de carne ”
“Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne”! Este juramento do Pai é dirigido a todas as gerações da humanidade, em todos os tempos, e abrange os povos de todas as nações. O Senhor almeja manifestar a Sua santidade na nossa vida substituindo o nosso coração de pedra por um coração de carne apto a escutar a Sua voz e seguir a Sua Lei. Porque somos Sua criação, feitos à Sua imagem e semelhança é que Deus deseja nos fazer santos, assim como Ele é Santo. Por isso, Ele promete derramar sobre nós uma água pura que tira todas as impurezas da nossa alma nos tornando capazes de acolher o coração novo, cheio do Seu Espírito. Aqui está, portanto, o cerne da promessa de vida nova, pelo Espírito Santo, que o Pai fez a toda a humanidade. Precisamos assumir, hoje, a Promessa do Pai, que se cumpre na medida em que nos apossamos do Espírito Santo. Essa obra admirável, Deus quer realizá-la em nós durante todos os dias da nossa vida, em qualquer circunstância que estejamos. Basta que nos deixemos aquietar em Suas mãos entregando a Ele a nossa vontade arrogante e de dura cerviz. Com o coração renovado e cheio do Espírito Santo nós podemos seguir a lei do Senhor, observar os Seus mandamentos e viver desde já na casa do Pai, sendo Seu povo e Ele o nosso Deus. Se pudéssemos todos os dias meditar sobre estas promessas que o Senhor nos faz, tomando consciência desta realidade, com certeza, os nossos momentos aqui na terra seriam muito mais proveitosos, porque estaríamos manifestando a santidade do nosso Deus por meio das nossas ações. – Você costuma pedir ao Senhor que retire do seu corpo o coração de pedra e lhe dê um coração de carne? – O que você entende por um coração de carne? – Você tem manifestado ao mundo a santidade de Deus por meio das suas atitudes? – Você acredita nas promessas do Senhor? – Você tem o Espírito Santo?
Salmo 50,12-13. 14-15. 18-19
R. Eu hei de
derramar sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados.
12Criai em mim um coração que seja puro,*
dai-me de novo um espírito decidido.
13Ó Senhor, não me afasteis de vossa
face,*
nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!R.
14Dai-me de novo a alegria de ser salvo*
e confirmai-me com espírito generoso!
15Ensinarei vosso caminho aos
pecadores,*
e para vós se voltarão os transviados.R.
18Pois não são de vosso agrado os sacrifícios,*
e, se oferto um holocausto, o rejeitais.
19Meu sacrifício é minha alma
penitente,*
não desprezeis um coração arrependido!R.
Reflexão - A oração do
salmista confirma o desejo interior de santidade que o Senhor nos acena na
primeira leitura. Se tentarmos rezar este salmo de todo o nosso coração, com
certeza a obra que Deus deseja realizar no nosso interior começará a dar bons
frutos. Um coração puro, um espírito decidido, a alegria de ser salvo, um
espírito generoso são prodígios que nós devemos suplicar a Deus para que
tenhamos uma vida plena do Seu amor.
Evangelho – Mat
22, 1-14
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus 22,1-14
Naquele tempo: Jesus voltou a falar em parábolas aos
sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2dizendo: 'O Reino dos Céus é como a história do rei
que preparou a festa de casamento do seu filho. 3E mandou os seus empregados para chamar os convidados
para a festa, mas estes não quiseram vir. 4O rei mandou outros empregados, dizendo: `Dizei aos
convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram
abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!' 5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi
para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os
mataram. 7O rei ficou indignado e mandou suas
tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8Em seguida, o rei disse aos empregados: `A festa de
casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e
convidai para a festa todos os que encontrardes.' 10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram
todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de
convidados. 11Quando o rei entrou para ver os
convidados, observou ali um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: `Amigo, como entraste aqui sem o
traje de festa?' Mas o homem nada respondeu. 13Então o rei disse aos que serviam: `Amarrai os pés e
as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de
dentes'.
14Por que muitos são chamados, e
poucos são escolhidos.' Palavra da Salvação.
Reflexão –
“convidados para o banquete”
Mesmo que não percebamos, todos nós caminhamos neste mundo em busca do reino que Jesus nos preparou. Vivemos aqui como uma noiva que espera o encontro final com o noivo. Lá, para onde caminhamos, está sendo preparado o grande Banquete. É a núpcias do Cordeiro e nós não somos apenas convidados, mas participantes da festa. É a Festa da Salvação, que Deus Pai preparou para cada um que é chamado a participar do Banquete. Jesus Cristo é o noivo, o Filho de Deus que veio desposar a humanidade. A parábola, no entanto, explica qual é a nossa resposta aos apelos de Deus. Hoje também, muitas são as desculpas que apresentamos para não aceitar o convite de Jesus. As nossas ocupações e preocupações com os negócios, com a família, as festas, os divertimentos nos roubam de Deus e do Seu reino. Mesmo os que se dizem de Deus, muitas vezes, se justificam porque têm muitos afazeres. São como os primeiros convidados da parábola, os judeus, que se excluíram e não deram a mínima atenção para o convite, pois estavam muito entretidos nas suas próprias ocupações. Mesmo assim o rei continuou insistindo e anunciou tudo o que já estava preparado para a grande festa, porém, mais uma vez os convidados escolhidos, recusaram o convite e, finalmente, ficaram de fora da festa. Mas a festa estava pronta! O rei, então, mandou chamar todas as pessoas que se encontravam pelos caminhos, os maus e os bons. Vieram do jeito que estavam e a festa começou. Começando pelo povo judeu, que não aceitou o convite do Pai, Jesus veio até nós. Somos nós hoje, os maus e os bons a quem o Pai chama para participar do Banquete do reino dos céus. De diversas maneiras o Senhor tem insistido conosco, porém, se não atendermos ao seu chamado, poderemos correr o risco de perder a grande chance da nossa vida. O tempo do jogo poderá acabar e o juízo dar o apito final. Outros ocuparão o nosso lugar. Enquanto é tempo, o Senhor nos chama e nos dá uma veste nova que identifica o modo de ser dos participantes do reino dos céus. Essa nova veste é a mentalidade do Evangelho, a veste branca dos ensinamentos Jesus, sem a qual não nos será permitido permanecer na festa. Quando aceitamos o convite de Jesus, mas não seguimos os Seus ensinamentos nós destoamos e damos contra testemunho, por isso, somos também convocados a sair da festa. Quantas pessoas nós encontramos no meio da comunidade ou da Igreja que teimam em não acolher os mandamentos de Deus e têm a sua concepção própria servindo, muitas vezes, de pedra de tropeço para outros que desejam seguir as práticas evangélicas. Neste caso, apesar de presentes, fisicamente, sentir-se-ão apartados por não caberem mais dentro do reino, isto é da mentalidade evangélica. Precisamos assumir de coração o nosso lugar na festa, e, nos desvencilhar de todos os nossos conceitos e preconceitos para nos deixar guiar pelo Espírito Santo que é quem nos vestirá com a veste da santidade de Deus.
- Você já aceitou o convite para participar do Banquete das Bodas?
– Você já aceitou a veste do Espírito Santo?
– Será que você também não é como este homem da veste diferente que, a todo o momento, se posiciona contrário e dá testemunho falso dentro da sua família ou comunidade?
– Perceba como são as suas reações e reflita se também precisa
emendar- se.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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