Por
ocasião do centenário da morte da fundadora das Irmãs Mínimas do Sagrado
Coração, a Bem-aventurada Margarida Maria Caiani, o Papa Francisco escreveu uma
mensagem neste sábado (8). No texto, o Pontífice enaltece a importância da
humildade, da oração e do carisma da congregação, que faz um grande serviço
para o bem das crianças e jovens – inclusive do Brasil: procurem “semear no
campo do mundo a semente do amor de Deus que faz novas todas as coisas.”
Andressa
Collet – Vatican News
Neste sábado, 8 de agosto, o Papa Francisco enviou uma mensagem
às Irmãs Mínimas do Sagrado Coração, por ocasião do centenário da morte da
fundadora, a Bem-aventurada Margarida Maria Caiani que, em 1902, deu vida à
congregação que, no Brasil, está presente em Teresina e no Maranhão desde 1979.
A italiana, de Poggio de Caiano, foi beatificada por São João Paulo II em 23 de
abril de 1989.
O Pontífice iniciou a mensagem se congratulando com a decisão de
se começar o ano jubilar nesta data, de memória de Margarida, para que as Irmãs
possam “recordar a vida e os ensinamentos da fundadora, bem como estes quase
120 anos de caminhada, olhando também para os desafios do futuro”. O Papa,
então, deu continuidade no texto falando um pouco sobre o nome dado às Irmãs
Mínimas do Sagrado Coração.
As Mínimas, franciscanas e humildes
Ao chamar de “Mínimas”, Margarida quis enfatizar qual deveria
ser o estilo de vida: “o estilo da pequenez”, que acabou recebendo confirmação
junto à “árvore da grande Família Franciscana”, à escola de São Francisco, “para
melhor seguir o Senhor, que primeiro ‘ se tornou pequeno’”:
“É uma estrada para se fazer todos os dias. É um caminho
estreito e cansativo, mas, se o seguirmos até o fim, a vida torna-se fértil.
Como foi para a Virgem Maria, observada pelo Altíssimo justamente porque era
humilde, pequena (cf. Lc 1,47); e, assim, ela se tornou a Mãe de Deus.”
O Sagrado Coração e a oração
O Papa Francisco, então, se deteve ao “Sagrado Coração”, com
raízes junto à fonte da caridade. O Pontífice comentou que o amor que Jesus tem
por nós “não nos deslumbra com grandes efeitos especiais que logo se
desvanecem, mas é um amor concreto e fiel, feito de proximidade, de gestos que
nos elevam e nos dão dignidade e confiança”. Dessa forma vocês podem amar com o
Coração de Jesus, “com gestos ricos em ternura”, com um “amor simples e
concreto” a partir da própria comunidade religiosa.
“Do Sagrado Coração”, enalteceu Francisco, “não é apenas um
complemento, mas diz muito mais: fala de pertencer”, a uma vida consagrada,
atraída ao Coração do Senhor, que se manifesta de uma forma particular na
“oração”:
“Toda a nossa vida é chamada, com a graça do Espírito, a se
tornar oração. É por isso que devemos permitir que o Senhor permaneça sempre
unido a nós. E, assim, Ele nos transforma, dia após dia, tornando os nossos
corações cada vez mais semelhantes ao seu.”
Há momentos no dia que fomentam essa união com Deus – e que seja
cheio de alegria - recordou o Papa, como a missa, a meditação da Palavra, rezar
o terço ou fazer uma leitura espiritual. E que essa alegria seja atrativa e
contagiosa, enalteceu Francisco, mesmo se às vezes “parece que há mil outras
coisas mais necessárias a fazer, ou sentimos o cansaço de estar com Jesus”,
mas, devemos permitir “que o Senhor fique unido a nós!”.
Sejam mães para o mundo
Conduzidas pelo Sagrado Coração, finalizou o Papa, “vocês serão
mães para os irmãos e irmãs que encontrarem ‘do berço até ao túmulo’, como
disse Margarida. O carisma de vocês também tem uma dimensão “restauradora”, um
grande serviço para o bem do mundo. Com a oração e os pequenos gestos de vocês,
procurem “semear no campo do mundo a semente do amor de Deus que faz novas
todas as coisas”:
“A semente, quando cai no
chão, não faz barulho: assim são as muitas obras que se realizam na Itália,
Brasil, Egito, Sri Lanka e em Belém, especialmente em favor das crianças e dos
jovens. Gestos capazes de tornar o mundo mais bonito, de o iluminar com um raio
do amor de Deus.”
Fonte: Vatican News

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