"Tudo
isso está nos ajudando muito, e com fé nós vamos sair de todo esse problema de
confinamento e vamos retomar a nossa vida eclesial a partir de outras bases, a
partir de uma base mais fraterna, a partir de uma base com mais piedade e com
mais fidelidade ao Evangelho. E que o Cura d’Ars nos ajude", diz o
sacerdote brasileiro padre Paulo Dalla Déa, que do Santuário do padroeiro dos
párocos de todo o mundo, faz referência à Carta do Papa Francisco aos
presbíteros por ocasião dos 160 anos da morte do Santo Cura d'Ars.
Jackson Erpen - Vatican News
Neste
ano, a festa do Cura d’Ars, na França, conta com a presença do cardeal Pietro
Parolin, que às 10 horas da manhã (horário local) deste dia 4 de agosto,
presidiu a celebração da Santa Missa. Às 15 horas, o secretário de Estado do
Vaticano profere uma conferência sobre o tema “O Papa Francisco e os
sacerdotes, a caminho com o povo de Deus”. Mas a celebração neste ano tem
algumas particularidades, como nos conta direto da França padre Paulo
Dalla Déa, da Diocese de São Carlos, sacerdote fidei donum no
Santuário do Cura d’Ars:
adroeiro de todos os
párocos do universo, nós temos a grata satisfação de receber o cardeal Pietro
Parolin, secretário de Estado do Vaticano, para celebrar e para nos dar uma
conferência sobre a espiritualidade sacerdotal. Hoje estamos saindo de todo
aquele problema da pandemia, nós ficamos todo mês de fevereiro, março e abril
fechados.
E tivemos muitos
casos de Covid aqui, mas graças a Deus aqui em Ars nenhum caso de morte, graças
a Deus, nenhuma morte. Precisamos agradecer ao Cura d'Ars, à Virgem Maria,
agradecer à Trindade Santa por tanta graça que nós recebemos. Foi difícil, foi
complicado, a gente sabe, para todos nós, mesmo aqui da comunidade dos padres,
nós tínhamos quatro padres na casa, três tivemos Covid, eu inclusive, mas
passamos por isso, fomos curados, graças a Deus, está tudo em ordem e nós
ficamos fechados até voltarmos em junho. Em junho nós começamos a retomar as
Missas públicas. Durante todo mês de maio a gente só fez transmissão das Missas
pelo nosso canal do Facebook, pelo YouTube, nós publicamos as coisas pelo
Instagram, mas foi só virtual. A partir de junho, nós retomamos as celebrações
com todas aquelas medidas necessárias, que vocês sabem, de distanciamento, de
máscara, de lavagem das mãos, de desinfecção e tudo. Mas graças a Deus, aqui
não tivemos mais nenhum caso, não tivemos uma segunda onda, nada disso. Graças,
eu acho, ao Cura d’Ars, graças, eu acho, à discrição e à ajuda das pessoas.
Claro que algumas pessoas estão um pouco chateadas com essa história, porque
não pode comungar na boca, tem alguns que querem comungar na boca e é preciso a
gente pedir: “Olha, ainda não estamos na época de fazer isso”.
Somos um Santuário
Internacional, e pouco a pouco as pessoas começam a voltar a partir da Itália,
da Alemanha, alguns sobretudo da França, das regiões da França. Então nós temos
gente que passa do mundo inteiro aqui e a gente precisa tomar mais cuidados do
que outros lugares. Mas graças a Deus, o Cura d’Ars tem motivado as pessoas, as
pessoas têm procurado, e nós estamos - ontem e hoje - fazendo uma grande e
bonita festa, tem muita gente e tá muito participado, tá muito bem. Nós só não
podemos esse ano fazer a tradicional procissão com a relíquia do coração, que a
gente faz do Chateau d’Ars até a Basílica porque, bom, procissão não é
possível. Mas graças a Deus, o Cura d'Ars anda inspirando as pessoas, leigos,
padres, seminaristas.
O cardeal
Parolin também inaugura um caminho dentro do Santuário, dedicado ao cardeal
Emile Biayenda, arcebispo de Brazzaville, Congo, morto em 1977, e cuja causa de
canonização está em andamento. Ele é conhecido como o Cura D'Ars africano. A
ligação entre o prelado congolês e o Santuário francês remonta ao período de
seus estudos, quando estudou no Instituto Católico de Lyon. Ele ia regularmente
a Ars para aprofundar a espiritualidade de São João Maria Vianney. Após seu
retorno ao Congo, fazia uma parada no Santuário de Ars cada vez que
viajava à França.
E o ano passado nós
tivemos uma bonita carta que o Papa
Francisco nos fez justamente, nos presenteou justamente no dia
da festa do Cura d’Ars, falando da espiritualidade sacerdotal, e tudo isso está
nos motivando muito, tudo isso está nos ajudando muito, e com fé nós vamos sair
de todo esse problema de confinamento e vamos retomar a nossa vida eclesial a
partir de outras bases, a partir de uma base mais fraterna, a partir de uma
base com mais piedade e com mais fidelidade ao Evangelho. E que o Cura d’Ars
nos ajude. Esse ano temos também a inauguração de um percurso em homenagem ao
cardeal [Emile] Biayenda. O cardeal Biayenda, que foi muito inspirado pelo Cura
D'Ars na época em que estava aqui estudando em Lyon e ele morreu mártir, e hoje
está com seu processo na Causa dos Santos. Então, esse ano, estamos
homenageando o Cura D’Ars, estamos homenageando o cardeal Biayenda com certeza.
E que todas as nossas preces subam até Deus, e que desçam para todos nós, para
mim e para vocês que estão me escutando, em grandes bênçãos, em grande
fidelidade ao Evangelho do Cristo, em grande entusiasmo pelo amor de Deus. Um
abraço. Deus abençoe em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo amém
Fonte: Vatican News
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